O herói revisitado 15 de dezembro de 2009

O herói revisitado

         

Comportamento

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<p><img height="350" align="right" width="280" src="/images/materias/Blog%20Beth/edna%20moda.jpg" alt="" />Qual é o seu modelo de herói? Infalível, justo e perfeito? Nosso padrão dos seres extraordinários, dos super-heróis, mudou? Tudo mudou, darling, como diria a estilista Edna Moda, do filme Os Incríveis. <br /> <br /> Prova disso são os últimos filmes da franquia 007. Nosso herói agora fica sujo, sangra. Seus cabelos, antes impecáveis em qualquer situação, mostram-se desalinhados. Ele é sensível, erra, é manipulado por uma mulher e mata intencionalmente. <br /> <br /> A mudança do modelo de herói é tão profunda que até no universo de quadrinhos os super-heróis mostram-se inseguros e falíveis. Humanos, darling, humanos… <br /> <br /> Na revista em quadrinhos Crise Infinita, Superman, Batman e Mulher Maravilha debatem-se com o tema do assassinato deliberado. Nosso arquétipo de herói mudou para incorporar as falhas humanas. <br /> <br /> Para o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, arquétipos são “imagens psíquicas do inconsciente coletivo que são patrimônio comum da humanidade”. Com isso, ele quer dizer que herdamos modelos e os transmitimos para as próximas gerações. <br /> <br /> Porém, o modelo que as gerações presentes irão repassar inclui o desencanto e a sensação de que a cavalaria poderá não chegar para nos salvar. Será que está mudando o conceito de seres extraordinários do universo imaginário? <br /> <br /> O que aparentemente pode parecer desanimador pode significar a construção de um novo arquétipo. Quem sabe podemos ter mais heróis da realidade. Como Adriano Levandowski de Miranda, que, a despeito do perigo e da sujeira, jogou-se no Rio Pinheiros, em São Paulo, para salvar uma criança de três anos. Nós, o novo arquétipo de seres extraordinários. Não seria o máximo?</p>


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