6 dicas de social media para marcas do setor de bem-estar Bruno Mello 6 de maio de 2024

6 dicas de social media para marcas do setor de bem-estar

         

Especialista da BrandLovrs analisou um cenário que já movimenta US$ 1,8 trilhões de dólares no mundo, cada vez mais ligado à desaceleração da correria cotidiana

6 dicas de social media para marcas do setor de bem-estar
Publicidade

Uma pesquisa publicada pela RD Station no final do ano passado aponta que as redes sociais são as ferramentas de Marketing mais exploradas pelas empresas brasileiras. E vários setores se beneficiam do poder destas plataformas: o mercado de bem-estar, por exemplo, é a prova disso.

Conhecido por ser um dos setores com a maior concentração de influencers e criadores de conteúdo, o mercado fitness foi o objeto de um estudo recém-publicado pela BrandLovrs. Entre os destaques do estudo, a empresa apresentou o exemplo da Max Titanium. Buscando atingir nichos mais específicos, a marca promoveu ações para trabalhar com nano e micro creators – os campeões de engajamento nas redes sociais.

Além disso, parte da estratégia envolveu convidar os amantes da marca para se tornarem embaixadores. A estratégia recrutou mais de 28 mil pessoas e garantiu grande engajamento. O caso da Max, no entanto, representa apenas uma das muitas estratégias pertinentes ao ambiente social.

Bianca Brito, Diretora de Marketing de Indústria da BrandLovrs, listou seis ações importantes para que marcas do setor de bem-estar ganhem destaque nas redes sociais.

Desacelerar e ritualizar

Publicidade

Nem só de “levantar ferro” vivem os amantes do universo fitness. Atividades relaxantes e rituais diários, focados na desaceleração da correria cotidiana para o alcance de uma vida mais calma, também aparecem como tendências relevantes no mercado de bem-estar.

Do ano passado até agora, as buscas pelo termo Slow Travel (Viagem Lenta) aumentaram mais de 145%. Outro dado, divulgado pelo Relatório Hilton de tendências emergentes que estão inovando a experiência de viagem, indica que mais da metade das pessoas querem fazer viagens relacionadas ao bem-estar físico ou mental.

Para Bianca, estes desejos representam uma excelente oportunidade para as marcas do setor. Segundo ela, empresas que oferecem soluções como kits de viagem para meditação, produtos de skincare adaptáveis para diferentes climas, suplementos nutricionais portáteis ou aplicativos que facilitam a manutenção de rotinas de exercícios enquanto fora de casa podem criar uma conexão mais profunda e contínua com os consumidores para além da rotina diária, estendendo sua influência para as viagens e férias.

Bem-estar presente além do produto

Serviços têm ganhado espaço significativo no mercado de bem-estar. Segundo Bianca, essa tendência é observada globalmente, com um crescente interesse por serviços que atendem às necessidades de saúde física e mental, como personal trainers, nutricionistas e terapeutas.

Esta é outra oportunidade a ser observada de perto pelas marcas. Na avaliação da Diretora de Marketing, isto demonstra uma possibilidade gigantesca de comunicação pautada pela personalidade dos creators que permitem a conexão a rotinas únicas e inspiram consumidores em diferentes comunidades e nichos.

Quanto mais natural, melhor

As rotinas de skincare e bem-estar estão cada vez mais adotando a filosofia do “menos é mais”, refletindo uma tendência para simplificar os cuidados pessoais e promover uma abordagem mais sustentável e consciente. A tendência se manifesta através do uso de menos produtos, com valorização da qualidade e versatilidade, reduzindo excesso de consumo e o impacto ambiental associado à produção e ao descarte.

Bianca reforça que a tendência sublinha uma preferência por produtos e serviços naturais, simples e autênticos, alinhados com um estilo de vida sustentável e consciente. Essa é uma oportunidade para as marcas buscarem conteúdos cada vez mais minimalistas, onde menos é mais e a autenticidade está em tornar as rotinas mais simples.

Gen Z mais saudável do que nunca

37% dos Zoomers buscam ser mais saudáveis, mesmo com dificuldade. Outros 24% disseram estar no início de uma vida saudável, enquanto 20% já têm uma vida equilibrada na saudabilidade, conforme apontam dados de uma pesquisa realizada pela SaudaBe.

Para Bianca, esta tendência, que contraria a natureza das gerações anteriores, mostra que as marcas precisam olhar ainda mais para esse público, se conectando com suas necessidades e usando-os como porta-vozes das tendências do universo da saudabilidade.

Longevidade e as dietas das zonas azuis

74% das pessoas em todo o mundo afirmam que gostariam de chegar até os cem anos, mas como centenários saudáveis, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Uma estimativa da agência aponta que, até 2050, 2,1 bilhões de pessoas deverão ultrapassar os 60 anos, e as empresas de bem-estar poderão desempenhar um papel importante neste feito.

Neste panorama, as dietas das “Zonas Azuis” surgem como uma tendência. O termo descreve locais com alta concentração de pessoas centenárias, divididas, atualmente, em cidades de cinco países (Japão, Estados Unidos, Grécia, Costa Rica e Itália). Baseadas no consumo de vegetais em detrimento de industrializados, as “dietas azuis” mostram um caminho a ser seguido nas ofertas de produtos dedicados ao bem-estar e à longevidade.

Quanto mais flexível, melhor

A tendência de adotar uma dieta flexitariana, que combina alimentação à base de plantas com consumo ocasional de carne, vem ganhando impulso globalmente. Essa abordagem dietética está cada vez mais popular, especialmente entre as gerações mais jovens, impulsionada por preocupações com saúde e meio ambiente.

Para Bianca, é importante as marcas trabalharem com esse discurso sobre flexibilidade, onde o “à base de plantas” ganha mais notoriedade sem cair em dietas muito restritivas, atingindo um público mais amplo que está aberto a testar novas alternativas de consumo.

Leia também: Social Commerce, Social Listening e ESG são tendências para as redes sociais

Clube Mundo do Marketing


Publicidade