Potencial do consumidor infantil 28 de setembro de 2016

Potencial do consumidor infantil

         

Pesquisas traçam perfil do público e sua capacidade de decisão e influência na rotina familiar. Crianças já influenciam 80% das compras nos lares brasileiros

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As crianças vêm constituindo uma nova forma de consumir serviços e produtos. Hoje elas influenciam até 80% das compras dentro de uma casa. Desde o carro escolhido pela família até o iogurte que será comprado, os pequenos têm um poder de decisão até então nunca visto em outras décadas. Boa parte dessa “quase” autonomia que as crianças ganharam se deve às novas estruturas familiares: além das mulheres terem alcançado definitivamente o mercado de trabalho, mesmo que não exista o modelo nuclear de "pai, mãe e filhos", a figura do adulto dentro de casa acompanhando os passos dos pequenos ficou restrita ou até mesmo apagada.

Até bem pouco tempo atrás, as crianças eram vistas e tratadas como seres incapazes. Consideradas pouco desenvolvidas, sem desejos próprios e sem direito a emitirem opiniões, eram os pais que decidiam tudo por elas e as orientavam em todas as fases do seu crescimento e desenvolvimento. Somente nos últimos 50 anos que a realidade começou a mudar. As transformações rápidas e profundas foram desencadeadas, entre vários outros fatores, especialmente pela redução do tempo de permanência dos pais junto aos filhos.

As modificações sociais e as organizações familiares refletiram diretamente no modelo educacional dos filhos. Deixando de acompanhar mais de perto o desenvolvimento das crianças, os pais passaram a permitir e até mesmo a encorajá-las na participação da tomada de decisão dentro de casa. A tendência é que cada vez mais a relação seja marcada pela negociação e pelo diálogo. Os pequenos passaram a ser ouvidos e ter direito a fazer reivindicações. Por conta de todas essas mudanças, as crianças desempenham um papel importante no ato de consumir.

A facilidade de acesso à informação contribui. Os quartos delas hoje estão equipados com computadores com acesso à internet, televisões, rádios e/ou telefones, além de possuírem cada vez mais cedo smartphones e tablets. Isso permite que dados sobre produtos e marcas cheguem rápida e facilmente, fazendo com que sejam, muitas vezes, mais conhecedoras das ofertas do mercado do que seus próprios pais.

Mais informado, o público infantil se torna três em um: exerce o papel de consumidores mirins; promove o consumo familiar; e será consumidor quando adulto. Com opiniões formadas e vontade própria, as crianças são um alvo potencial para o mercado. As estratégias de Marketing devem ser definidas a curto, médio e longo prazo, o que implica dizer que as marcas têm que pensar o que farão hoje para receber os frutos desse planejamento num prazo de cinco a 10 anos.

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Conquistar as crianças, no entanto, é tarefa árdua. Apesar de inocentes, são também muito voláteis e exigentes, sendo difícil fidelizá-las. Os pequenos também estão atentos a temas como sustentabilidade e questões de gênero. 

Veja no estudo completo:

  • Geração Z e Geração Alpha

  • Geração de experiências

  • Tendências de consumo infantil

  • Legislação

  • A importância do licenciamento

  • Mais do que visibilidade

  • A relação das crianças com o dinheiro

  • Sustentabilidade: o discurso que convence

  • Quem são essas crianças

  • Desafios para educação
     


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