IPCA desacelera alta para 0,31%: veja como isso impacta setores Bruno Mello 11 de maio de 2021

IPCA desacelera alta para 0,31%: veja como isso impacta setores

         

Preços registrados das categorias, como transporte e cuidados pessoais, já estão afetando a vida de todos os brasileiros e impactam o consumo

IPCA desacelera alta para 0,31%: veja como isso impacta setores
Publicidade

Um índice acompanhado tanto por consumidores quanto pela indústria, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou de 0,93% em março para 0,31% em abril, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira, dia 11. No acumulado em 12 meses, o índice alavancou a alta para 6,76% em abril, acima dos 6,10% acumulados até março, sendo a maior taxa para um período de 12 meses desde novembro de 2016, quando foi de 6,99% – resultado acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC), de 3,75% para 2021.

A gasolina teve a primeira queda de preço, com deflação de 0,44%, após um período de dez meses seguidos de alta. O setor de Transportes teve deflação de 0,08% em abril, após duas altas de 2,28% (fevereiro) e 3,81% (março). O setor de Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 1,19% e respondeu por metade (0,16 ponto percentual) da alta de 0,31% de abril.

Outra grande contribuição veio do setor de Alimentação e Bebidas, que subiu 0,40% e teve influência de 0,09 ponto percentual. Em Vestuário, houve aceleração da alta, de 0,29% para 0,47% de março para abril. A categoria de artigos de residência passou de 0,69% para 0,57%, já o setor de Habitação aumentou 0,22% em abril, após variação de 0,81% no mês anterior.

O setor de Educação que tinha registrado deflação de 0,52% em março, subiu 0,04% em abril, enquanto Despesas Pessoais foram de 0,04% para 0,01% no período. O indicador também mostrou uma maior abrangência das altas de preços de 60,8% para 64,1% – maior nível desde dezembro de 2020.

De olho no índice

Publicidade

O IPCA afeta diretamente o bolso dos brasileiros por conta do aumento dos preços. O IPCA representa uma cesta de consumo de itens abrangentes (de um a 40 salários mínimos) e é medido em 11 regiões metropolitanas, onde mais de 70% da população brasileira está presente, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Se esse índice está elevado há uma série de consequências. A primeira delas é que os preços registrados já estão afetando a vida de todos os brasileiros e impactam o consumo. A segunda, diz respeitos aos contratos que utilizam o IPCA como fator de correção, segundo George Sales, professor do Fipecafi.

Alguns grupos ainda devem impactar o índice, como o de transportes, por conta da gasolina, alimentação e bebidas, habitação e saúde e cuidados pessoais, que incluem o preço dos medicamentos, que tiveram ajuste autorizado pela Anvisa variando de Nível 1: 10,08%; Nível 2: 8,44%; e Nível 3: 6,79%. Além disso, o gás de botijão deve ficar com aumento registrado de 2,76% para o período.

Leia também: Desafios da Indústria para atender as novas demandas


Publicidade