Com alto volume de players, influência digital requer especialização Bruno Mello 17 de maio de 2023

Com alto volume de players, influência digital requer especialização

         

Especialista reforça importância de influenciadores estarem atentos às ferramentas e tendências

Com alto volume de players, influência digital requer especialização
Publicidade

O mercado de influência digital no Brasil tem crescido exponencialmente nos últimos anos, muito disso devido a alta adesão do público às redes sociais, além do direcionamento de grande parcela do orçamento das marcas para este tipo de mídia no período da pandemia. O e-commerce nacional se beneficiou dessa ferramenta de custo moderado e de alto direcionamento para alavancar vendas e alcançar números expressivos. Desta forma, também teve acesso a importantes dados do seu público-alvo, ganhando maior conhecimento de impacto a cada campanha.

Foi por meio desses dados que o mercado entendeu um ponto importante: o conteúdo gerado pela influência digital, além de ter amplo alcance, abriu possibilidades de storytelling de campanhas em formatos crossmedia e transmídia. E oferecia interação rápida e potente, além de ter grandes chances de ganhos comerciais, gerar relacionamento e fidelização do cliente.

Para Isabela Soller, especialista em influência digital, a especialização do setor é algo muito palpável, uma vez que as exigências atuais são diferentes de alguns anos atrás. Ela relembra que, se antes um vídeo caseiro e orgânico poderia ser suficiente para uma entrega expressiva, hoje isso não chega a ser nem uma premissa. Além disso, o processo de produção de conteúdo para publicidade em influência digital agora passa por um extenso planejamento, que envolve etapas como roteirização, produção, captação e edição, todas bem elaboradas. Com o detalhamento desse processo, veio também a necessidade de ampliar ainda mais a assertividade do público-alvo.

“Essa é uma área extremamente abrangente, onde cada influenciador tem um perfil diferente que comunica a determinado público. Um dos desafios dentro da influência digital é justamente esse: ser o mais preciso possível no match das marcas com o influenciador, afinal, é nele que o público se espelha e inspira”, afirma Isabela.

Responsável pelo Grupo Soller, a empresária revela que, para entender e abranger cada vez mais o mercado, lançou o nicho de influenciadores voltados para marcas de luxo, o ‘GLAM’: “O mercado cresce e muda muito a cada dia. Visualizamos esse nicho como uma forma de segmentar cada vez mais, o que nos permite trabalhar em cima de mais detalhes, além de estreitar laços com marcas e público mais específico. No final, trabalhamos para atender às necessidades e expectativas de pessoas, e elas são cheias de camadas e possibilidades, assim como tem se mostrado esse universo”, diz ela, que inovou ao lançar a Casa Soller, a primeira voltada para conteúdo e gestão de influenciadores da América Latina.

Publicidade

Atualmente, a pulverização de uma marca no mercado através de publicações virais é um fenômeno buscado por muitos, mas o fortalecimento da imagem faz parte de um longo, contínuo e árduo planejamento. Tanto influenciadores quanto marcas se beneficiam da especialização do mercado, porém medidas como inovação e criatividade são essenciais para que a comunicação ocorra efetivamente. Afinal, de que adianta propagar seu nome se a mensagem transmitida não for algo objetivo e sólido? Todo caminho precisa ser percorrido com a mesma dedicação, ainda que, em tempos de redes sociais, tudo aconteça rápido demais.

Plataformas próprias

Na noite da última terça, dia 16, a influenciadora e empresária Nathália Rodrigues de Oliveira, conhecida como Nath Finanças, publicou no Twitter um comentário que levantava a questão dos criadores de conteúdo não dependerem das redes sociais para ganharem dinheiro. “Ter a sua própria plataforma faz toda a diferença e não sai tão caro como imaginam”, escreveu.

Ela citou o próprio exemplo com o Nath Play, uma plataforma que reúne seus conteúdos sobre educação financeira – tema que a catapultou na internet. “O dinheiro que ganho no Youtube não chega nem aos pés do Nath Play, que tem seis meses de funcionamento. Faço conteúdo para o Youtube há quatro anos. Ganho muito mais com minha própria plataforma por mês”, afirmou.

A autonomia do criador de conteúdo é uma dessas formas de amadurecimento da influência digital. Quanto mais estudo, aprofundamento das ferramentas, mais a relação influenciador, influenciado e marcas, tendem a ganhar. “A rede social vira uma das formas de divulgação e não uma dependência do seu negócio 100%”, conclui Nathália no Twitter.

Leia também: Verdades que nenhum marketeiro vai te contar: Ep. 1 – O poder da influência


Publicidade