<p>O mercado brasileiro de luxo deve faturar US$ 7,59 bilh&otilde;es em 2010, segundo uma pesquisa realizada pela MCF Consultoria em parceira com a GfK Brasil. O setor, que lucrou US$ 6,23 bilh&otilde;es em 2009, deve ampliar seu faturamento em 22% este ano. O estudo &ldquo;O mercado do Luxo no Brasil &ndash; ano IV&rdquo; foi realizado entre janeiro e maio de 2010 com 283 empresas que atuam no segmento do Luxo ou Premium no Brasil e 344 consumidores deste segmento.<br /> <br /> A crise econ&ocirc;mica de 2008 que abalou o mercado ainda preocupa 3% dos entrevistados, que&nbsp; acreditam que seus neg&oacute;cios ainda sofrem as consequ&ecirc;ncias do per&iacute;odo. J&aacute; 79% afirma acreditar na recupera&ccedil;&atilde;o do mercado e, destes, 66% acreditam que isso aconte&ccedil;a ainda em 2010.<br /> <br /> Em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro, os projetos mais citados foram os de expans&atilde;o do mercado alvo (33%), fortalecimento da imagem/marca (30%), abertura de lojas pr&oacute;prias (20%) e Gest&atilde;o de Relacionamento com o Cliente (9%). Dentre os empres&aacute;rios que planejam investir em expans&atilde;o, 86% pretendem faz&ecirc;-lo aumentando o n&uacute;mero de lojas pr&oacute;prias, 50% aumentando a participa&ccedil;&atilde;o em multimarcas e 7% em quiosques.<br /> <br /> Na avalia&ccedil;&atilde;o das cidades – excluindo S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro &ndash; as mais promissoras para a expans&atilde;o do mercado do Luxo s&atilde;o: Bras&iacute;lia (53%), Porto Alegre (7%), Curitiba (7%), Salvador (6%), Recife (4%), Belo Horizonte (4%) e Ribeir&atilde;o Preto (3%). <br /> <strong><br /> Marcas<br /> </strong>Para o setor, a marca considerada benchmark nacional &eacute; a Fasano, com 14%, seguida de perto pela Osklen, com 13% e H. Stern, com 9%. O benchmark internacional &eacute; Louis Vuitton, com 18%, seguida por Herm&egrave;s, com 12% e Giorgio Armani, com 5%.<br /> <br /> Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s grifes internacionais, a Top of Mind &eacute; a Louis Vuitton (30%), seguida pela Herm&egrave;s (12%) e Chanel (8%). No ranking de marcas nacionais a lideran&ccedil;a fica com H. Stern (24%), seguida de perto pela Daslu (20%).<br /> A Louis Vuitton &eacute; a mais citada dentre as marcas de fora do pa&iacute;s quando se trata de atributos como tradi&ccedil;&atilde;o (27%) e prestigio (22%). No quesito prefer&ecirc;ncia, a Louis Vitton permanece na lideran&ccedil;a (8%), seguida por Herm&egrave;s, Chanel e Giorgio Armani &ndash; empatadas com 6%. Entre as marcas brasileiras, a H.Stern &eacute; considerada a de maior prest&iacute;gio (26%), tradi&ccedil;&atilde;o (25%) e lidera a prefer&ecirc;ncia dos consumidores (12%), seguida nos tr&ecirc;s quesitos pela Daslu.<br /> <br /> A pesquisa tamb&eacute;m mostra que o sonho de consumo dos clientes do Luxo s&atilde;o produtos Chanel (10%) e Herm&egrave;s (7%) e que os entrevistados gostariam de encontrar no Brasil produtos Prada (5%), assim como Sephora, Manolo Blahnik, Bottega Veneta, Fauchon, Burberry, Chanel, Abercrombie &amp; Fitch Victoria&acute;s Secret (todos com 2%).<br /> <strong><br /> Segmentos</strong><br /> Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s empresas estudadas, a maior parte atua no varejo, com 61%, seguida por servi&ccedil;os (24%) e produ&ccedil;&atilde;o/ind&uacute;stria (15%). Quanto &agrave; atua&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica, 26% s&atilde;o do ramo de moda, 19% de cal&ccedil;ados, 18% de confec&ccedil;&atilde;o/vestu&aacute;rio e 17% para perfumaria. Sobre a atua&ccedil;&atilde;o das empresas no exterior, 53% responderam que t&ecirc;m presen&ccedil;a fora do pa&iacute;s, e 39% de seus clientes j&aacute; realizaram compras da marca fora do Brasil, sendo o pre&ccedil;o mais baixo, variedade e glamour os principais motivos para isso.<br /> <br /> <strong>Consumidores</strong><br /> A maior parte dos consumidores do segmento tem renda mensal superior a R$10 mil, s&atilde;o mulheres (58%) e moradores do estado de S&atilde;o Paulo (66%) entre 26 e 35 anos. Do total, 47% s&atilde;o p&oacute;s-graduados e 36% possuem grau universit&aacute;rio de instru&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> <strong>Percep&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o sobre o luxo</strong><br /> Para mapear a percep&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s marcas e servi&ccedil;os de luxo, a GfK tamb&eacute;m realizou um estudo espec&iacute;fico. Foram ouvidas mil pessoas, de todas as classes sociais de 12 regi&otilde;es metropolitanas do pa&iacute;s. Nessa abordagem, a popula&ccedil;&atilde;o brasileira destacou a qualidade como principal motivo de atra&ccedil;&atilde;o para comprar uma marca ou servi&ccedil;o de luxo (38%), em seguida est&aacute; o pre&ccedil;o (16%) e o atendimento personalizado (13%).<br /> <br /> Quando perguntados sobre qual marca comprariam se fossem adquirir algum produto de uma marca de Luxo, a mais mencionada foi Brastemp com 10%, seguida de Mercedes-Benz e Ferrari com 6% cada. Outro ponto interessante na percep&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o est&aacute; na marca de cosm&eacute;ticos, na qual a Natura &eacute; a mais citada com 21%, bem &agrave; frente das internacionais Lanc&ocirc;me e Vict&oacute;ria Secret, com 1% cada.</p> <p>&nbsp;</p>
Mercado de luxo espera crescer 22% em 2010
2 de agosto de 2010