Negros ainda esperam diversidade racial nas campanhas de Marketing Bruno Mello 27 de novembro de 2020

Negros ainda esperam diversidade racial nas campanhas de Marketing

         

Pesquisa do Twitter indica que 80% dessas pessoas esperam representatividade genuína na publicidade. Somente 12% afirmaram que se sentem muito representadas nas propagandas de forma geral

Negros ainda esperam diversidade racial nas campanhas de Marketing
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Uma pesquisa realizada pelo Twitter com pessoas pretas e pardas que usam a plataforma no Brasil mostra um descompasso entre expectativa e realidade: enquanto 80% delas declararam ser necessário haver diversidade racial com representatividade genuína na publicidade e 70% disseram que há mais chance de apoiar ou comprar de uma marca que reflita a diversidade racial em suas campanhas, somente 12% afirmaram que se sentem muito representadas nas propagandas de forma geral.

O levantamento mostra também as principais expectativas em relação aos anunciantes: 62% disseram que gostariam de ver as marcas incluírem pessoas negras no desenvolvimento e Marketing de produtos; 57% afirmaram esperar mais representação em campanhas publicitárias; e 54% declararam ser importante que empresas divulguem mais informações sobre a diversidade dos times internos e iniciativas de inclusão. Na sequência estão pontos importantes como mostrar apoio e aumentar a conscientização sobre instituições de caridade focadas em igualdade racial (53%), fazer publicidade em diferentes mídias, tanto online quanto offline, com foco no diálogo sobre raça e racismo (48%) e ser uma porta-voz em apoio à diversidade racial (45%).

Para as marcas que desejam seguir esse caminho com legitimidade, a pesquisa traz ideias de como trilhar um caminho que tenha mais aderência com a audiência. Quando perguntadas sobre a forma mais atraente com que as marcas podem participar da conversa e na comunicação relacionadas a inclusão e representatividade racial, a maioria sinalizou a apresentação de histórias e pessoas reais como abordagem preferida (57%), seguida pelo destaque às principais questões a serem discutidas (53%) e por um tom informativo (52%), inspirador (49%) e positivo (46%). Por outro lado, uma abordagem engraçada (22%) ou emocional (31%) teve taxas menores de preferência entre os respondentes.


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