<p>Por Pio Borges*</p> <p>Todos n&oacute;s, leitores do Mundo do Marketing, vivemos imersos em marketing. &Eacute; mais ou menos como pertencer a uma seita secreta quase inacess&iacute;vel ao comum dos mortais que nos veem como os feiticeiros capazes de lev&aacute;-los a gastar dinheiro comprando o que n&atilde;o precisam e at&eacute; elegendo dirigentes s&oacute; tornados capacitados devido &agrave; manipula&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es sobre eles feita por gente de marketing.</p> <p>&Eacute; f&aacute;cil entender porque a nossa imagem p&uacute;blica &eacute; t&atilde;o controversa. No entanto, n&oacute;s sabemos que n&atilde;o &eacute; assim. E buscamos nos tornar melhores a cada dia, inclusive pela leitura do nosso Mundo do Marketing. Um aspecto surpreendente deste marketing entendido como t&atilde;o poderoso &eacute; que nem os profissionais relacionados ao marketing t&ecirc;m uma defini&ccedil;&atilde;o ou mesmo uma simples explica&ccedil;&atilde;o uniforme do que seja <u><strong>marketing</strong></u>.</p> <p>Fa&ccedil;a o teste: pergunte a um m&eacute;dico o que &eacute; <strong>medicina</strong>, ou a um engenheiro o que &eacute; <strong>engenharia</strong>, ou a um advogado o que &eacute; <strong>direito </strong>e voc&ecirc; ter&aacute; respostas mais ou menos coerentes. Fa&ccedil;a a mesma pergunta para um profissional de comunica&ccedil;&atilde;o, ou a um profissional de administra&ccedil;&atilde;o, ou a um publicit&aacute;rio ou, pior ainda, para um profissional de marketing e asseguro aqui que as respostas ser&atilde;o t&atilde;o diversas quanto &agrave;s dos 10 ceguinhos colocados diante de um elefante a que deveriam apalpar para dizer do que se tratava: o que segurava a perna disse que ele era semelhante a uma &aacute;rvore, o que foi para a tromba, comparava-o com uma cobra, o que segurava os dentes de marfim tinha outra defini&ccedil;&atilde;o, obviamente diferente do que o tocava na barriga e assim por diante.</p> <p>Todos estavam absolutamente certos do que diziam e todos diziam a coisa certa, mas como n&atilde;o tinham a ideia do todo provaram ser imposs&iacute;vel ter uma p&aacute;lida ideia do que seria de fato um elefante. O marketing tem sido o nosso elefante. Todos n&oacute;s que estamos imersos no oceano do marketing passamos a ter uma certeza de que as coisas est&atilde;o mudando aceleradamente nos &uacute;ltimos 10 a 15 anos, obrigando a todos n&oacute;s a metaforicamente aprendermos a andar numa nova bicicleta v&aacute;rias vezes por ano. E o tipo da bicicleta muda conforme estejamos diante da perna ou do rabo do nosso elefante…</p> <p>Por incr&iacute;vel que possa parecer, as raz&otilde;es destas mudan&ccedil;as de bicicletas todas &eacute; um fato imut&aacute;vel e que continuar&aacute; imut&aacute;vel por todos os s&eacute;culos: as for&ccedil;as que permitiram o g&ecirc;nero humano assenhorear-se do mundo nos &uacute;ltimos 200 mil anos. O nosso empenho de fazer cada vez mais com menos esfor&ccedil;o. Na explica&ccedil;&atilde;o mais simples. A grande diferen&ccedil;a nos nossos dias &eacute; que pela primeira vez temos acesso a todas as informa&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis do que as pessoas querem e precisam, at&eacute; ao n&iacute;vel individual (e at&eacute; al&eacute;m das pr&oacute;prias percep&ccedil;&otilde;es individuais…) e temos em nossas m&atilde;os o poder de atend&ecirc;-las antes mesmo de que se manifestem.</p> <p>Este saber, diante do fluxo di&aacute;rio ininterrupto de dados, tem em si pr&oacute;prio a maior amea&ccedil;a &agrave; sua percep&ccedil;&atilde;o e &agrave; sua valoriza&ccedil;&atilde;o. Justifico. Um profissional pode dedicar toda a sua vida para cada vez saber mais sobre a sua atividade e a cada dia saber ainda mais. Mas rapidamente ir&aacute; se dar conta que o simples saber, por mais detalhado que seja, se perder&aacute;&nbsp; se n&atilde;o gerar resultados pr&aacute;ticos para ele e para as demais pessoas. <strong>Saber </strong>sem <strong>fazer </strong>se torna em perda de tempo e perda de vida. A evolu&ccedil;&atilde;o do g&ecirc;nero humano segue uma rotina: Imagina&ccedil;&atilde;o, conhecimento, pr&aacute;tica, resultados bons ou maus e o rein&iacute;cio do processo nos levando deixar as carruagens e voar em avi&otilde;es conduzidos pelos profissionais de marketing. Mas, isto n&atilde;o explica tudo.</p> <p>Sou conselheiro da R.epense e estou muito feliz ao constatar uma revolu&ccedil;&atilde;o do novo marketing obtida com uma campanha desenvolvida pela ag&ecirc;ncia para a <strong>Cultura Inglesa</strong> no Rio de Janeiro veiculada apenas on line com a integra&ccedil;&atilde;o dos profissionais de comunica&ccedil;&atilde;o e marketing do cliente, com os nossos profissionais de marketing e comunica&ccedil;&atilde;o, com os profissionais de uma premiada produtora de cinema e por uma turma imensa convidada a participar de um projeto cujo fim ningu&eacute;m sabia antecipadamente no que viria a dar. Assim como as propostas relacionadas &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o humana ao longo de toda a hist&oacute;ria.</p> <p>No &acirc;mago de todo este esfor&ccedil;o t&iacute;nhamos a certeza de que saber ingl&ecirc;s &eacute; uma necessidade vital priorit&aacute;ria para todas as pessoas que tenham forma&ccedil;&atilde;o cultural m&iacute;nima e tenham avaliado o seu papel no mundo, no mercado, e diante de sua fam&iacute;lia. Cursos de ingl&ecirc;s, impulsionados por esta demanda visceral, existem aos milhares e como tudo que exista aos milhares tendem a ser vistos como commodities e como commodities serem tratados.</p> <p>A criatividade na comunica&ccedil;&atilde;o de marketing concentra-se nos per&iacute;odos de matr&iacute;cula j&aacute; que ap&oacute;s estes momentos torna-se muito dif&iacute;cil formar novas turmas com pessoas de qualquer idade desejosas de aprenderem mais ingl&ecirc;s de maneira mais eficiente. E, de fato, campanhas tradicionais pelas m&iacute;dias tradicionais com os seus investimentos tradicionais n&atilde;o tenderiam a gerar o ROI cuja obten&ccedil;&atilde;o est&aacute; no DNA de qualquer organiza&ccedil;&atilde;o decidida a perpetuar a sua exist&ecirc;ncia.</p> <p>O sucesso on line do embromation, j&aacute; conhecido por muitas pessoas com quem tenho falado, &eacute; um momento m&aacute;gico. Deu certo e est&aacute; definindo para mim um novo formato de comunica&ccedil;&atilde;o de marketing em perfeita sintonia com o nosso momento. Conhe&ccedil;a o embromation pelo site: <a target="_blank" href="http://www.embromation.net">http://www.embromation.net/</a> Est&aacute; tudo l&aacute; e em especial o making off. Os resultados at&eacute; agora s&atilde;o mais de <strong>1.800.000</strong> pessoas potencialmente impactadas pela marca Cultura Inglesa . E material at&eacute; para escrever um livro ou desenvolver um novo curso para atualizar profissionais. &Eacute; uma forma bem sucedida para falar com adequa&ccedil;&atilde;o e envolvimento emocional com os jovens.</p> <p>Os pais do embromation s&atilde;o o Jos&eacute; Roberto Pastor, diretor de marketing da Cultura Inglesa, que confiou na R.epense e desafiou a sua ag&ecirc;ncia de comunica&ccedil;&atilde;o dirigida a propor algo &ldquo;fora da caixa&rdquo;. De nosso lado foi Ot&aacute;vio Dias, que al&eacute;m de ter inventado o conceito de repensar a comunica&ccedil;&atilde;o teve a experi&ecirc;ncia ao vivo na sua juventude com brasileiros no exterior sofrendo com as suas embromation pessoais. Os parteiros fomos todos n&oacute;s da Cultura e da ag&ecirc;ncia com a parceria da Conspira&ccedil;&atilde;o na produ&ccedil;&atilde;o de todos os v&iacute;deos e todos os atores e atrizes envolvidos.<br /> &nbsp;<br /> O maior desafio agora n&atilde;o &eacute; <strong>apenas</strong> aprimorar a campanha da Cultura Inglesa para os pr&oacute;ximos meses, ou pr&oacute;ximos anos. O novo desafio para os marqueteiros &eacute; o de olhar para todas as campanhas, todos os nossos esfor&ccedil;os para todos os produtos e servi&ccedil;os a partir desta nova teoria comprovada pela pr&aacute;tica. Teremos de fazer com que os consumidores nos procurem por suas livres e espont&acirc;neas vontades conforme eles as formarem com as informa&ccedil;&otilde;es que buscaram on line e tamb&eacute;m off line. Estaremos diante de um novo salto na evolu&ccedil;&atilde;o humana? Cada vez menos embromation, cada vez mais respeito ao consumidor. E isto, <strong>garanto eu, que j&aacute; &eacute;</strong> um salto na evolu&ccedil;&atilde;o da comunica&ccedil;&atilde;o humana.</p> <p>* Luiz Roberto Pio Borges da Cunha &eacute; profissional de Comunica&ccedil;&atilde;o, Jornalista, formado em Direito, P&oacute;s Graduado em Comunica&ccedil;&atilde;o. Professor Universit&aacute;rio, Conferencista e Autor de Livros sobre Marketing Direto. Membro do HALL OF FAME da Abemd – Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Marketing Direto desde 1994. Conselheiro da R.EPENSE desde 2007.</p>
Marketing: cada vez menos embromation. Este é o nosso maior desafio
17 de novembro de 2009