84% dos executivos brasileiros admitem não ter conhecimento satisfatório em ESG Bruno Mello 13 de julho de 2023

84% dos executivos brasileiros admitem não ter conhecimento satisfatório em ESG

         

Pesquisa divulgada pela Data-Makers aponta que o baixo nível de conhecimento impacta diretamente na adoção de ESG pelas corporações

84% dos executivos brasileiros admitem não ter conhecimento satisfatório em ESG
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92% dos líderes empresariais brasileiros atribuem ao tema ESG rótulos como “importante” ou “muito importante” para o futuro das empresas. O dado, apontado pela pesquisa Data-Leaders ESG, publicada pela Data-Makers em parceria com a CDN, poderia indicar um mundo de sonhos para o futuro sustentável do planeta, não fosse por um grande detalhe: apenas 16% desses líderes afirmam conhecer o tema em profundidade.

A discrepância observada entre o reconhecimento da importância do tópico e a baixa noção sobre suas camadas mais importantes impacta diretamente a tomada de decisão das empresas. Para 49% dos executivos entrevistados, o entrave mais relevante para a adoção de ESG nas organizações é a falta de conhecimento.

O estudo também indica que os executivos têm ciência do longo caminho a ser percorrido na evolução do tema em suas empresas. Em função disso, a maioria (42%) classifica que o desempenho em práticas de ESG é apenas razoável nas organizações que lidera. Em comparação ao mercado, 46% dos líderes avaliam que suas companhias estão na média, 27% como superiores e 27% inferiores.

Barreiras e motivações

Além da falta de conhecimento, outras barreiras para a adoção de ESG foram citadas pelos executivos. Neste recorte, destacam-se motivos como a falta de profissionais preparados (46%), baixa prioridade ao tema (45%) e comprometimento da liderança (41%). Também foram apontadas razões como a ausência de dados (38%), KPIs claros (37%) e benchmarks (32%).

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Por outro lado, os executivos ouvidos pela Data-Makers deixaram claro que a imagem é a principal motivação para a adoção de práticas ESG (85%). Esse fator está à frente de reputação corporativa (65%), melhora na gestão da empresa (59%), redução de riscos (pressão de stakeholders) (38%) e retenção de talentos (35%).

Entre as vontades e imbróglios, o CEO da Data-Makers, Fabrício Fudissaku destaca que a maioria dos executivos (56%) pretende se envolver diretamente com as ações de ESG em suas organizações, seja liderando, participando ativamente ou apoiando tais ações. Para Fudissaku, o cenário mostra uma disposição em compensar a falta de conhecimento com o aprendizado na prática.

Não por acaso, a falta de conhecimento dificultou a tarefa de apontar empresas que se destacam na pauta ESG, proposta aos executivos pela pesquisa. Nesse sentido, 22% dos líderes não souberam indicar uma marca que gere awareness na relação com o tema. Entre aqueles que lembraram, a Natura foi a organização líder em menções (25%).

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