<p>Poucas empresas est&atilde;o usando as redes sociais como espa&ccedil;o de relacionamento, como refor&ccedil;a um levantamento com 67 executivos de 48 empresas de ramos diversificados, onde apenas 21% afirmam se relacionar com clientes e consumidores nesses espa&ccedil;os.</p> <p>Esse &eacute; apenas um dos resultados da primeira pesquisa sobre Uso e Aplica&ccedil;&atilde;o de Redes Sociais e Tecnologias Envolvidas, realizada pela youDb em parceria com o N&uacute;cleo de Transfer&ecirc;ncia de Tecnologia (NTT) da&nbsp; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo tamb&eacute;m levantou informa&ccedil;&otilde;es sobre o uso das t&eacute;cnicas de an&aacute;lise de informa&ccedil;&atilde;o text mining e web mining.</p> <p>A ag&ecirc;ncia de database marketing coligada &agrave; F&aacute;brica Comunica&ccedil;&atilde;o Dirigida viu nessa iniciativa uma oportunidade de n&atilde;o apenas levantar o cen&aacute;rio sobre ferramentas com as quais j&aacute; atua, mas tamb&eacute;m fomentar discuss&otilde;es sobre elas, ainda bastante desconhecidas ou mal aproveitadas pelos anunciantes.</p> <p><strong>Maioria prefere usar redes sociais para promo&ccedil;&otilde;es e vendas</strong><br /> A pesquisa traz um cen&aacute;rio&nbsp;relativamente positivo no que se refere &agrave; presen&ccedil;a nas redes sociais pelas empresas. Cerca de 70% dos entrevistados afirmaram atuar nesses espa&ccedil;os. Al&eacute;m disso, 89% das empresas entrevistadas planejam utilizar alguma tecnologia relacionada &agrave;s Redes Sociais e 74% deste universo pretende vir a adot&aacute;-las em menos de um ano, enquanto os 26% restantes a partir de um ano. Al&eacute;m disso, a quase totalidade dos entrevistados, 96%, tem interesse em conhecer melhor as Redes Sociais.</p> <p>Ainda assim, a pesquisa denota para um quadro, na opini&atilde;o de Leonardo Barci, muito grave: apenas 21% das empresas utilizam o espa&ccedil;o para relacionamento, enquanto que 49% preferem realizar promo&ccedil;&otilde;es e vendas. O problema &eacute; que o respons&aacute;vel pelo espa&ccedil;o geralmente t&aacute; pensando no b&ocirc;nus no final do ano e trabalha com metas. Mas o espa&ccedil;o deve ser pensado como local de relacionamento. Ou ent&atilde;o, fica sendo o mesmo que entrar em uma festa apenas para tentar vender produtos. Voc&ecirc; provavelmente ser&aacute; visto como chato e rejeitado&rdquo;, compara Barci.</p> <p style="text-align: center"><strong>Redes sociais onde marcam presen&ccedil;a:</strong><br /> <img alt="" width="522" height="244" src="/images/materias/youdb1.jpg" /></p> <p><strong>Text Mining e Webmining s&atilde;o desconhecidos pela maioria</strong><br /> O text mining (&ldquo;minera&ccedil;&atilde;o de texto&rdquo; em portugu&ecirc;s), por sua&nbsp;vez, &eacute;&nbsp;desconhecido pela maioria (53%) dos entrevistados. Ele&nbsp;consiste em t&eacute;cnicas de extra&ccedil;&atilde;o de conhecimentos atrav&eacute;s de ferramentas de leitura e an&aacute;lise ao inv&eacute;s de pessoas. Isso pode ser feito atrav&eacute;s do agrupamento de palavras, tipos de textos comuns, por exemplo, tudo de acordo com uma esp&eacute;cie de dicion&aacute;rio pr&eacute;-programado com termos chaves relevantes para o objetivo da pesquisa.</p> <p>A pr&aacute;tica ainda &eacute; pouco difundida pelo mercado, como refor&ccedil;a o dado levantado na pesquisa de que apenas 16% dos entrevistados afirmam ter aplicado a t&eacute;cnica em trabalhos relacionados &agrave; an&aacute;lise de e-mails e aplica&ccedil;&otilde;es em mecanismos de buscas. Embora 84% das empresas entrevistadas n&atilde;o tenham utilizado a t&eacute;cnica do Text Mining, elas v&ecirc;em utilidade na aplica&ccedil;&atilde;o para a gera&ccedil;&atilde;o de neg&oacute;cios, tendo como ponto central a utiliza&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es recebidas e o maior conhecimento dos seus clientes.</p> <p>O Web Mining (&ldquo;minera&ccedil;&atilde;o da web&rdquo;), por sua vez, &eacute; o nome dado &agrave; pr&aacute;tica de analisar o comportamento do consumidor na internet. Isso &eacute; realizado n&atilde;o apenas verificando quais os links mais acessados ou clicados, mas sim verificando o tempo de leitura do consumidor, o caminho percorrido por ele ou at&eacute; mesmo os &ldquo;n&atilde;o-cliques&rdquo; realizados pelo internauta.</p> <p><strong>Revistas e palestras s&atilde;o principais fontes de informa&ccedil;&atilde;o</strong><br /> Pouco mais da metade (52%) dos entrevistados afirmou conhecer a t&eacute;cnica, enquanto apenas 27% confirmaram que realizam a&ccedil;&otilde;es desse tipo. J&aacute; 87% deles acreditam que podem vir a us&aacute;-la. Entre as fontes de informa&ccedil;&atilde;o mais comuns em rela&ccedil;&atilde;o a ambas as t&eacute;cnicas, as revistas/artigos e palestras/cursos/semin&aacute;rios foram as mais citadas.&nbsp;</p> <p style="text-align: center"><strong>Onde tomou conhecimento sobre Web mining?</strong></p> <p style="text-align: center"><img alt="" width="520" height="172" src="/images/materias/youdb2.jpg" /></p> <p>A an&aacute;lise da utiliza&ccedil;&atilde;o do website da empresa com o objetivo de obter e conhecer o comportamento do usu&aacute;rio foi considerado importante por 96% dos entrevistados. J&aacute; em rela&ccedil;&atilde;o ao monitoramento do conte&uacute;do dos sites dos concorrentes 96% acreditam que podem agregar valor ao neg&oacute;cio.&nbsp;</p> <p>Ambos os conceitos n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o novos como se pensa: j&aacute; se falava em text mining quando surgiram as primeiras ferramentas capacitadas para isso, ainda na d&eacute;cada de 1980.&nbsp; J&aacute; o web mining foi inaugurado pela ag&ecirc;ncia americana Webtrends, em 1993. Por&eacute;m, apenas nos &uacute;ltimos anos os conceitos t&ecirc;m se refor&ccedil;ado, impulsionados por um cen&aacute;rio onde a internet j&aacute; est&aacute; se consolidando e o acesso &agrave; softwares e alta tecnologia &eacute; cada vez menos custoso e mais acess&iacute;vel.</p> <p>&ldquo;N&atilde;o &eacute; trivial usar isso em Marketing, j&aacute; que exige um conhecimento t&eacute;cnico superior. Os conceitos tamb&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o melhor difundidos porque existe uma dificuldade natural de levar conceitos racionais de an&aacute;lise e precis&atilde;o para uma &aacute;rea que &eacute; de cria&ccedil;&atilde;o&rdquo;, aponta Leonardo Barci, presidente da youDb.</p> <p><strong>&Eacute; preciso discutir o assunto</strong><br /> Para Barci, at&eacute; pode haver espa&ccedil;o para promo&ccedil;&atilde;o e vendas, mas ele n&atilde;o deve substituir um canal exclusivo de relacionamento e deve ser realizado de forma cautelosa, com uma segmenta&ccedil;&atilde;o de p&uacute;blico espec&iacute;fica e relevante.</p> <p>No geral, o mercado brasileiro pode at&eacute; parecer atrasado em rela&ccedil;&atilde;o a essas quest&otilde;es, mas tamb&eacute;m &eacute; uma oportunidade para quem correr na frente. Por&eacute;m, antes mesmo de contratar uma ag&ecirc;ncia ou tentar come&ccedil;ar por conta pr&oacute;pria, &eacute; preciso estabelecer quais s&atilde;o os objetivos e as perguntas a serem respondidas nessas pesquisas e dar um tratamento adequado &agrave;s informa&ccedil;&otilde;es &agrave;s quais o anunciante tem acesso.</p> <p>&ldquo;&Eacute; preciso tratar com respeito e definir uma finalidade. N&atilde;o adianta reunir dados aleat&oacute;rios sem saber o que se far&aacute; com eles&rdquo;, recomenda, afirmando que poderia faltar assim dados relevantes ou sobrariam irrelevantes.&nbsp;Para mudar positivamente esse cen&aacute;rio, Barci acredita que o assunto deve ser bem discutido pelas ag&ecirc;ncias e anunciantes do mercado sobre a import&acirc;ncia dessas ferramentas, o que acabou levando a ag&ecirc;ncia a realizar o estudo. Para ele, o desconhecimento ou falta da pr&aacute;tica dessas ferramentas apontada pela pesquisa n&atilde;o foi uma surpresa. &ldquo;Se deixarmos de falar sobre o assunto, &eacute; capaz da onda passar e n&atilde;o aproveitarmos&rdquo;, diz o executivo.</p>
Maioria das empresas usa redes sociais para promoções e vendas
23 de setembro de 2009