Infidelidade conjugal impulsiona o crescimento do mercado de apps de namoro Bruno Mello 22 de agosto de 2023

Infidelidade conjugal impulsiona o crescimento do mercado de apps de namoro

         

Uso dos aplicativos de paquera deverá crescer 30% em 2023; recurso contempla, principalmente, homens em busca de “quebrar a rotina”

Infidelidade conjugal impulsiona o crescimento do mercado de apps de namoro
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Aplicativos de namoro ganham cada vez mais espaço na lista de apps de pessoas do mundo inteiro. Só o Tinder, plataforma mais popular da categoria, ultrapassa a marca de 500 milhões de downloads globais na Google Play Store. Ao longo dos últimos anos, o universo da paquera digital tem ganhado apps criados para atender a uma “demanda” bastante peculiar: os relacionamentos extraconjugais.

Em 2022, nos Estados Unidos, o uso de apps de namoro teve um aumento de 17% em relação aos dois anos anteriores. A estimativa é de que a alta se aproxime dos 30% ao final de 2023 – um crescimento impulsionado, principalmente, pelos aplicativos utilizados por pessoas que buscam por um relacionamento extraconjugal, segundo pesquisa divulgada pela Sensor Tower.

Curiosamente, um levantamento divulgado pelo app Second Love, especializado em encontros extraconjugais, aponta que mais de 78% dos usuários da América Latina aderem ao modelo de compromisso monogâmico e “valorizam” a estrutura familiar tradicional. No entanto, estes mesmos usuários nutrem o desejo de experimentar sensações amorosas diferentes das habituais e confessam que a rotina e a monotonia são os motivos que os levam à infidelidade em seus relacionamentos.

A pesquisa também aponta que os homens defendem uma visão bastante peculiar dos movimentos e situações que configuram uma traição. Para 75% deles, flertes ou mesmo o sexo online com outra pessoa além do cônjuge não caracteriza infidelidade, pois segundo eles, traições só acontecem quando há algum tipo de contato físico.

Naturalmente, as mulheres discordam dessa visão: 65% das mulheres da Geração X entrevistadas pelo Second Love consideram traição um envolvimento sentimental ou emocional de seus parceiros, ainda que sem o contato físico, e, em função disso, 60% delas acreditam que seus parceiros já foram infiéis por meio das redes sociais.

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A associação do “desejo” de quebrar a rotina ao suposto escudo de culpa oferecido pelo ambiente digital fortalece um mercado cada vez mais dedicado a vínculos temporários. Para Matias Lamouret, porta-voz da Second Love para a América Latina, o estado dos relacionamentos, sejam eles virtuais ou físicos, passa por um momento em que os romances abertos estão se tornando cada vez mais comuns e aceitos pela sociedade, principalmente entre os membros de gerações mais jovens.

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