Inovar para pessoas, com pessoas 12 de abril de 2016

Inovar para pessoas, com pessoas

         

Inovação deve estar na pauta, com criatividade e experimentação, e isto leva tempo para entrar no DNA das marcas. E continuar a pensar no futuro, pois ele está em constante mutação

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Tenho participado de fóruns e congressos, onde executivos e acadêmicos debatem tendências, tentando prever o futuro, uma tarefa complexa no mundo contemporâneo onde tudo parece mudar constantemente. Bauman fala da Modernidade Líquida, que sempre me vem em mente quando tentamos imaginar um futuro de forma sólida, sem sucesso.

Ficar na frente é vital, e para isso é preciso explorar novas formas para trabalhar marcas. As empresas de conteúdo, mídia e publishers experimentam com novas plataformas. De tradicionais jornais como The Washington Post, a queridinhos digitais como Vox Media, que introduziu Chorus for Advertisers, ou o BuzzFeed, que dispensa apresentações, são diversas plataformas emergentes, com papel estendido de editores e provedores de conteúdo.

Mas estas plataformas são apenas o lugar para a conexão entre marcas e a audiência, e escolher estar em uma delas não significa que a conexão irá ocorrer. O segredo é inovar tendo em mente as pessoas com quem queremos nos conectar, e as pessoas que irão traçar a trajetória desta conexão. Inovar para pessoas, com pessoas.

Com tantas plataformas, tantas marcas, tanta tecnologia e tantos dados, o segredo para a conexão está no conteúdo. Bom conteúdo age como um ímã para que a conexão ocorra. Estamos falando aqui de Storytelling de alta qualidade, que atrai as pessoas. E para construir este conteúdo é necessário ter pessoas talentosas na equipe, não apenas redatores ou pessoas que conheçam as plataformas, mas verdadeiros contadores de histórias, que encontram o elemento que importa para a maioria da audiência, extraindo detalhes e tocando o coração. Eles também sabem que a história de uma marca está em constante evolução e que conteúdo precisa ser adaptado aos diferentes lugares e plataformas.

É preciso levar em consideração que as pessoas estão sendo bombardeadas com conteúdo das marcas, e quem se destaca consegue entregar conteúdo ao mesmo tempo familiar e novo, que toca em demandas existentes da audiência com a perspectiva única da marca. Mas como saber se a conexão ocorre? Será que um simples “like” pode ser encarado como conexão?

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Em geral as pessoas compartilham um conteúdo porque ele se conecta com sua forma de pensar, porque reflete seus valores, ou porque está relacionado a pessoas ou comunidades que despertam seu interesse. As pessoas precisam se enxergar no conteúdo, a inovação deve ser pra elas, senão a conexão não ocorre.

As mudanças no panorama das mídias vieram pra ficar, e não vão parar por aí. Inovação deve estar na pauta, com criatividade e experimentação, e isto leva tempo para entrar no DNA das marcas. E continuar a pensar no futuro, pois tudo está em constante mutação.


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