<p><img alt="" style="width: 513px; height: 351px" src="/images/materias/001-kr0710n-0153.jpg" /></p> <p><span style="font-size: 9pt">Estaleiro em Ulsan, na Coreia do Sul</span></p> <p><b><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Home, entrevista com Luc Besson, produtor e distribuidor internacional do filme</span></b>.</p> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 10pt"><b><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Por que voc&ecirc; se envolveu no projeto de Yann Arthus-Bertrand? </span></b></div> <div style="text-align: justify; margin: 0cm 0cm 10pt"><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Quando eu encontrei Yann eu me perguntava sobre que tipo de a&ccedil;&atilde;o que poderia se criar para um &nbsp;movimento ecol&oacute;gico atrav&eacute;s do cinema. Eu me perguntei como poderia colocar os meus trinta anos de experi&ecirc;ncia a servi&ccedil;o desta causa.&nbsp;</span><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Eu estava pronto para essa abordagem e Yann foi o primeiro a me dar a oportunidade de provar que esta nova abordagem me importava verdadeiramente. Ent&atilde;o, sem hesita&ccedil;&atilde;o, me associei ao projeto. </span></div> <div style="line-height: normal"><b><span style="font-size: 10pt">Quando foi que voc&ecirc; tomou esta consci&ecirc;ncia ecol&oacute;gica?</span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal"><b><span style="line-height: 115%; font-size: 12pt"><br /> </span></b><span style="line-height: 115%; font-size: 10pt">Na minha inf&acirc;ncia, quando eu morava fora da cidade, seja na Gr&eacute;cia e na Iugosl&aacute;via, sempre estive um contato privilegiado com a natureza, a tal ponto que nem me perguntava quest&otilde;es sobre ela nestes termos. Eu vivia com o ritmo da natureza, e tinha um relacionamento com plantas e animais que eu chamaria de normal. Logo ent&atilde;o surgiu a minha paix&atilde;o pelo cinema que me dediquei toda vida. Mas pela for&ccedil;a de ler artigos sobre o assunto, percebi tsunami ecol&oacute;gico que nos amea&ccedil;ava. Inicialmente, como todo mundo, eu tinha confian&ccedil;a naqueles que nos governam, aqueles que &quot;sabem&quot;. Pensei que eles estavam fazendo algo. O problema &eacute; que eles n&atilde;o fazem o suficiente. A velocidade de seus esfor&ccedil;os sobre o ritmo do desastre &eacute; totalmente desproporcional. Quando fazem isso, o planeta &eacute; destru&iacute;do por dez. A verdadeira consci&ecirc;ncia &eacute;, portanto, em &uacute;ltima an&aacute;lise, uma consci&ecirc;ncia individual, onde cada um coloca seu esfor&ccedil;o na sua medida, com a sua for&ccedil;a ou disponibilidade. Mesmo que se agite apenas de mudar uma l&acirc;mpada, de separar o lixo, ou de consumir de maneira um pouco mais ecol&oacute;gica, &eacute; enorme. Porque cada um desses pequenos esfor&ccedil;os &eacute; multiplicado por um bilh&atilde;o de pessoas, e isso &eacute; mil vezes mais eficaz do que qualquer decis&atilde;o do governo. </span></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal">&nbsp;</div> <div style="text-align: justify; line-height: normal">&nbsp;</div> <div style="text-align: justify; line-height: normal"><b><span style="font-size: 10pt">Como um distribuidor, voc&ecirc; n&atilde;o teve medo da vontade de Yann Arthus-Bertrand para transmitir o filme em simult&acirc;neo em todos os meios, no mesmo dia, o que significava a divulga&ccedil;&atilde;o gratuita atrav&eacute;s de certos meios de comunica&ccedil;&atilde;o?</span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal">&nbsp;</div> <div style="text-align: justify; line-height: normal"><span style="font-size: 10pt">A minha abordagem &eacute; de um cidad&atilde;o, que &eacute; diferente da abordagem econ&ocirc;mica.O fato de que o filme deveria ser transmitido gratuitamente atrav&eacute;s da Internet ou de redes p&uacute;blicas n&atilde;o me incomoda um minuto, pois desde o in&iacute;cio, o princ&iacute;pio deste projeto feito realizar um filme sem o prop&oacute;sito de ganhar dinheiro e sim adeptos. Achei a id&eacute;ia Yann altamente simb&oacute;lica e fant&aacute;stica: fazer um filme magn&iacute;fico e oferecem um m&aacute;ximo de pessoas no Dia Mundial do Meio Ambiente. </span><span style="font-size: 10pt">Muitas vezes as pessoas se perguntam como podem participar deste tipo de jornada. Ent&atilde;o, neste dia, as pessoas tiveram a oportunidade de assistir esse filme e o fato delas o verem, &eacute; muito mais eficaz que enviar projetos ao governo. E ainda, ao provar ao governo o compromisso das pessoas &eacute; for&ccedil;&aacute;-los a se mover em prol desta causa. </span></div> <div style="line-height: normal"><b>&nbsp;</b></div> <div style="line-height: normal"><b><span style="font-size: 10pt">Home &eacute; um filme muito ambicioso e &eacute; tamb&eacute;m o primeiro longa-metragem de Yann Arthus-Bertrand. Como foi a sua colabora&ccedil;&atilde;o durante esta aventura? </span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt"><span style="font-size: 12pt"><br /> </span><span style="font-size: 10pt">Eu o deixei totalmente livre em suas a&ccedil;&otilde;es. Mas sou muito contente em poder contribuir com a minha experi&ecirc;ncia de edi&ccedil;&atilde;o, sempre sendo muito leve. Com este afastamento pude verdadeiramente ter o recuo necess&aacute;rio par dar meu ponto de vista mais pr&oacute;ximo de um espectador normal. </span></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt"><b><span style="font-size: 10pt">E ent&atilde;o, como espectador, qual a imagem que mais o marcou no filme? </span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt"><span style="font-size: 10pt">H&aacute; muitas, sem d&uacute;vida, mas fiquei impressionado com os contrastes: de um lado Las Vegas, uma cidade constru&iacute;da em pleno no deserto – que consome milhares de litros de &aacute;gua para piscinas e campos de golfe – e de outro lado, as mulheres indianas em saris cavando com picaretas uma terra &aacute;rida em busca de uma fonte ausente. &Eacute; neste momento que percebi o quanto o mundo tornou-se louco. </span></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal">&nbsp;<b><span style="font-size: 10pt">O que voc&ecirc; diria para aqueles que diriam que o filme foi feito com um custo de milhares de quil&ocirc;metros percorridos?</span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal">&nbsp;</div> <div style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt"><span style="font-size: 10pt">Hoje voc&ecirc; pode comprar um carro el&eacute;trico para levar seus filhos &agrave; escola, mas n&atilde;o pode fazer um filme como este usando algo diferente de um helic&oacute;ptero. Portanto, devemos comparar o que &eacute; compar&aacute;vel.</span><span style="font-size: 10pt"> Yann, para realizar a totalidade deste filme, poluiu menos que um avi&atilde;o Paris-Los Angeles, que fez a </span><span style="font-size: 10pt">viagem vazio para ir buscar pessoas.Vejamos o problema dos milhares de avi&otilde;es que viajam vazios pelo mundo em vez de um filme que foi feito usando um helic&oacute;ptero, porque n&atilde;o poderia ser feito de outra maneira.</span><span style="font-size: 12pt"> <br /> </span><b><span style="font-size: 10pt"><br /> O que voc&ecirc; espera do filme inspira na plat&eacute;ia?</span></b></div> <div style="text-align: justify; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 12pt"><span style="font-size: 10pt">Gostaria em primeiro lugar que o m&aacute;ximo de pessoas visse Home para ajudar a formar uma figura marcante. Em seguida, cada espectador torna-se consciente de que seu esfor&ccedil;o &eacute; &uacute;til. E s&atilde;o estes pequenos esfor&ccedil;os de milhares de pessoas que ir&atilde;o fazer a diferen&ccedil;a. </span></div> <p><strong><span style="color: #ff6600">Abaixo, na sequ&ecirc;ncia as outras entrevistas com o diretor e patrocinador do filme</span></strong></p>
Luc Besson fala sobre Home
2 de outubro de 2009