<p>Exportar um servi&ccedil;o ou um produto &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o comum no mundo todo. O Brasil &eacute; um dos maiores exportadores de produtos agr&iacute;colas do planeta e agora tamb&eacute;m de Marketing. Isso mesmo. Profissionais de Marketing brasileiros est&atilde;o levando projetos de sucesso feitos por aqui para pa&iacute;ses da Europa e da Am&eacute;rica do Norte, sem escala e com tarifas &ldquo;pagas&rdquo; com o sucesso de vendas proporcionado pelas a&ccedil;&otilde;es de Marketing tipo exporta&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Accor, Havaianas e Diageo s&atilde;o empresas que exportam a&ccedil;&otilde;es de Marketing e contribuem para exaltar a criatividade e o planejamento feito em territ&oacute;rio nacional. Atrav&eacute;s da rede Ibis de hot&eacute;is, a Accor fechou parceria com a empresa francesa ISIC (International Student Identity Card) e exportou uma a&ccedil;&atilde;o que d&aacute; descontos para estudantes em estadias mediante reservas pela internet.</p> <p>A Diageo este ano levou o evento Scotch Whisky Festival para diversos pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina, ap&oacute;s a estreia em 2007 no Brasil. Este evento, segundo Eliza Duque Estrada, Brand Manager de Johnnie Walker Red Label, proporciona oportunidades de neg&oacute;cios para diversas marcas da empresa que patrocinam o festival. J&aacute; a Alpargatas leva o mesmo conceito de Marketing de Havaianas para todos os pa&iacute;ses que comercializam a sand&aacute;lia.</p> <p><strong><img alt="Marketing brasileiro tipo exporta&ccedil;&atilde;o" align="left" width="170" height="150" src="/images/materias/rui_porto_alpargatas(1).jpg" />Alpargatas exporta sand&aacute;lia e Marketing</strong><br /> Apesar de realizar todas as adapta&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para cada cultura, Havaianas &eacute; uma marca que mant&eacute;m um mesmo conceito, seja em que pa&iacute;s for. De acordo com Rui Porto (foto), Diretor de Comunica&ccedil;&atilde;o da Alpargatas, a alma da marca sempre ser&aacute; mantida e os departamentos de Marketing dos pa&iacute;ses que importam o produto respondem ao Brasil. &ldquo;Nova York, Londres, Paris e Mil&atilde;o possuem uma estrat&eacute;gia de Marketing &uacute;nica para Havaianas. &Eacute; preciso ter adapta&ccedil;&otilde;es locais porque a marca pode estar em est&aacute;gios diferentes de desenvolvimento. No Brasil investimos muito em TV, mas no exterior n&atilde;o anunciamos quase nada em TV&rdquo;, explica Rui Porto em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>Sabendo das diferen&ccedil;as culturais, de h&aacute;bitos e de comportamento, a Alpargatas tem em seus escrit&oacute;rios espalhados pelo mundo o principal term&ocirc;metro para avaliar o sucesso (ou n&atilde;o) de uma estrat&eacute;gia exportada. &ldquo;Pelo fato de termos pessoas l&aacute; fora, em opera&ccedil;&otilde;es pr&oacute;prias, recebemos informa&ccedil;&otilde;es dos nossos profissionais de Marketing estrangeiros que dizem quando uma a&ccedil;&atilde;o n&atilde;o dever&aacute; dar certo&rdquo;, diz Porto.</p> <p>As sand&aacute;lias Havaianas come&ccedil;aram a ser exportadas entre 1999 e 2000 com mais crit&eacute;rios mercadol&oacute;gicos devido ao posicionamento da marca como objeto desejado. Ap&oacute;s passar dificuldades para agregar valores ao produto quando este foi lan&ccedil;ado no Brasil, a Alpargatas estruturou as a&ccedil;&otilde;es de Marketing em eventos de moda e no ponto-de-venda que deram certo. Aplicados os ativos intang&iacute;veis, Havaianas passou a ser uma marca forte,&nbsp;respeitada e consciente do que deveria ser feito nos EUA, quando chegou nos anos 1990. &ldquo;Deu certo aqui no Brasil, n&oacute;s aprendemos, e no exterior lan&ccedil;amos Havaianas de uma forma diferente. Investimos em a&ccedil;&otilde;es para jornalistas, patroc&iacute;nio a eventos de moda. Fizemos contato com menos gente, mas que eram pessoas multiplicadoras&rdquo;, conta o Diretor de Comunica&ccedil;&atilde;o da Alpargatas.</p> <p><strong><img alt="Marketing brasileiro tipo exporta&ccedil;&atilde;o" align="right" width="152" height="170" src="/images/materias/eliza_estrada_diageo.jpg" />Evento brasileiro em terras estrangeiras</strong><br /> Uma das estrat&eacute;gias de Marketing feitas no Brasil que foram exportadas pela Diageo foi o Scotch Whisky Festival, evento com atividades diferenciadas patrocinadas pelas principais marcas da Diageo. &ldquo;Este ano foi adotada por diversos pa&iacute;ses da America Latina. O Brasil hoje conta com excelentes profissionais da &aacute;rea de comunica&ccedil;&atilde;o e Marketing e j&aacute; &eacute; reconhecido como refer&ecirc;ncia no lan&ccedil;amento de ativa&ccedil;&otilde;es de marca&rdquo;, acredita Eliza Duque Estrada (foto), Brand Manager de Johnnie Walker Red Label.</p> <p>Um dos motivos do sucesso de a&ccedil;&otilde;es brasileiras em terras estrangeiras &eacute; a necessidade de atingir consumidores diferentes em cada estado do Brasil, onde as caracter&iacute;sticas e h&aacute;bitos s&atilde;o particulares em cada regi&atilde;o. &ldquo; Em fun&ccedil;&atilde;o de seu tamanho e diferentes culturas, as estrat&eacute;gias desenvolvidas no Brasil s&atilde;o muito abrangentes e podem facilmente ser aplicadas em diversos pa&iacute;ses&rdquo;, aponta Eliza.</p> <p>O Scotch Festival foi criado h&aacute; tr&ecirc;s anos e acontece sempre no m&ecirc;s de maio, mas outros projetos da Diageo est&atilde;o na fila para serem exportados. A a&ccedil;&atilde;o da Diageo para Johnny Walker que levou consumidores de Recife para um passeio de helic&oacute;ptero noturno, segundo Eliza, j&aacute; foi apresentada e est&aacute; sendo avaliada por alguns pa&iacute;ses. &ldquo;As principais diferen&ccedil;as que devem ser consideradas para exportar uma a&ccedil;&atilde;o de Marketing s&atilde;o: o est&aacute;gio da categoria, o est&aacute;gio de desenvolvimento da marca em cada pa&iacute;s e a aceita&ccedil;&atilde;o da marca na cultura local, al&eacute;m das marcas concorrentes&rdquo;, ressalta.</p> <p><strong><img alt="Marketing brasileiro tipo exporta&ccedil;&atilde;o" align="left" width="150" height="235" src="/images/materias/Claudia_Barros_accor.jpg" />Promo&ccedil;&atilde;o para estudantes de todo o mundo</strong><br /> A Accor &eacute; outra empresa que est&aacute; levando estrat&eacute;gias brasileiras para o resto do mundo. Ap&oacute;s a rede de hot&eacute;is ibis firmar parceria com o ISIC (&oacute;rg&atilde;o internacional que reconhece e identifica estudantes), os h&oacute;spedes com a carteirinha de estudante receber&atilde;o descontos nas estadias em mais de 30 pa&iacute;ses e 400 hot&eacute;is em todo o mundo. O projeto inicial foi criado no Brasil e os estudantes brasileiros que fizerem reservas pela internet ainda t&ecirc;m direito a um caf&eacute; da manh&atilde;, mas no exterior este projeto ainda est&aacute; em fase de adapta&ccedil;&atilde;o, sem muita divulga&ccedil;&atilde;o.</p> <p>De acordo com a gerente de comunica&ccedil;&atilde;o do ibis para a Am&eacute;rica Latina, Claudia Barros (foto), aos poucos, a Accor est&aacute; exportando suas a&ccedil;&otilde;es para a Fran&ccedil;a &ndash; onde fica a sede da empresa. &ldquo;A parceria com o ISIC ainda n&atilde;o foi, de fato, aplicada fora do Brasil, mas a expectativa &eacute; grande porque a a&ccedil;&atilde;o j&aacute; come&ccedil;ou a acontecer em outros pa&iacute;ses, sem muita divulga&ccedil;&atilde;o, mas o estudante j&aacute; pode usufruir deste beneficio&rdquo;, afirma Claudia em entrevista ao site.</p> <p>No Brasil, os estudantes j&aacute; participam deste projeto desde 2001 e nos outros pa&iacute;ses a estrat&eacute;gia seguir&aacute; a mesma linha. O estudante &eacute; um consumidor promissor em qualquer pa&iacute;s e isso motivou a exporta&ccedil;&atilde;o desta parceria. &ldquo;Os n&uacute;meros que mostram a visibilidade que a marca ibis ganha com esta a&ccedil;&atilde;o &eacute; o maior apoio para lev&aacute;-la para fora do pa&iacute;s. Al&eacute;m disso, o projeto come&ccedil;a a ser bem visto por outros pa&iacute;ses&rdquo;, salienta Claudia.</p> <p><strong><img alt="Marketing brasileiro tipo exporta&ccedil;&atilde;o" align="right" width="220" height="265" src="/images/materias/havaianas_exportacao_blog.jpg" />&ldquo;Brasilidade&rdquo; exportada para o mundo</strong><br /> Ainda longe de ser visto como um exemplo de economia, o Brasil, em contrapartida, &eacute; um territ&oacute;rio capaz de oferecer novos tipos de experi&ecirc;ncia para consumidores de outros pa&iacute;ses. &ldquo;Temos coragem para colocar uma a&ccedil;&atilde;o no mercado, boa parte dos internautas s&atilde;o jovens que usam m&iacute;dias de relacionamento on-line, e nisso estamos muito avan&ccedil;ados&rdquo;, avalia a gerente de comunica&ccedil;&atilde;o do ibis, que ressalta. &ldquo;A marca passou a ser percebida de forma muito positiva ap&oacute;s exportar uma a&ccedil;&atilde;o de Marketing. A Accor criou um Comit&ecirc; sobre a&ccedil;&otilde;es que ser&atilde;o implementadas no mundo todo e isso&nbsp;s&oacute; aconteceu por nosso esfor&ccedil;o e pelas a&ccedil;&otilde;es inovadoras que criamos&rdquo;.</p> <p>A Alpargatas n&atilde;o quer levar apenas as Havaianas para os p&eacute;s dos gringos e j&aacute; trabalha a internacionaliza&ccedil;&atilde;o da marca Topper, que agora &eacute; totalmente brasileira ap&oacute;s a compra junto a Alpargatas da Argentina &ldquo;Fizemos um trabalho de reposicionamento com uma nova marca. O conceito criado para o Brasil &ndash; &lsquo;Cora&ccedil;&atilde;o Manda&rsquo; &ndash; ser&aacute; o mesmo para Col&ocirc;mbia, M&eacute;xico e Europa&rdquo;, explica Rui Porto.</p> <p>Para que as estrat&eacute;gias exportadas pela Alpargatas sejam bem sucedidas, Rui Porto ensina: &ldquo;A Europa tem culturas e h&aacute;bitos diferentes. &Eacute; preciso conhecer a cultura local. Por exemplo, o franc&ecirc;s compra mais em lojas de rua, mas na It&aacute;lia o foco &eacute; em lojas de departamento. Na Espanha existe uma grande cadeia de lojas, assim como em Portugal e na Gr&eacute;cia. Por isso, o canal de venda &eacute; muito importante&quot;, completa.</p>
Marketing brasileiro tipo exportação
9 de outubro de 2009
![](https://z7p855.p3cdn1.secureserver.net/wp-content/uploads/2022/11/mkt_exportacao_foto1.jpg?time=1722042549)