Carnaval de oportunidades: data traz grandes promessas para marcas e influenciadores Bruno Mello 16 de fevereiro de 2023

Carnaval de oportunidades: data traz grandes promessas para marcas e influenciadores

         

Apesar da perspectiva de grandes resultados, interesse pela festa nos grandes centros urbanos cai

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O Carnaval é uma festa tradicional e, apesar dos últimos anos ter sido morno por causa da pandemia de COVID-19, sempre fez com que as marcas investissem na data. Esse ano, a perspectiva é de ainda mais investimentos e adesão do público. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Carnaval deste ano deve movimentar R$ 8,18 bilhões, registrando um aumento de 26,9%, em relação a 2022, e indicando um bom momento para as marcas que desejam se destacar no mercado. 

Além disso, o momento também proporciona uma ótima oportunidade para os criadores de conteúdo que desejam ser vistos e, principalmente, reconhecidos pelas empresas.  

Por tratar-se de um Carnaval mais interativo e conectado, investir em mídias sociais e publicidade é um ponto primordial para as marcas que desejam despertar a atenção do público nesta época. 

Por isso, as estratégias com influenciadores digitais e criadores de conteúdo podem ser consideradas essenciais para a visibilidade dos produtos e serviços nas plataformas digitais. Isso porque, a atenção dos consumidores está cada vez mais ligada às redes sociais. Mas como os creators podem utilizar o engajamento do Carnaval para alavancarem seus conteúdos? 

“Datas comerciais são sempre uma oportunidade para os creators usarem como gancho para os seus conteúdos. Com o carnaval não é diferente, uma vez que as estratégias com influenciadores digitais e criadores de conteúdo são consideradas essenciais para a visibilidade dos produtos e serviços nas redes durante essa época. Porém, com tantas produções sobre o tema, os creators não podem abrir mão da sua criatividade e autenticidade nas suas produções. Os conteúdos originais sempre terão destaque e conseguirão um bom engajamento e, por este motivo, acredito que esse seja o segredo para que esses profissionais tenham um bom desempenho”, contou Nohoa Arcanjo, Chief Growth Officer da Creators.LLC, ao Mundo do Marketing.

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Vai dar samba, mas com movimentação limitada

Dados de uma pesquisa do IBEVAR – FIA Business School mostraram que, apesar do otimismo, alguns pontos, exigem atenção. O primeiro resultado é que a animação do samba não é mais a mesma. 

A receita do Carnaval depois de atingir um ápice em 2014 vem declinando quase que de modo recorrente, estimando-se para 2023 um valor quase 13% mais baixo que o registrado no topo. Isso em termos nominais, se for considerada a inflação nesse período a queda é de 92%, segundo dados da pesquisa. 

As crises de 2015 e a pandemia explicam em parte essa situação. Mas, a verdade é que por conta desses fatores e de outras possibilidades os indicadores do interesse dos consumidores pelos carnavais do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo despencaram.

Em percentuais pode-se dizer que até 2020 o interesse das pessoas pelos carnavais desses principais destinos era 3,5 vezes maior que o registrado em 2021-2023. Nesse patamar substancialmente reduzido, as diferenças de interesse entre esses quatro principais destinos também se tornaram significativamente menores.

A pesquisa também aponta as origens e os destinos dos que se interessam em participar das festividades associadas à data. Por exemplo os nordestinos preferem as cidades da Região, os paulistas, por sua vez, optam preferencialmente pelo carnaval do Rio ou do Nordeste.

Os dados foram coletados, textos e vídeos, nas mais diversas plataformas e examinados com recursos de IA – Inteligência Artificial e recursos de análise semântica: Natural Language Processing.

Quanto custa a movimentação?

O Prof. Claudio Felisoni de Angelo, Presidente do IBEVAR e Professor da FIA Business School responde: “O estudo compara a variação percentual do preço médio das passagens no período do Carnaval contra um mês a frente. Verifica-se que quando os preços sobem, o aumento é em média de 20%. Do lado da redução, quando eles caem, reduzem apenas 8.7%. Porém, nas observações identificou-se apenas redução em 1⁄3 dos casos”.

A pesquisa levantou esses custos para os quatro principais destinos. Por exemplo no Sudeste, os preços mudam substantivamente. Não apenas os valores absolutos, mas o perfil de aumento também por tipo de hotel.

No caso do Rio de Janeiro, a demanda parece ser uniforme em todos os estratos, de modo que a variação de preço é muito mais próxima: o aumento dos hotéis de 2 a 5 estrelas respectivamente são: 117%, 89%, 108% e 129%.

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