Mudanças na marca, no logo, no nome, e você… o último a saber! 30 de outubro de 2007

Mudanças na marca, no logo, no nome, e você… o último a saber!

         

Mudanças na marca, no logo, no nome, e você... o último a saber!

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<p><strong>Mudanças na marca, no logo, no nome, e você… o último a saber!</strong></p><p>Por Augusto Nascimento*</p><p>Todos os jornais divulgaram que a Companhia Vale do Rio Doce está fazendo a mudança de seu nome e de seu logotipo.  A notícia chega a dizer que, em breve, o Brasil e o mundo se surpreenderão com a nova marca e o novo nome. Como consultor de branding, não recomendaria conduzir a ação desse modo para nenhuma empresa, muito menos para uma corporação que tem o porte e a importância da Vale para uma grande quantidade de públicos diferentes.  </p><p>A regra número um de branding e public relations é simples: não faça mudanças sem envolver seus públicos vitais, especialmente para contar com seu apoio e evitar ter que enfrentar oposições. Onde há gente vai haver opiniões e pode haver divergência. E as divergências, quando mal conduzidas, geram oposições fortes. </p><p>Não é preciso pensar muito nem ir longe para nos lembrarmos de quando a Petrobras tentou mudar seu nome e seu logotipo. Ela se chamaria Petrobrax. A imprensa noticiou e muitas vozes se voltaram contra o projeto. No final, ele foi abortado, depois de muito questionamento na imprensa e de muita tensão dentro da própria Petrobras. </p><p>Não é fácil mudar o nome e a marca de uma grande companhia sem perdas, mas isso pode ser feito com alguns cuidados. Entre eles, incluir os funcionários nos processos de mudança, de modo que eles sintam-se os próprios donos da mudança ao invés de rejeitarem-na. </p><p>Certamente deve haver boas razões internas para essa mudança, não tenho dúvida disso. Talvez facilitar o nome para captar recursos no mercado acionário mundial, ou algo assim. Mas, de qualquer modo, os funcionários vão sentir muito e em seu emocional a sensação será de traição e de falta de consideração por parte da diretoria. </p><p>As diretorias das empresas e seus setores de comunicação e marketing corporativos parecem ter muita dificuldade de entenderem que, simbolicamente, os empregados e suas famílias sentem-se proprietárias da marca das empresas onde trabalham. Eles têm orgulho disso e ficam inseguros quando lhes tiram sem nenhuma consulta, sem nenhum envolvimento. </p><p>Muitas empresas tentam justificar a ausência de discussão e envolvimento nesses temas, argumentando a necessidade de sigilo em relação aos competidores, mas é uma explicação frágil, já que a notícia sempre se espalha pela imprensa e é noticiada aqui e ali, formando um grande eco e até mesmo boataria. </p><p>De fato, os departamentos responsáveis já deveriam ter entendido que não há segredos empresariais nesse século e que não é possível manter a satisfação interna quando o mercado fica sabendo do que ocorre na empresa através dos jornais, sem ter tido antes uma prévia. A sensação é de estar sendo passado para trás, sendo deixado de lado, devido a pouca importância a que a empresa parece atribuir ao seu próprio pessoal. </p><p>E você, como se sentiria se sua empresa mudasse o nome, a marca, o logo – enfim toda a simbologia básica que tem mantido boa parte de identidade interna durante anos e anos – e você fosse o último a saber? </p><p>* Augusto Nascimento é consultor de Branding da BBN BRASIL e autor do livro Os 4 Es de Marketing e Branding. Contato: <a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.bbnbrasil.com.br" target="_blank">www.bbnbrasil.com.br</a></p>


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