Curiosidade e coragem são chave para a inovação e criatividade Bruno Mello 30 de abril de 2024

Curiosidade e coragem são chave para a inovação e criatividade

         

Cristiano Pio destaca a curiosidade e a coragem como ferramentas necessárias para inovar e criar conexões genuínas, especialmente num universo em permanente transformação

Curiosidade e coragem são chave para a inovação e criatividade
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Vivemos num mundo acelerado e disruptivo, no qual novas tendências, inovações e tecnologias podem revolucionar repentinamente os hábitos, costumes e visões da sociedade. Diante de um universo tão veloz e em permanente transformação, inovar é um desafio constante e que requer dois elementos essenciais em qualquer área de atuação: coragem e criatividade.

No universo criativo, a coragem é o ponto de partida que nos move a pensar e agir fora da caixa e da zona de conforto, assumindo riscos, sem medo de ousar e, assim, ocupar de forma pertinente o espaço em que habitamos. Entretanto, para criar conexões genuínas e alinhadas ao negócio é fundamental entender o contexto em que se está inserido e quais são os interesses das pessoas que fazem parte deste ambiente.

Já a curiosidade é o motor que impulsiona a inovação, promovendo soluções criativas através da união de ideias e referências. É estar aberto para o novo, ao diálogo e buscar conhecimento através das artes plásticas, literatura, teatro e cinema, tudo o que nos toca e emociona. A delícia desta jornada é justamente fazer a junção de tudo isso com os espaços em que se ocupa na sociedade.

Em outra frente, as pessoas estão buscando cada vez mais uma vida minimalista, com menos quantidade e mais qualidade. O desafio aqui é conseguir capturar esse interesse que transita entre o simples e o sofisticado. E, para unir esses dois mundos tão diferentes, é necessário fazer um exercício de fechar os olhos e se abrir para dentro, num movimento de introspecção.

A indústria da moda vive, há anos, uma onda inovadora e disruptiva. Essa tendência tem um forte impacto sobre o Brasil, que está entre os dez maiores mercados do mundo da moda. São cerca de 18 mil empresas produzindo vestuário, com um faturamento superior a R$ 150 bilhões ao ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

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Nesse extraordinário universo da moda, ser criativo e inovador exige, acima de tudo, muita escuta, observação e perspicácia. O público que consome a moda transita em várias esferas e tem características variadas, diferentes faixas etárias, gostos e estilos. Logo, é preciso procurar entender esse público, as estratégias da empresa, o mercado, os fornecedores e clientes, além de estar informado sobre negócios, tecnologia e entretenimento.

Inovação não é só sobre criar, mas também sobre ressignificar. Nesse sentido, a sustentabilidade também vem ocupando espaço relevante para muitas marcas e designers. Nos últimos anos, a crescente preocupação com os impactos ambientais da produção de roupas levou ao surgimento de inúmeras iniciativas dentro da moda circular. Do uso de materiais reciclados e certificados até a meta de aterro zero, é urgente estarmos atentos para essa pauta e em busca de inovações que tornem a indústria mais ecologicamente responsável.

Para estimular a criatividade e inovação é fundamental fazer essa colagem entre o contemporâneo e a tradição. Implementar novos processos, produtos ou serviços é sempre bem-vindo, desde que não se perca a essência. Isso porque, para fazer sentido, a inovação deve caminhar junto com as ações e valores conquistados ao longo dos anos.

É justamente essa sinergia entre dois ambientes distintos, a inovação e a tradição, que proporciona potencial transformador, abrindo amplas possibilidades de negócios, em consonância com uma sociedade que vive um processo de constante mutação.

*Cristiano Pio é head de Branding da Animale


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