Geração Z acumula inseguranças, e os influencers tem muito a ver com isso Bruno Mello 25 de maio de 2023

Geração Z acumula inseguranças, e os influencers tem muito a ver com isso

         

Pesquisa da Lancôme em parceria com a IPSOS traça um panorama sobre o relacionamento das mulheres brasileiras que compõem a geração Z com as redes sociais

Geração Z acumula inseguranças, e os influencers tem muito a ver com isso
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Números levantados por uma pesquisa da Lancôme em parceria com a IPSOS apontam que 47% das mulheres brasileiras que compõem a geração Z preferem não fazer posts nas redes que frequentam, pois não acreditam que o conteúdo é relevante.

O levantamento indica, também, que essa significativa parcela populacional carrega consigo a síndrome do impostor, condição que descreve indivíduos respeitados e bem-sucedidos lutando contra a sensação de insegurança e ansiedade causada pela crença de que são uma fraude.

Os dados chamam a atenção tanto para os atores que integram o mercado de influência no Brasil, tanto para as pessoas que querem ingressá-lo: 29% das entrevistadas pela pesquisa se identificaram com a afirmação “sinto que o que posto não é relevante o suficiente quando vejo o conteúdo de influencers famosas”. Entre as representantes da geração Z, o percentual sobe para 39%.

Neste recorte, o receio quanto à participação na rotina digital também é alimentado por noções de imagem. A constante exposição a fotos digitalmente modificadas impactam diretamente a autoestima das mulheres que acessam as mídias sociais, e 57% das representantes da geração Z acreditam ser impossível alcançar a imagem de mulher bem-sucedida projetada por mulheres famosas nas mídias sociais.

Em função disso, metade das entrevistadas na etapa qualitativa da pesquisa afirmaram que usam filtros, como os do Instagram ou TikTok, que suavizam imperfeições do rosto ou as deixam mais parecidas com o rosto padrão ao postar algum conteúdo.

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Por outro lado, a presença de mulheres empoderadas nas redes sociais cativa 85% das participantes da pesquisa, que declararam admirar figuras femininas que têm autonomia. Nesse sentido, a pesquisa aponta que a figura das influenciadoras criam um espaço que legitima a autonomia da mulher brasileira. Camila Coutinho, Virgínia, Karen Bachini e Anitta foram apontadas como figuras inspiradoras pelas entrevistadas.

No ciclo de inspiração e admiração, encontram-se também influenciadoras com poucos seguidores, que abordam problemas e mazelas da vida real. Neste recorte, 85% das mulheres brasileiras admiram mulheres que priorizam sua saúde, tanto física quanto mental.

O perigo do excesso de estímulos sobre a Geração Z 

Nascidos e criados sob o manto digital da Internet, os membros da Geração Z são expostos a gatilhos e estímulos digitais desde muito cedo. O acúmulo destes estímulos, como as peças publicitárias que competem pela atenção dos consumidores nos canais digitais, é um dos principais vilões para o aumento da ansiedade e para a sensação de deslocamento nas redes sociais.

Em bate-papo com o Clube Mundo do Marketing, Mirela Dufrayer, Líder de Marketing LATAM na WGSN, pontuou que o excesso de estímulos prejudica as decisões dos consumidores e trouxe insights a respeito do que pode ser feito para levar comunicações mais suaves ao público.

Junte-se ao Clube e faça parte da conversa!

Leia também: Como a inteligência artificial está influenciando o consumo da Geração Z no e-commerce


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