Networking. Um quebra-cabeça para manter sua rede em dia 25 de abril de 2007

Networking. Um quebra-cabeça para manter sua rede em dia

         

Networking. Um quebra-cabeça para manter sua rede em dia

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<p><strong>Networking. Um quebra-cabeça para manter sua rede em dia</strong></p><p>Por Marcelo Miyashita*</p><p>Creio que está claro que vivemos numa realidade de mercado de trabalho muito diferente da dos nossos pais. Apesar de estarmos numa economia crescente, na prática – principalmente no mundo corporativo – ainda há muita gente em busca de emprego, algumas sendo contratadas e muitas perdendo suas posições. O turn-over, ou o popular “entra e sai” de funcionários é constante. </p><p>Pois, independente do desempenho da economia, muitas companhias têm na competitividade não mais o seu diferencial, mas sua sobrevivência. Isso significa mudanças mais freqüentes no lay-out da organização do trabalho: revisões de cargos, substituições de funções, ampliação de responsabilidades, automatização de processos, redução ou aumento de mão-de-obra e, também, de “cabeças-pensantes”. </p><p>Ou seja, as organizações e seus ambientes de trabalho são alvos de muitas variáveis estratégicas: trocas, aquisições, fusões, cisões e fechamentos de unidades. Essa nova realidade trás à carreira executiva a possibilidade de um rumo diferente. No lugar de uma vida toda dedicada a uma companhia com lentas promoções internas, uma vida mais dinâmica com uma carreira composta por vários empregos, em várias empresas, com rápidas e muitas promoções e, também, algumas demissões no meio do caminho. Histórias de sucessos e fracassos num mesmo currículo são e serão freqüentes na nossa vida corporativa. </p><p>Isso quer dizer que mais dia menos dia perderemos nosso emprego. E conseguiremos outro! A questão é o tempo que demoraremos a encontrar este novo emprego. Todos sabemos, quanto mais rápido uma colocação, mais fácil e melhor. Quanto mais lenta, mais as dificuldades aumentam, os contatos se distanciam e o sentimento de exclusão se evidencia. A essa capacidade de se colocar rapidamente, chamamos de “empregabilidade”. </p><p><span class="texto_laranja_bold">E o que o Network tem a ver com isso? </span><br />Aí entra a importância do network. Criar e manter rede de contatos garante o surgimento de oportunidades para o trabalho, para empresa e, também, para carreira. Oportunidades para você e para sua rede, numa via de mão dupla. </p><p>Esse é o benefício do network – a geração de oportunidades mútuas – que pode garantir mais negócios, conhecimentos e empregos. E quanto mais network você conseguir, maior será o seu “campo e poder de influência”. </p><p>A sociedade moderna trouxe essa nova habilidade para o ser humano. O seu poder de influir, não somente as pessoas fisicamente mais próximas, mas a todos com as quais temos contato. Mesmo que muitas vezes, por meio de mensagens eletrônicas. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Como praticar Network? Fazer Networking? </span><br />Uma coisa tem que ficar bem clara: não é o network que cria a pessoa, é a pessoa que cria o network em função das suas características humanas e profissionais. Portanto, network é conseqüência, por isso mesmo pessoas éticas e competentes têm sempre bons contatos e um bom campo de influência. Ou deveriam ter. </p><p>Muitas vezes não utilizamos todo o potencial de network que podemos criar e manter. Possibilidades existem, faltam em alguns casos, o hábito e a atenção a esta nova competência atrelada à empregabilidade e ao empreendedorismo – construir rede de contatos e transformá-la em rede de relacionamentos. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Rede de contatos </span><br />Todos nós temos rede de contatos, por menor que seja ela já existe, são nossos colegas de trabalho, fornecedores, clientes e parceiros de negócios, amigos de faculdade, amigos mais próximos, familiares e até vizinhos. Contato todo mundo tem. Agora, numa rede organizada e estruturada, só as pessoas que se preocupam com o network. </p><p>Em outras palavras, quando nos preocupamos com rede, temos o cuidado de registrar, classificar e agrupar essa informação. Com isso podemos visualizar melhor nossos contatos e, com eles, expandir nosso campo de influência, encontrando e distribuindo oportunidades. </p><p>Tente organizar seus contatos, comece pela sua agenda, visualize todos os nomes e, se houver só informações básicas – nome, email e telefone – busque complementar cada “registro” com informações que for lembrando. Adicione e complemente dados de outras agendas, olhe no seu Outlook, no Palm e no monte de cartões de visitas que “colecionamos”. Depois crie grupos ou classificações, por exemplo “família & amigos” e “contatos profissionais”. Você pode fazer isso numa planilha Excel; perceba cruzando dados e visualizando de modo amplo, a importância de cada contato para sua vida profissional. Esse simples exercício de organização já vai ajudar a perceber que conhecemos muito mais gente do que imaginávamos. Agora frente aos seus objetivos no campo profissional, visualize as pessoas que por alguma razão são importantes e perceba seu grau de relevância e influência nestes contatos. </p><p>Em alguns casos o grau é tão alto que com certeza não se trata mais só de um contato, mas de um relacionamento com reconhecimento mútuo e muitas histórias. Por outro lado, confira que há muitas pessoas importantes para você que por alguma razão, são apenas contatos. Destas, você encontrará dois grupos: o dos contatos com e sem reconhecimento. É o contato com reconhecimento, e ainda sem relacionamento, que merece sua atenção. Geralmente são pessoas que sabem seu valor, têm boa opinião a seu respeito, mas por alguma razão – talvez o nosso corre-corre no dia-a-dia – não migraram para um relacionamento na sua vida profissional. </p><p>Aí se pergunte: Por que não dou tanta atenção a quem merece e me reconhece? Não estamos falando em “forçar uma amizade”, isso acontece quando não somos reconhecidos pelos contatos e tentamos criar um vínculo. Estamos falando de pessoas que nos conhecem, sabem do nosso trabalho, nosso valor pessoal e profissional, têm admiração, mas por motivos já citados, não damos atenção e, pior, muitas vezes “sumimos”. </p><p>Muita gente busca desesperadamente investir em novos contatos, quando o caminho mais natural é valorizar o network que já temos. Porém mais uma vez é importante deixar claro, network é conseqüência. E o reconhecimento não vem da reaproximação, vem de algo natural que houve e há entre você e seus contatos. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Gerando leads e novos contatos </span><br />Em paralelo à reorganização dos contatos atuais e a valorização dos contatos com reconhecimento, para ser um bom networker é necessário saber gerar leads – novos contatos, novas pessoas para a sua rede. </p><p>Há duas formas para estabelecer novos e bons contatos: a primeira é a natural e a que efetivamente mais funciona, aproveitando sua exposição em vários campos de influência já existentes (empresa, escola, família, clube, vizinhança etc.) – para isso a dica é simples: apresente-se e mantenha-se sempre prestativo, atencioso, comunicativo e amigável. Essas características cada pessoa tem em um nível; o importante é você utilizá-las respeitando seus limites, sem “forçar” algo que você não é. Claro que com tempo podemos nos desenvolver e reduzir nossas limitações; porém, vale repetir: network é conseqüência. O uso inadequado o transformará numa pessoa vista como “chata” e interesseira. </p><p>A outra forma de gerar leads é se expondo em novos “campos de contato”. Locais, eventos e reuniões que não costuma freqüentar, mas que podem ser interessantes em função do conhecimento adquirido, da possibilidade de novos negócios e da formação de novos contatos. Feiras de negócios possuem este objetivo. Associações e entidades de classe também têm isso como função. </p><p>Eventos pertinentes à sua carreira são momentos importantes para novos contatos. O necessário em eventos corporativos é saber realizar esses leads. Para isso, a melhor forma é se manter sempre acessível e próximo às pessoas, tomando cuidado de não forçar situações e deixando espaço para a causalidade de um contato. Portanto quanto mais exposto melhor, mas sem exageros, respeitando seu modo de agir. </p><p>Enfim, pela empregabilidade, empreendedorismo e conhecimento, precisamos ser networkers. Precisamos nos expor, saber gerar leads, transformá-los em contatos com reconhecimento, progredindo para rede de relacionamentos movida à reputação e histórias comuns. Isso garantirá um amplo “campo de influência”, que o premiará com um grau maior de “poder de influência” junto às pessoas da rede. </p><p>Com a rede armada e estendida teremos em mãos uma grande vantagem competitiva, para você e para seus contatos, pois o network só se manterá sólido se, além de receber oportunidades, você e cada um da rede também souberem contribuir, doar e ajudar. Network é para todos!</p><p>* Marcelo Miyashita é consultor e palestrante da Miyashita Consulting. É professor e leciona nas instituições: Faculdade Cásper Líbero, Madia Marketing School, IMES, FGV EAESP GVpec, IBModa e UNIP. 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