6 tendências que devem impactar o mercado de comunicação nos próximos anos Bruno Mello 28 de julho de 2023

6 tendências que devem impactar o mercado de comunicação nos próximos anos

         

Mapeamento publicado pela MarkUp aponta campos tecnológicos e ações estratégias que devem nortear o futuro da comunicação

6 tendências que devem impactar o mercado de comunicação nos próximos anos
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É impossível cravar, com total certeza e precisão, quais serão os rumos tomados pelo mercado de comunicação no Brasil. Afinal, a ascensão digital observada nos últimos anos, impulsionada principalmente pela Inteligência Artificial, está provocando mudanças inéditas e repentinas, que obrigam marcas e empresas a adaptarem – ou mesmo abandonarem – conceitos comunicacionais que, há cinco anos, funcionavam perfeitamente.

O mundo empresarial, no entanto, ainda pode contar com o conforto direcional das tendências. Aliadas imprescindíveis para decisões de Marketing, essas informações podem ser uma bússola para empresas que se encontram perdidas e precisam definir um rumo a ser seguido.

Pensando nisso, a Mark Up divulgou um mapeamento das seis principais tendências para o mercado de comunicação, que devem exercer influência significativa sobre as estratégias comunicacionais nos próximos anos.

Confira quais são:

Novos formatos tecnológicos

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Existem, no Brasil, mais de 440 milhões de dispositivos digitais em uso. O dado, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas em 2021, aponta uma grande oportunidade para que marcas e empresas sejam criativas e passem a se comunicar em múltiplos canais através da produção de conteúdos omnichannel.

Vale ressaltar que a expansão digital está diretamente ligada aos novos ambientes frequentados pelos consumidores. Nesse sentido, se as pessoas acessam diferentes dispositivos, as empresas devem estar preparadas para promover responsividade em cada um deles. Dessa forma, as operações poderão se aproximar do consumidor e facilitar a comunicação com todos os públicos.

Além disso, o relatório aponta para o investimento das marcas em vídeos online, mídias sociais e streaming. O movimento se baseia na tendência de diversificação de negócios no mundo audiovisual, apontada pela Kantar IBOPE Mídia, que analisa a performance dos canais de vídeo sob demanda e a televisão linear.

Mais vídeos em diversas mídias

Produções audiovisuais são consumidas por 98% dos brasileiros, segundo a Kantar IBOPE Media, e essa realidade se torna cada vez mais fundamental para a elaboração de estratégias de Marketing eficientes. No entanto, diante da diversidade de canais e plataformas, as marcas devem superar um desafio: encontrar um caminho próprio e eficiente.

Pensando nisso, o investimento em vídeos online oferece um grande leque de possibilidades. Netflix e Disney+, por exemplo, encaminham o processo de adoção de assinaturas baseadas em publicidade. Além disso, o Globoplay divulgou recentemente o Pause Ads, que mostra propagandas quando a exibição é pausada pelo assinante

As estratégias também se estendem às redes sociais ligadas às produções em vídeo, como o TikTok e o Instagram, que assumem o papel de ferramentas estratégicas para manter viva a comunicação entre marcas e clientes. Por isso, é necessário estar preparado para ingressar nesse universo e desenvolver ações nas redes. O conteúdo deve ser versátil e, dependendo do assunto abordado, pode adotar um tom bem-humorado e educativo.

Conteúdos de áudio e voz

Longe de estar morto e enterrado, o rádio ainda é ouvido por 80% da população brasileira, conforme indicam apontamentos da Kantar IBOPE Media e do AdsSpotify.com. O levantamento também indica que cada ouvinte passa, em média, 4h26 em companhia do aparelho.

Além disso, o tradicional eletrônico encontra espaço também entre as gerações mais jovens:  91% dos millennials e 71% da geração Z afirmam utilizar o rádio para diminuir o estresse diário.

Outro aspecto importante sobre a produção de conteúdos de áudio e voz está relacionado ao desempenho do Brasil no consumo de podcasts. Com mais de 30 milhões de ouvintes, o país é o terceiro colocado no ranking de consumo da modalidade no mundo, atrás apenas da Suécia e da Irlanda.

De acordo com os indicativos do mercado para 2023 para os próximos anos, haverá ainda mais espaço para crescimento. A estimativa da eMarketer é que a audiência do formato seja composta por cerca de 23,5% da população mundial até 2024.

Já o mercado para os dispositivos compatíveis com comandos de voz está em expansão por um motivo de fácil explicação: pesquisas realizadas através da fala são mais práticas do que as buscas feitas por intermédio da digitação. Por isso, os assistentes digitais, como Alexa e Siri, também se encaixam nas tendências para o mercado de comunicação.

Desenvolvimento do atendimento e do marketing conversacional

Considere os seguintes dados: No Brasil, o WhatsApp possui mais de 120 milhões de usuários. Analisando a ferramenta sob a ótica das empresas, conversões que usam as ferramentas disponibilizadas pelo app cresceram quase 70%, enquanto os fechamentos de vendas com o auxílio destas funcionalidades aumentaram 40%, segundo a RD Station.

Com o marketing conversacional, as conversas são estabelecidas por meio de mensagens de chatbots, que reproduzem diálogos reais, humanizando o contato digital entre pessoas e marcas. O objetivo é melhorar a comunicação com leads e clientes, além de proporcionar uma boa experiência de compra ou prestação de serviço.

Além disso, o WhatsApp otimiza o tempo de resposta das empresas e economiza recursos, aumentando, também, o desempenho de equipes de Marketing, Vendas e Atendimento.

Criação de experiências marcantes

Cada vez mais, empresas apostam na união do mundo físico ao digital para criar experiências marcantes. A Hyundai, por exemplo, recorreu ao Game Roblox para lançar o Hyundai Mobility Adventure, um espaço virtual com cinco parques em que os usuários podem absorver a tecnologia da companhia e participar de festivais.

Já a BMW lançou seu mundo virtual, Joytopia, como parte da participação da marca no Salão Internacional do Automóvel – IAA Mobility 2021. O lançamento apresentou aos visitantes a visão da marca quanto ao futuro da mobilidade, e contou com um show exclusivo da banda Coldplay.

Essas tendências materializam a ideia de que as pessoas valorizam as experiências em suas jornadas. Quanto mais imersas estiverem, maior será o impacto vivenciado. Por isso, 75% dos executivos globais pretendem investir mais em experiências híbridas nos próximos anos, segundo a Deloitte.

Esse movimento se dá, principalmente, pelas possibilidades de personalização, inovação, conexão com o cliente e inclusão para criar experiências com “a cara” do público ao qual se destinam, integrando on e off de maneira positiva e eficiente.

Estratégias pautadas em dados

A fim de criar experiências com a cara do público, nada melhor do que recorrer aos dados. Na era digital, a tomada de decisões não pode ser baseada em suposições ou em experiências pessoais.

Logo, culturas voltadas à coleta, como o Big Data e o Data Driven, são partes notáveis do rol de tendências para a comunicação nos próximos anos. Baseadas no armazenamento e na análise de informações sobre os clientes, concorrentes e o mercado, essas culturas permitem a geração de insights assertivos, que favorecem estratégias comunicacionais.

O conteúdo orientado por dados é o resultado de uma estratégia de marketing embasada em informações quantitativas e qualitativas, que identificam as necessidades, as motivações e as ações de determinado público-alvo, e permitem o endereçamento de estratégias específicas – ou personalizadas – desenhadas para cada necessidade.

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