Maioria das empresas usa redes sociais para promoções e vendas 23 de setembro de 2009

Maioria das empresas usa redes sociais para promoções e vendas

         

Apenas 21% dos entrevistados em pesquisa realizada pela youDb afirmam fazer relacionamento com consumidores nesses espaços

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<p>Poucas empresas estão usando as redes sociais como espaço de relacionamento, como reforça um levantamento com 67 executivos de 48 empresas de ramos diversificados, onde apenas 21% afirmam se relacionar com clientes e consumidores nesses espaços.</p> <p>Esse é apenas um dos resultados da primeira pesquisa sobre Uso e Aplicação de Redes Sociais e Tecnologias Envolvidas, realizada pela youDb em parceria com o Núcleo de Transferência de Tecnologia (NTT) da  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo também levantou informações sobre o uso das técnicas de análise de informação text mining e web mining.</p> <p>A agência de database marketing coligada à Fábrica Comunicação Dirigida viu nessa iniciativa uma oportunidade de não apenas levantar o cenário sobre ferramentas com as quais já atua, mas também fomentar discussões sobre elas, ainda bastante desconhecidas ou mal aproveitadas pelos anunciantes.</p> <p><strong>Maioria prefere usar redes sociais para promoções e vendas</strong><br /> A pesquisa traz um cenário relativamente positivo no que se refere à presença nas redes sociais pelas empresas. Cerca de 70% dos entrevistados afirmaram atuar nesses espaços. Além disso, 89% das empresas entrevistadas planejam utilizar alguma tecnologia relacionada às Redes Sociais e 74% deste universo pretende vir a adotá-las em menos de um ano, enquanto os 26% restantes a partir de um ano. Além disso, a quase totalidade dos entrevistados, 96%, tem interesse em conhecer melhor as Redes Sociais.</p> <p>Ainda assim, a pesquisa denota para um quadro, na opinião de Leonardo Barci, muito grave: apenas 21% das empresas utilizam o espaço para relacionamento, enquanto que 49% preferem realizar promoções e vendas. O problema é que o responsável pelo espaço geralmente tá pensando no bônus no final do ano e trabalha com metas. Mas o espaço deve ser pensado como local de relacionamento. Ou então, fica sendo o mesmo que entrar em uma festa apenas para tentar vender produtos. Você provavelmente será visto como chato e rejeitado”, compara Barci.</p> <p style="text-align: center"><strong>Redes sociais onde marcam presença:</strong><br /> <img alt="" width="522" height="244" src="/images/materias/youdb1.jpg" /></p> <p><strong>Text Mining e Webmining são desconhecidos pela maioria</strong><br /> O text mining (“mineração de texto” em português), por sua vez, é desconhecido pela maioria (53%) dos entrevistados. Ele consiste em técnicas de extração de conhecimentos através de ferramentas de leitura e análise ao invés de pessoas. Isso pode ser feito através do agrupamento de palavras, tipos de textos comuns, por exemplo, tudo de acordo com uma espécie de dicionário pré-programado com termos chaves relevantes para o objetivo da pesquisa.</p> <p>A prática ainda é pouco difundida pelo mercado, como reforça o dado levantado na pesquisa de que apenas 16% dos entrevistados afirmam ter aplicado a técnica em trabalhos relacionados à análise de e-mails e aplicações em mecanismos de buscas. Embora 84% das empresas entrevistadas não tenham utilizado a técnica do Text Mining, elas vêem utilidade na aplicação para a geração de negócios, tendo como ponto central a utilização das informações recebidas e o maior conhecimento dos seus clientes.</p> <p>O Web Mining (“mineração da web”), por sua vez, é o nome dado à prática de analisar o comportamento do consumidor na internet. Isso é realizado não apenas verificando quais os links mais acessados ou clicados, mas sim verificando o tempo de leitura do consumidor, o caminho percorrido por ele ou até mesmo os “não-cliques” realizados pelo internauta.</p> <p><strong>Revistas e palestras são principais fontes de informação</strong><br /> Pouco mais da metade (52%) dos entrevistados afirmou conhecer a técnica, enquanto apenas 27% confirmaram que realizam ações desse tipo. Já 87% deles acreditam que podem vir a usá-la. Entre as fontes de informação mais comuns em relação a ambas as técnicas, as revistas/artigos e palestras/cursos/seminários foram as mais citadas. </p> <p style="text-align: center"><strong>Onde tomou conhecimento sobre Web mining?</strong></p> <p style="text-align: center"><img alt="" width="520" height="172" src="/images/materias/youdb2.jpg" /></p> <p>A análise da utilização do website da empresa com o objetivo de obter e conhecer o comportamento do usuário foi considerado importante por 96% dos entrevistados. Já em relação ao monitoramento do conteúdo dos sites dos concorrentes 96% acreditam que podem agregar valor ao negócio. </p> <p>Ambos os conceitos não são tão novos como se pensa: já se falava em text mining quando surgiram as primeiras ferramentas capacitadas para isso, ainda na década de 1980.  Já o web mining foi inaugurado pela agência americana Webtrends, em 1993. Porém, apenas nos últimos anos os conceitos têm se reforçado, impulsionados por um cenário onde a internet já está se consolidando e o acesso à softwares e alta tecnologia é cada vez menos custoso e mais acessível.</p> <p>“Não é trivial usar isso em Marketing, já que exige um conhecimento técnico superior. Os conceitos também não são melhor difundidos porque existe uma dificuldade natural de levar conceitos racionais de análise e precisão para uma área que é de criação”, aponta Leonardo Barci, presidente da youDb.</p> <p><strong>É preciso discutir o assunto</strong><br /> Para Barci, até pode haver espaço para promoção e vendas, mas ele não deve substituir um canal exclusivo de relacionamento e deve ser realizado de forma cautelosa, com uma segmentação de público específica e relevante.</p> <p>No geral, o mercado brasileiro pode até parecer atrasado em relação a essas questões, mas também é uma oportunidade para quem correr na frente. Porém, antes mesmo de contratar uma agência ou tentar começar por conta própria, é preciso estabelecer quais são os objetivos e as perguntas a serem respondidas nessas pesquisas e dar um tratamento adequado às informações às quais o anunciante tem acesso.</p> <p>“É preciso tratar com respeito e definir uma finalidade. Não adianta reunir dados aleatórios sem saber o que se fará com eles”, recomenda, afirmando que poderia faltar assim dados relevantes ou sobrariam irrelevantes. Para mudar positivamente esse cenário, Barci acredita que o assunto deve ser bem discutido pelas agências e anunciantes do mercado sobre a importância dessas ferramentas, o que acabou levando a agência a realizar o estudo. Para ele, o desconhecimento ou falta da prática dessas ferramentas apontada pela pesquisa não foi uma surpresa. “Se deixarmos de falar sobre o assunto, é capaz da onda passar e não aproveitarmos”, diz o executivo.</p>


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