<p><img height="350" align="right" width="280" src="/images/materias/Blog%20Beth/edna%20moda.jpg" alt="" />Qual &eacute; o seu modelo de her&oacute;i? Infal&iacute;vel, justo e perfeito? Nosso padr&atilde;o dos seres extraordin&aacute;rios, dos super-her&oacute;is, mudou? Tudo mudou, darling, como diria a estilista Edna Moda, do filme Os Incr&iacute;veis. <br /> <br /> Prova disso s&atilde;o os &uacute;ltimos filmes da franquia 007. Nosso her&oacute;i agora fica sujo, sangra. Seus cabelos, antes impec&aacute;veis em qualquer situa&ccedil;&atilde;o, mostram-se desalinhados. Ele &eacute; sens&iacute;vel, erra, &eacute; manipulado por uma mulher e mata intencionalmente. <br /> <br /> A mudan&ccedil;a do modelo de her&oacute;i &eacute; t&atilde;o profunda que at&eacute; no universo de quadrinhos os super-her&oacute;is mostram-se inseguros e fal&iacute;veis. Humanos, darling, humanos… <br /> <br /> Na revista em quadrinhos Crise Infinita, Superman, Batman e Mulher Maravilha debatem-se com o tema do assassinato deliberado. Nosso arqu&eacute;tipo de her&oacute;i mudou para incorporar as falhas humanas. <br /> <br /> Para o psiquiatra su&iacute;&ccedil;o Carl Gustav Jung, arqu&eacute;tipos s&atilde;o &ldquo;imagens ps&iacute;quicas do inconsciente coletivo que s&atilde;o patrim&ocirc;nio comum da humanidade&rdquo;. Com isso, ele quer dizer que herdamos modelos e os transmitimos para as pr&oacute;ximas gera&ccedil;&otilde;es. <br /> <br /> Por&eacute;m, o modelo que as gera&ccedil;&otilde;es presentes ir&atilde;o repassar inclui o desencanto e a sensa&ccedil;&atilde;o de que a cavalaria poder&aacute; n&atilde;o chegar para nos salvar. Ser&aacute; que est&aacute; mudando o conceito de seres extraordin&aacute;rios do universo imagin&aacute;rio? <br /> <br /> O que aparentemente pode parecer desanimador pode significar a constru&ccedil;&atilde;o de um novo arqu&eacute;tipo. Quem sabe podemos ter mais her&oacute;is da realidade. Como Adriano Levandowski de Miranda, que, a despeito do perigo e da sujeira, jogou-se no Rio Pinheiros, em S&atilde;o Paulo, para salvar uma crian&ccedil;a de tr&ecirc;s anos. N&oacute;s, o novo arqu&eacute;tipo de seres extraordin&aacute;rios. N&atilde;o seria o m&aacute;ximo?</p>
O herói revisitado
15 de dezembro de 2009