<p>Escolher as pe&ccedil;as, levar para o provador e experimentar uma por uma s&atilde;o as a&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas na hora de comprar roupas. As marcas de moda, no entanto, t&ecirc;m apostado numa maneira menos ortodoxa para vender seus modelos. Se antes o espa&ccedil;o no e-commerce era dominado por grandes players como <a target="_blank" href="http://www.marisa.com.br/">Marisa</a> e <a target="_blank" href="http://lojavirtual.lojasrenner.com.br/">Renner</a>, hoje &eacute; cada vez mais comum ver a entrada de pequenos e m&eacute;dios na venda pela internet. <a target="_blank" href="http://www.daslu.com.br/">Daslu</a>, <a target="_blank" href="http://www.aviator.com.br/">Aviator</a> e <a target="_blank" href="http://www.sergiok.com.br/verao2012/pt/">S&eacute;rgio K</a> chegaram ao varejo online a menos de seis meses e j&aacute; conseguem visualizar o quanto a loja virtual pode expandir o neg&oacute;cio.</p> <p><img alt="" align="right" width="350" height="177" src="/images/materias/daslu-loja-online(1).jpg" />Um dos empecilhos que algumas empresas ainda enfrentam para se lan&ccedil;ar no com&eacute;rcio virtual &eacute; a regulamenta&ccedil;&atilde;o dos tamanhos das pe&ccedil;as, principalmente os grandes varejos que trabalham com um n&uacute;mero diversificado de marcas. Como a Riachuelo, que estuda ainda maneiras de entrar no e-commerce. A Abravest (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira do Vestu&aacute;rio) e a ABNT (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Normas e T&eacute;cnicas) pretendem formalizar todas as tabelas de medidas, como j&aacute; &eacute; feito no segmento infantil, at&eacute; o fim de 2012.</p> <p>A aus&ecirc;ncia de padroniza&ccedil;&atilde;o, entretanto, n&atilde;o impede o crescimento do mercado. Segundo a e-bit, em 2010, a categoria teve um aumento de 115% no faturamento em rela&ccedil;&atilde;o a 2009.&nbsp; Em quatro anos, as compras de roupas e acess&oacute;rios pela internet tamb&eacute;m passaram da 26&ordf; coloca&ccedil;&atilde;o para o sexto lugar no ranking de 2011, respondendo por 5% do total de pedidos realizados pela internet.</p> <p>O momento &eacute; bom para a ind&uacute;stria t&ecirc;xtil no meio virtual, mas pode ainda melhorar. De acordo com uma pesquisa divulgada este ano pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), apenas 2,8% dos 75 milh&otilde;es de internautas brasileiros compram roupas pela web, o que mostra o enorme potencial do mercado. Sites de descontos e lojas virtuais especializadas, como <a target="_blank" href="http://br.privalia.com/public">Privalia</a>, <a target="_blank" href="https://www.brandsclub.com.br/">Brandsclub</a>, <a target="_blank" href="http://www.posthaus.com.br/">Posthaus</a> e <a target="_blank" href="http://www.oqvestir.com.br/">OQVestir</a>, contribuem para o desempenho e atraem os consumidores que buscam pre&ccedil;os competitivos e novidades.</p> <p><strong>Muda&ccedil;as de comportamento</strong><br /> A recoloca&ccedil;&atilde;o da categoria no ranking da e-bit indica que os brasileiros est&atilde;o deixando a desconfian&ccedil;a de lado e se aventurando em uma &aacute;rea j&aacute; bastante explorada em outros pa&iacute;ses, como os Estados Unidos, que lideram mundialmente. Um estudo realizado pela rede social <a target="_blank" href="http://fashion.me/">Fashion.me</a>, antiga byMK, com os seus usu&aacute;rios, aponta que 25% n&atilde;o realizam compras online por causa de d&uacute;vidas relacionadas ao caimento e modelo da pe&ccedil;a, j&aacute; 21% alegam que a inseguran&ccedil;a em poder trocar o produto tamb&eacute;m &eacute; um empecilho.&nbsp;</p> <p style="text-align: center"><img alt="" width="500" height="179" src="/images/materias/find_my_size(2).jpg" /></p> <p>O levantamento mostra ainda que 12% n&atilde;o sabem suas medidas e 21% lembram da quest&atilde;o da seguran&ccedil;a no meio virtual. Para acabar com alguns desses problemas, a ag&ecirc;ncia Future Lab, desenvolveu o sistema <a target="_blank" href="http://www.youtube.com/watch?v=bmNntYjqqNE">Find My Size</a>, que funciona como um provador virtual. Com a ferramenta, os consumidores podem visualizar como a roupa ficaria no seu corpo, fornecendo as medidas que ser&atilde;o transferidas para a modelo do site. Uma equipe da ag&ecirc;ncia visita as lojas e tira fotos das pe&ccedil;as em um manequim desenvolvido pela empresa, que reproduz mais de 900 posi&ccedil;&otilde;es. O sistema pretende trazer mais seguran&ccedil;a para as consumidoras e diminuir o n&uacute;mero de trocas, que hoje, segundo a ag&ecirc;ncia, ocorrem em 20% a 35% das compras.</p> <p>As empresas tamb&eacute;m buscam alternativas para lidar com as medidas, a OQVestir, por exemplo, mede todas as pe&ccedil;as dispon&iacute;veis e coloca os tamanhos em cent&iacute;metros no portal. J&aacute; na loja virtual da Daslu, as clientes t&ecirc;m &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o um estilista para ajudar nas compras, assim como nas unidades f&iacute;sicas. &ldquo;O especialista da marca auxilia na montagem de looks, seguindo uma caracter&iacute;stica da nossa loja de vender toda a produ&ccedil;&atilde;o pronta. As consumidoras tamb&eacute;m podem trocar a pe&ccedil;a na loja f&iacute;sica ou buscamos na sua casa, sem nenhum custo, em at&eacute; 48 horas&rdquo;, detalha Manuela Wis, Editora chefe do site da Daslu, em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><strong><img alt="" align="left" width="300" height="228" src="/images/materias/Aviator(1).jpg" />Abertura de Mercado</strong><br /> Seguindo os passos de empresas como a Marisa, que j&aacute; est&aacute; h&aacute; 11 anos no e-commerce de moda, grande parte das marcas enxergam atualmente uma necessidade de vender suas cole&ccedil;&otilde;es na web. Apesar da desconfian&ccedil;a ainda presente por parte dos consumidores, a conveni&ecirc;ncia e as promo&ccedil;&otilde;es atraem os internautas. A C&acirc;mara Brasileira de Com&eacute;rcio Eletr&ocirc;nico (camara-e.net) prev&ecirc; que, at&eacute; o fim do ano, 27 milh&otilde;es de brasileiros comprar&atilde;o pela internet, sendo que quatro milh&otilde;es far&atilde;o sua primeira compra no per&iacute;odo.</p> <p>&ldquo;Hoje &eacute; uma tend&ecirc;ncia geral. Se voc&ecirc; trabalha com varejo, tem que estar na internet. Se olharmos para as marcas de varejo americanas, todas est&atilde;o no com&eacute;rcio virtual. N&atilde;o tem como ficar de fora. A Aviator est&aacute; consolidada no segmento de moda masculina, no Rio de Janeiro, com 24 anos de mercado. Agora, entrando no e-commerce, vamos come&ccedil;ar a trabalhar com um p&uacute;blico que ainda n&atilde;o conhece a nossa marca, faremos um trabalho para sermos conhecidos em todo o Brasil&rdquo;, declara Leonardo Helal Veiga, Coordenador de Marketing da Aviator, em entrevista ao portal.</p> <p>Com o alto potencial do mercado, os pequenos players come&ccedil;aram a vender pela internet em busca de suprir uma demanda j&aacute; existente. A marca de roupa masculina Sergio K vendia, em m&eacute;dia, R$ 100 mil mensais pelo correio aos consumidores de fora das cidades de S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Bras&iacute;lia e Belo Horizonte, em que a marca possui lojas f&iacute;sicas. &ldquo;Decidimos abrir a loja online porque j&aacute; t&iacute;nhamos um faturamento garantido dos clientes que ligavam fazendo pedidos de v&aacute;rias regi&otilde;es do pa&iacute;s. Existia a certeza que daria certo&rdquo;, explica Sergio Kamalakian, Empres&aacute;rio da loja Sergio K., em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><strong>Crescimento e Reclama&ccedil;&otilde;es</strong><br /> Apesar do pouco tempo no ar, a Daslu tem grandes ambi&ccedil;&otilde;es de crescimento para os pr&oacute;ximos anos, vendendo apenas pe&ccedil;as da marca pr&oacute;pria no e-commerce. A previs&atilde;o &eacute; que a loja virtual cres&ccedil;a 20% ao m&ecirc;s at&eacute; o fim de 2011 e, a partir do segundo ano de atua&ccedil;&atilde;o, a expectativa &eacute; de uma eleva&ccedil;&atilde;o de 100% ao ano. Pela internet as marcas t&ecirc;m a possibilidade de chegar a mercados ainda inexplorados. A <a target="_blank" href="http://www.cea.com.br/">C&amp;A</a>, por exemplo, utiliza a internet apenas para fazer a pr&eacute;-venda das pe&ccedil;as da C&amp;A Collection, que n&atilde;o chegam a todas as lojas da rede no pa&iacute;s.&nbsp;</p> <p><img alt="" align="right" width="300" height="293" src="/images/materias/20_10_2011Home(1).jpg" />Em maio deste ano, a WBI Brasil divulgou um raio-x do e-commerce de moda, com um ranking que apresenta o percentual de visitas em cada portal. Em primeiro lugar est&aacute; a <a target="_blank" href="http://www.netshoes.com.br/">Netshoes</a> (24,9%), seguida pelo Brandsclub (7,88%), Marisa (6,92%), <a target="_blank" href="http://www.centauro.com.br/">Centauro</a> (4,71%), <a target="_blank" href="http://www.passarela.com.br/">Passarela</a> (4,51%), Posthaus (4,21%), Lojas Renner (2,77%) e Privalia (2,57%).&nbsp;</p> <p>Apesar da oitava coloca&ccedil;&atilde;o no levantamento, a Privalia vem crescendo no mercado de moda online e deve fechar o ano com um faturamento pr&oacute;ximo aos R$ 300 milh&otilde;es, tr&ecirc;s vezes mais do que em 2010. Cerca de 200 marcas passar&atilde;o pelo portal do outlet virtual at&eacute; o fim de 2011. &ldquo;A previs&atilde;o &eacute; chegar ao fim do ano com aproximadamente quatro milh&otilde;es de s&oacute;cios, sendo que em agosto de 2010 t&iacute;nhamos um milh&atilde;o e meio. Para este crescimento temos feito uma forte campanha nos portais de m&iacute;dia e nas redes sociais&rdquo;, conta Thaiza Estev&atilde;o, Gerente de Marketing da Privalia, em entrevista ao portal.&nbsp;</p> <p>O clube de compras, no entanto, tem recebido grande n&uacute;mero de reclama&ccedil;&otilde;es da sua base de clientes. No ranking do <a target="_blank" href="http://www.reclameaqui.com.br/">ReclameAqui</a>, a marca figura na 15&ordf; coloca&ccedil;&atilde;o, nos &uacute;ltimos&nbsp; 12 meses, com 7.357 queixas. Por outro lado, outra rede de e-commerce de moda, a Posthaus aparece na 15&ordm; coloca&ccedil;&atilde;o dos melhores &iacute;ndices de volta a fazer neg&oacute;cios, com 81,9% de satisfa&ccedil;&atilde;o dos clientes.</p> <p><strong>Criatividade e atra&ccedil;&atilde;o de clientes </strong><br /> Para o setor, o mais importante &eacute; ser criativo e oferecer novidades di&aacute;rias que atraiam a aten&ccedil;&atilde;o dos consumidores.&nbsp; A Sergio K. planeja, em dois anos, acabar com as liquida&ccedil;&otilde;es na lojas f&iacute;sicas e realiz&aacute;-las apenas no meio virtual. &ldquo;Sempre tentamos fazer uma diferencia&ccedil;&atilde;o na compra pela web, enviamos alguns brindes, como preservativos e cartas de baralho&rdquo;, comenta Kamalakian.<img alt="" align="left" width="300" height="211" src="/images/materias/sergio-K(1).jpg" /></p> <p>Uma das estrat&eacute;gias adotada pelas marcas &eacute; mostrar o produto sendo utilizado por algu&eacute;m, al&eacute;m de apresentar variedades de tamanhos, cores e diferentes formas de pagamento. &ldquo;O ambiente &eacute; prop&iacute;cio para criar algumas a&ccedil;&otilde;es. Hoje, estamos com o frete gr&aacute;tis e daqui a pouco vamos fazer uma promo&ccedil;&atilde;o compre certa quantidade, ganhe um brinde&rdquo;, diz Veiga, Coordenador de Marketing da Aviator.</p> <p>A divulga&ccedil;&atilde;o de promo&ccedil;&otilde;es pelas m&iacute;dias sociais tamb&eacute;m &eacute; recorrente no e-commerce e &eacute; uma ferramenta para conhecer o p&uacute;blico-alvo da marca. &ldquo;Temos um term&ocirc;metro que s&atilde;o as nossas redes sociais, o Facebook, o Orkut e o Twitter. Um motivo que nos tranquilizou ao lan&ccedil;ar a loja virtual era a quantidade de admiradores da Daslu, que entravam na nossa fan page e diziam que n&atilde;o existe a loja na sua regi&atilde;o, mas gostariam que envi&aacute;ssemos determinada pe&ccedil;a por Sedex. As pessoas de fora de S&atilde;o Paulo querem adquirir uma pe&ccedil;a da marca e o e-commerce veio para atender esta demanda&rdquo;, declara Manuela.&nbsp;&nbsp;</p> <p><em>* Mat&eacute;ria atualizada &agrave;s 17h02 do mesmo dia.</em></p>
Moda usa criatividade para ganhar espaço no comércio eletrônico
27 de outubro de 2011
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