Profissionais 40+ assumem vagas da Geração Z no modelo presencial Bruno Mello 20 de maio de 2024

Profissionais 40+ assumem vagas da Geração Z no modelo presencial

         

Resistência dos jovens ao retorno presencial faz com que até mesmo startups busquem colaboradores de gerações mais antigas

Profissionais 40+ assumem vagas da Geração Z no modelo presencial
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Apesar da rápida adaptação ao modelo 100% remoto herdado da pandemia, é cada vez mais frequente casos de empresas estabelecendo dinâmicas híbridas com seus times para reforçar a cultura e a importância do trabalho em equipe. Apesar disso, ao longo deste processo de retorno ao presencial, as lideranças de Recursos Humanos têm identificado resistências – o que vem gerando o afastamento da Geração Z e levando à contratação de talentos mais maduros.

A maioria dos profissionais (69%) que atuam a distância estão satisfeitos com o ambiente de trabalho, 61% preferem o híbrido e 51% o presencial, de acordo com levantamento divulgado, neste ano, pela plataforma Flash, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Grupo Talenses.

Victor Fazzio, sócio-sênior do Grupo Hub, aponta que, em casos extremos, os colaboradores preferem o desligamento ao retorno híbrido ou presencial. Ele explica que os jovens estão cada vez mais inflexíveis a voltarem ao trabalho nos escritórios. Por outro lado, desde 2023, as empresas têm solicitado com mais frequência o modelo híbrido em todas as áreas, incluindo tecnologia. Ele confirma que o mercado busca candidatos que estejam dispostos a trabalharem presencialmente três vezes na semana.

Esse baixo engajamento da Geração Z no retorno aos escritórios está gerando oportunidades para profissionais mais experientes. Na Freto, os colaboradores entre 40 e 56 anos são cerca de 20% do total de funcionários. Esse público tem sido mais flexível na retomada das atividades presenciais e a companhia já estuda ampliar, cada vez mais, a faixa etária de contratação.

A empresa vem lidando com este cenário de resistência desde que decidiu voltar ao presencial, em março deste ano. Com cerca de 100 colaboradores, a transportadora digital estabeleceu a frequência presencial de três a quatro vezes na semana. Fabiana Pauli, diretora de Pessoas do Freto explica que a ideia é que todas as áreas tenham, de fato, uma troca com o restante da equipe – e, naturalmente, isso colabora para que haja contato com as mais variadas gerações.

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Cargos de liderança, por exemplo, estão no escritório no mínimo três vezes por semana. “Estamos falando de um perfil que está se beneficiando de oportunidades que não estão sendo consideradas pelos jovens. Mais do que nunca, precisamos refletir que, embora estejamos lidando com uma certa resistência por parte desses talentos, contamos com ótimos talentos Baby Boomers e Geração Y, que estão desempenhando um trabalho vital nos mais diversos segmentos”, comenta a executiva.

Conflito geracional

Como explica Fazzio, a inflexibilidade – que vem sendo notada com mais frequência na Geração Z e nos Millenials –, faz com que as empresas olhem para perfis 40+ com outros olhos. O especialista pontua que as gerações mais antigas possuem uma maior aceitação para voltarem ao presencial, inclusive, abrindo mão do home office possivelmente devido a diferentes prioridades e costumes ou resistência menor às mudanças no ambiente de trabalho.

Fazzio percebe uma maior abertura para as empresas avaliarem profissionais mais maduros para posições que antes seriam ocupadas pelos mais jovens. Mesmo as startups, que por anos fomentaram a inovação por meio de equipes jovens, também amadureceram seus times. Pela primeira vez, quatro gerações contemporâneas estão interagindo juntas nas empresas.

A dica do executivo do Grupo Hub é de que as companhias devem promover uma cultura inclusiva, oferecendo treinamentos de sensibilidade geracional e mentorias, de modo a auxiliar na colaboração de todos. Já Fabiana pontua que essa mescla de gerações proporciona diversas trocas de experiências e novos aprendizados.

“O maior deles é entender que a adaptabilidade do modelo de trabalho varia conforme a estratégia da organização – e o que muda é a forma como encaramos isso. Podemos adotar uma postura totalmente resistente ou estar aberto a viver essa experiência, testar e até mesmo nos surpreender com a possibilidade de aprender e se desenvolver”, finaliza Fabiana Pauli, diretora de Pessoas do Freto. 

Profissionais acima de 40 anos devem estar preparados

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