Kodak faz maior investimento no Brasil após quatro anos de reestruturação 10 de abril de 2008

Kodak faz maior investimento no Brasil após quatro anos de reestruturação

         

Marca faz campanha, pesquisa e segmenta produtos.

Publicidade

<p class="titulomateria">Kodak faz maior investimento no Brasil após quatro anos de reestruturação</p> <p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Kodak: Márcio Daniel" src="images/materias/kodak_marcio_daniel.jpg" border="0" alt="" width="150" height="244" />Junta, junta mais. Todos a postos para a fotografia? Olha o sorriso… A Kodak está de novo no páreo para sair bem na foto. A companhia que esteve no olho do furacão de uma revolução tecnológica teve que repensar o seu negócio e agora faz o seu maior investimento no Brasil para promover seus produtos no país. Uma promoção incentivará a compra dos filmes analógicos e uma campanha publicitária tentará convencer o brasileiro a imprimir suas fotos digitais.</p> <p>No Brasil, a empresa diz que nunca perdeu dinheiro. Desde os anos 2000, porém, a Kodak viu o seu principal produto ficar para trás e perder participação no mercado. Desde então, o mundo passou a tirar fotos digitais. Comprar filmes e revelá-los era coisa do passado. E a companhia demorou a perceber isso.</p> <p>Somente em 2003 preparou um plano de reestruturação que só ficou pronto em 2007. “Ao observar o que aconteceria no mercado, realmente a empresa percebeu que perdeu o timing do mercado”, afirma Márcio Daniel (foto), Gerente de Marketing da Kodak Brasileira, em entrevista ao Mundo do Marketing. “Mas estávamos preparando a empresa para um novo cenário”, completa.</p> <p><span class="subtitulomateria">Do inferno ao céu</span><br />Questionada por investidores, as ações da companhia caíram. No Brasil, mesmo nos piores momentos, a Kodak atingiu suas metas, aumentou o faturamento e registrou lucro. O próximo passo, então, era desenvolver novas idéias. Mundialmente, a empresa passou a concorrer no desenvolvimento de máquinas digitais, vendeu empresas e passou a apostar no mercado de impressão de fotografias.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Máquina de Impressão Kodak" src="images/materias/kodak_impressao.jpg" border="0" alt="" width="250" height="198" />Agora, o foco é digital e no estudo do comportamento do consumidor para oferecer os produtos certos a cada momento de compra. Segundo o Instituto GFK, a marca é líder de mercado no Brasil. Por aqui, as classes A e B são os principais públicos das máquinas digitais, a classe C tem como objeto de desejo e a classe D começa a entrar no mundo da fotografia ainda pelo caminho analógico. Por isso, o flash tem que ir em todos.</p> <p>A Kodak está vendendo uma câmera analógica que vem com um filme de 24 poses e duas baterias custando R$ 19,00. “Temos que aproveitar as oportunidades com novos produtos e novos modelos de distribuição”, ressalta Daniel. Para os outros públicos, a meta é vender máquinas digitais com ferramentas diferenciadas e fazê-los imprimir as fotografias.</p> <p><span class="subtitulomateria">Plano de ação</span><br />Mas não será uma missão fácil. Mesmo com aproximadamente 10 milhões de pessoas com câmeras digitais, mais 30 milhões com celulares com captura de imagens e 600 fotos armazenadas em média por cada pessoa por ano, apenas 15% são reveladas. Nos Estados Unidos, esta média é de 25%. “Temos uma oportunidade muito grande para crescer”, informa o Gerente de Marketing da Kodak.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Filme Kodak" src="images/materias/kodak_filme.jpg" border="0" alt="" width="150" height="198" />Para isso, a marca desenvolveu uma campanha publicitária que terá mídia nos principais meios de comunicação do país. A ação chamará o consumidor para imprimir suas fotos nos centenas de quiosques da Kodak espalhados por todos os estados do país. Há pontos-de-venda em lojas licenciadas e na rede Wal-Mart. “Dobramos o número de quiosques entre 2006 e 2007 e este ano esperamos crescer mais 40%”, conta Márcio Daniel. Segundo o executivo, a tendência é aumentar a impressão depois da primeira experiência. A empresa não revela quantas máquinas de “revelação digital” tem nem o valor de investimento na campanha e na promoção que fará para a baixa renda.</p> <p>Para este público, a Kodak quer incentivar a compra de filmes com a promoção Sua Casa Num Clique. Na compra de dois produtos da linha Ultramax, o consumidor concorrerá a uma casa no valor de R$ 50 mil e a 540 prêmios instantâneos, divididos em microondas, bicicletas e filmes Kodak Ultramax com 36 poses. A promoção também terá campanha publicitária e, assim como os lançamentos de novas câmeras digitais e do incentivo à impressão das fotos digitais, servem como caminho para a Kodak sair bem na foto.</p>


Publicidade