Marketing e a Responsabilidade Social 7 de novembro de 2007

Marketing e a Responsabilidade Social

         

Marketing e a Responsabilidade Social

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<p><strong>Marketing e a Responsabilidade Social</strong><br /> <br />Por João Baptista Sundfeld*<br /> <br />A responsabilidade social tem sido tratada mais como uma ação corporativa. Porém, a forma ideal para atingirmos o objetivo seria divulgarmos que a ação social pode e deve ser abrangente e incluir a maioria da população. Nem sempre a ação social necessita o emprego de dinheiro. A solidariedade entre os seres humanos é um valor cultural que precisa ser difundido na educação das pessoas desde a mais tenra idade. </p><p>O filósofo grego Sócrates também acreditava que os indivíduos deveriam cultivar um forte caráter e desenvolver muitas virtudes pessoais e a solidariedade é, indiscutivelmente, uma grande virtude. Analisando a palavra “responsabilidade” constatamos que é definida como estado, qualidade ou um dever que inclui o que eticamente significa ser encarregado do bem – estar de outra pessoa. Implica também na habilidade para agir sem orientação ou autoridade superior, por conta própria. Portanto, a responsabilidade social deve ser entendida como produto de todos os indivíduos de uma comunidade e não somente por ações de governos ou empresas. </p><p>Recentemente, falando sobre o assunto para um auditório composto por jovens moças e rapazes de classe de renda elevada, perguntei o que pensavam sobre as declarações de visão futura, missão e valores, apresentadas pelas empresas em seus planos de gestão e afixadas nas recepções de escritórios e áreas industriais. A maioria desses jovens – cerca de 80% – mostrou-se incrédula quanto à eficácia dessas declarações, ou seja, colocando em dúvida se a empresa, de fato, pratica o que escreveu ou trata-se apenas de marketing social, para convencer os clientes de que a empresa está consciente de seu papel perante a sociedade. <br /> <br />Essa desconfiança da juventude não é gratuita já que vimos assistindo, em todo o mundo, a desintegração de valores morais, éticos e religiosos. Um funcionário da CIA americana foi preso porque foi corrompido e sua ganância apontou para a execução de quase uma dúzia de valiosos agentes na época da guerra fria entre Estados Unidos e a União Soviética. Fraudes no sistema social em vários países, inclusive no Brasil, demonstram que é real e crescente a falta de escrúpulos de políticos e dirigentes nos quais a sociedade depositava confiança. </p><p>Pessimismos à parte, consideramos que as iniciativas empresarias demonstrando ações adequadas para com a responsabilidade social, fazem sentido em duas vertentes. A primeira é divulgar ao mercado as boas ações envolvendo suas marcas com inegável caráter de campanhas publicitárias e, a segunda vertente atinge o alvo quando divulgam ações como a aplicação de recursos na educação e formação especializada para jovens de poucos recursos financeiros, apoio a campanhas de vacinação e uso de fármacos sob controle médico, uso de papéis reciclados e outras de reconhecido valor social. <br />          <br />As reações da sociedade revelam-se adequadas quando se sabe da existência de 250 mil organizações voltadas para obras sociais, segundo dados da Rede de Informações do Terceiro Setor – Rits. Concluindo, cremos que o apoio às iniciativas para que a responsabilidade social seja enfatizada nas famílias, nas escolas e nos ambientes empresariais, seja o caminho certo para tornar as pessoas íntegras e para aumentarmos os valores que dignificam o ser humano.<br /> <br />* João Baptista Sundfeld é economista, pós-graduado em marketing, mestre em educação pela PUC-SP e professor na ESPM, PUC e USP. É consultor em gestão empresarial da Sundfeld & Associados.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.sundfeld.com.br" target="_blank">www.sundfeld.com.br</a></p>


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