<p><strong>O futuro est&aacute; no mobile marketing?<br /><br /></strong>*Felipe Morais</p><p>Reflita: Voc&ecirc; conhece algu&eacute;m entre 18 e 40 anos que n&atilde;o possui um aparelho celular? Dos que voc&ecirc; conhece, tem algum &ndash; inclusive voc&ecirc; &ndash; que consegue ficar um dia inteiro sem usar o aparelho? Se celular h&aacute; anos atr&aacute;s era um item de luxo, hoje &eacute; uma necessidade. De necessidade, virou item de entretenimentos: tiram fotos; baixam MP3 e assistem v&iacute;deos; ali&aacute;s, existem filmes para celulares que s&atilde;o gravadas pelos pr&oacute;prios aparelhos. A tecnologia est&aacute; evoluindo tanto, que na It&aacute;lia, os usu&aacute;rios da TIM est&atilde;o vendo os jogos da Copa do Mundo nos aparelhos em alta resolu&ccedil;&atilde;o, como se estivessem assistindo nas televis&otilde;es.</p><p>Quando o celular chegou ao Brasil, poucas pessoas o tinham. Assim como a TV, computador e r&aacute;dio, ele virou rapidamente de item de luxo para item essencial a qualquer pessoa, ali&aacute;s, pessoas, pois o Brasil est&aacute; perto da marca de 90 milh&otilde;es de celulares vendidos.</p><p>O Palmtop &eacute; um assess&oacute;rio com menos usu&aacute;rios no Brasil, mas da mesma forma que o celular, s&atilde;o usu&aacute;rios fi&eacute;is. Quem tem n&atilde;o sai de casa sem ele. Ali, est&atilde;o todas as tarefas que a pessoa deve executar no dia, semana, m&ecirc;s… H&aacute; quem possua os dois aparelhos. O sucesso &eacute; tanto que eles j&aacute; se fundiram e hoje existem aparelhos como o Plam Treo 650 que os une. S&atilde;o aparelhos que as pessoas consultam de qualquer lugar, sem precisar de fios para ligar, por exemplo. Pode se atingir um consumidor pelo celular dentro do ponto de venda.</p><p><strong class="texto_laranja_bold">Tend&ecirc;ncia que j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais uma tend&ecirc;ncia<br /></strong>A mobilidade se tornou a grande tend&ecirc;ncia do futuro, pois ela permite que o indiv&iacute;duo se comunique a qualquer momento de qualquer lugar. Para o mundo corporativo, isso &eacute; essencial, pois os executivos precisam ter acesso as aplica&ccedil;&otilde;es, relat&oacute;rios, contratos, planos em tempo que permitam a tomada de decis&atilde;o com mais agilidade e seguran&ccedil;a. Flexibilidade &eacute; o conceito forte da mobilidade, mas ela n&atilde;o apenas &eacute; um fator que ajuda empresas na tomada de decis&atilde;o; &eacute; o futuro da comunica&ccedil;&atilde;o universal e com isso, o futuro da propaganda como vemos. Ag&ecirc;ncias hoje devem, junto com os clientes, gerar conte&uacute;do que as pessoas tenham interesse em acessar, sendo uma comunica&ccedil;&atilde;o interativa &ndash; Riqueza de informa&ccedil;&atilde;o; essa informa&ccedil;&atilde;o deve ser de f&aacute;cil acesso &ndash; conceito de mobilidade – e atualizada periodicamente &ndash; podendo ser minuto a minuto ou m&ecirc;s a m&ecirc;s, dependendo do contexto gerenciado pelas empresas envolvidas.<br />As estrat&eacute;gias para criar campanhas de mobile marketing partem de duas aplica&ccedil;&otilde;es: <span class="texto_laranja_bold">Horizontais</span> e <span class="texto_laranja_bold">Verticais</span>. Aplica&ccedil;&atilde;o horizontal aplica-se a qualquer empresa independendo do neg&oacute;cio ou tamanho da mesma. Aplica&ccedil;&atilde;o vertical &eacute; ligada ao neg&oacute;cio da empresa que adota essa estrat&eacute;gia, muito importante para a cadeia de valores da mesma. </p><p>As a&ccedil;&otilde;es de mobile marketing ainda est&atilde;o restritas a celulares e palms, mas podemos prever no futuro pr&oacute;ximo, outras ferramentas para intera&ccedil;&atilde;o empresa-cliente, entre elas os iPods, MP3 players, WiFi, Wimax, Smartphones, v&iacute;deo confer&ecirc;ncias, Notebook; seja qual for o ve&iacute;culo, o que importa para o sucesso da campanha s&atilde;o tr&ecirc;s elementos b&aacute;sicos: Permiss&atilde;o, conte&uacute;do e interatividade.</p><p><u>Permiss&atilde;o:<br /></u>Para evitar SPAMs, a praga da Internet, as pessoas devem aceitar que a empresa envie mensagens em seus celulares, diferente dos e-mails, n&atilde;o existe um mailing que voc&ecirc; possa usar e propagar a sua mensagem. O usu&aacute;rio deve permitir isso; uma vez que ele permite, ele est&aacute; interessado e com isso o sucesso da mensagem &eacute; maior.<br /><br /><u>Conte&uacute;do:<br /></u>O que vou ver no site que me interessa? Ou porque vou enviar uma SMS para um lugar? O que recebo em troca? O mais importante elemento do Mobile Marketing &eacute; o conte&uacute;do que interesse ao usu&aacute;rio.<br /><br /><u>Interatividade:<br /></u>Fazer com que o usu&aacute;rio interaja com a empresa ou marca. Assim, conhece mais sobre o que lhe &eacute; oferecido e tornando-se um consumidor em potencial.<br />Emissoras de TV, portais de Internet, gravadoras, est&uacute;dios de cinema, s&atilde;o hoje as maiores fontes de conte&uacute;do para as operadoras de celular. Claro, que com os fen&ocirc;menos dos blog, fotologs e Orkut, as pessoas tamb&eacute;m ser&atilde;o fontes de conte&uacute;do para operadoras; prova disso, &eacute; que jornais de S&atilde;o Paulo premiam aqueles que enviam fotos tiradas de seus celulares para a reda&ccedil;&atilde;o, informando algo interessante que acontece na cidade.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Quem ganha?</span><br />O modelo de neg&oacute;cios dentro do mobile marketing &eacute; baseado em dois tipos: cobran&ccedil;a para a empresa contratante ou cobran&ccedil;a para o usu&aacute;rio. Num exemplo simples, servi&ccedil;os de cobran&ccedil;a para a empresa contratante compreendem a&ccedil;&otilde;es de relacionamento, alertas e programas de descontos. Este tipo de a&ccedil;&atilde;o &eacute; a mais comum no mercado brasileiro, por enquanto.<br />O outro tipo, onde o usu&aacute;rio paga &eacute; mais prop&iacute;cio para a&ccedil;&otilde;es promocionais, campanhas envolvendo distribui&ccedil;&atilde;o de pr&ecirc;mios e vota&ccedil;&otilde;es interativas (como no caso do Big Brother Brasil).</p><p><span class="texto_laranja_bold">Futuro pr&oacute;ximo</span><br />N&atilde;o ser&atilde;o apenas Big Brothers ou Bol&atilde;o do Faust&atilde;o que veremos na TV usando o Mobile Marketing. Conte&uacute;do para celular est&aacute; cada vez mais despertando o interesse de emissoras locais. Assim que o nosso presidente aprovar o sistema de TV Digital a ser adotado no Brasil, estaremos com mais op&ccedil;&otilde;es de programas veiculados na TV e no celular simultaneamente, estaremos assistindo a jogos do campeonato em tempo real ou at&eacute; mesmo vendo um programa com dicas culturais na rua, quando estamos na busca de algo diferente para fazer.</p><p>* Felipe Morais &eacute; formado em Publicidade e Propaganda pela FMU e P&oacute;s Graduado em Planejamento Estrat&eacute;gico pela Metodista de S&atilde;o Paulo. Atualmente &eacute; Gerente de Projetos e M&iacute;dia online da Navigators e consultor de marketing da Upmkt, V8 Produ&ccedil;&otilde;es e Celso Rangel produ&ccedil;&otilde;es musicais.<br />Contato: <a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p>
O futuro está no mobile marketing?
5 de julho de 2006