Jovens da Geração Z não se prendem a modelos nem padrões de beleza 13 de janeiro de 2017

Jovens da Geração Z não se prendem a modelos nem padrões de beleza

         

Nova geração de brasileiras acredita que o feio e o bonito estão no olhar do outro. Estudo do Instituto QualiBest mostra a percepção das nascidas depois de 1995

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As jovens brasileiras não se encanam quando o assunto é estética e não se preocupam com a opinião dos outros. No que diz respeito à beleza, esta nova geração (também chamada de “nativa digital”) entende que há diferentes padrões do que é belo. Para essas meninas, o “feio” vem do olhar do outro: do preconceito, do insulto, do conflito entre padrões de beleza externos. O feio do outro pode ser o lindo para elas.

Sem se preocupar com padrões, as meninas da geração Z têm o ideal de liberdade. São fluidas: preferem não seguir modelos: gostam de mudar a aparência, os cabelos, as roupas e o estilo para não enjoar de si mesmas. Esses dados fazem parte do estudo “A flor deste botão: a novíssima geração das mulheres brasileiras”, conduzido pelo Instituto QualiBest, que mostra como as jovens da geração Z, nascidas depois de 1995, se sentem em relação à beleza e faz ainda um contraponto com as mulheres da geração X.

A liberdade de expressão, para elas, é muito importante: trata-se de um valor profundo desta geração, que acredita verdadeiramente que “lugar de mulher é onde ela quiser”. Elas curtem experimentar e não temem mudar de visual, principalmente, a cor dos cabelos: 49% adoram mechas e cabelos coloridos, enquanto 36% deixariam loiros. Para essas jovens não existe um cabelo ideal e sim vários. Mais livres em relação à aparência, essas jovens fazem apenas o que têm vontade e não se sentem presas a padrões sociais.

Efetivamente 25% das meninas já pintam os cabelos e a idade média que começaram é de 14 anos. Como se sentem livres, não fazem estas experimentações para confrontar: apenas 22% das meninas disseram pintar/colorir os cabelos para romper padrões, radicalizar, enquanto para 78% o objetivo é inovar e mudar o visual.  

Essas garotas, portanto, não querem ser aprisionadas em bandeiras. Embora valorizem todas as formas de beleza na diversidade, tal como o cabelo afro, não querem se sentir enquadradas. Assim, confrontadas com três possíveis atitudes em relação ao cabelo, 91% disseram que cada um deve arrumar o cabelo do jeito que se sinta bem, enquanto 8% acreditam que a mulher deve assumir o cabelo crespo, que é lindo, e apenas 1% acha que alisar o cabelo é importante para ser melhor aceita na sociedade.

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Mais fluidas que a Geração X
Comparativamente, o estudo levantou que as mulheres da geração X são mais apegadas ao imperativo da beleza: 70% das entrevistadas ficariam tristes se alguém dissesse que são feias ou que estão acima do peso. Na geração Z, 53% se sentiriam ofendidas com isso. As gerações se diferem também em outra questões ligadas à beleza. 

Como adoram experimentar, as transformações na aparência começam mais cedo, com maior acesso a tratamentos de beleza do que a geração de suas mães. Por exemplo, 67% das entrevistadas fazem design de sobrancelha, tendo começado a fazer este procedimento aos 14 anos em média. Na geração X, a média foi 23 anos. De acordo com a pesquisa, 45% começaram a fazer design de sobrancelha com 15-17 anos e 29% começou com 11-12 anos (na X, 1%). Manicure, limpeza de pele e depilação com cera também foram procedimentos iniciados mais cedo.

Tratamentos para o cabelo também se iniciam mais cedo que a geração de suas mães: 43% das meninas fazem hidratação e botox capilar, sendo que a idade média em que começam a fazer esses procedimentos é de 12 anos. Na geração X (das mães), as mulheres começaram com 21 anos em média.

Isso também se aplica à escova progressiva: 28% das meninas fazem esses procedimentos e começaram com 13 anos em média. E por qual razão essas jovens desejam alisar os cabelos? A resposta de 46% delas é porque acham que combinam mais com elas, enquanto 29% da geração X declararam este motivo. As mulheres da geração X têm mais poder aquisitivo do que as meninas da Z, mesmo assim, o gasto com beleza não é pouco. 

 

Metodologia
O levantamento do Instituto Qualibest teve como objetivo compreender os comportamentos, as atitudes e os valores da jovem brasileira. Além do contraste entre as gerações, o estudo quis entender como esse olhar perpassa as classes ABC, em todas as regiões do Brasil, permitindo descobrir as mudanças em relação à beleza e às tendências que permeiam o universo feminino. Ao total, na etapa quantitativa foram entrevistadas 692 brasileiras com 13 a 20 anos; e 635 mulheres nascidas a partir de 1970.

 A pesquisa dispôs de um mix de metodologias qualitativas e quantitativas, todas digitais, para estabelecer um diálogo e trazer a perspectiva dessas gerações a respeito dos assuntos tratados. Foram utilizadas abordagem por meio de blogs, diários digitais, netnografia no Facebook, vídeos, WhatsApp, análise semiótica complementar e questionários quantitativos online.

 Assim como as jovens, as mulheres mais maduras também têm um jeito especial e peculiar de encarar a beleza. Para entender quais são as demandas deste público, o Mundo do Marketing em parceria com a eCGlobal e a Reds realizaram a pesquisa “Beleza na Terceira Idade”, que aponta que traz insights para quem quer se comunicar com as mulheres mais experientes. Saiba mais.


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