MADE POSSIBLE BY

Powered by

MADE POSSIBLE BY

Powered by

MADE POSSIBLE BY

Powered by

Fire por dentro: como funciona a plataforma de eventos da Hotmart

COMPARTILHAR ESSE POST

Tempo de Leitura 6 min

DATA

12 de dez. de 2025

CATEGORIA

Reportagens

O Hotmart Fire completou dez anos em 2025 consolidado como um dos maiores eventos de empreendedorismo digital da América Latina. O crescimento vertiginoso — de mil participantes na primeira edição para dez mil na mais recente — é apenas um dos elementos que ajudam a explicar os motivos pelos quais o evento ganhou o status de um dos ativos estratégicos mais importantes no portfólio da Hotmart.

A trajetória do projeto, seus bastidores e as decisões que moldaram o atual formato mostram as complexidades de transformar um evento corporativo em um produto com vida própria.  Essa história ganha contorno humano na voz de Alisson Maria, gerente sênior de Marketing da Hotmart e líder do Fire e mais novo convidado do podcast Green Room

Ex-RD Station, publicitário de formação e com passagem longa por agências de live experience, Alisson descreve a própria carreira como a de alguém que foi “escolhido pelo planejamento”. Um perfil que busca rigor, previsibilidade, clareza de impacto e coerência estratégica – atributos que se tornariam centrais em sua visão sobre eventos.

A relação dele com a Hotmart, porém, antecede sua contratação. Durante a pandemia, quando o mercado de eventos presenciais colapsou, Alisson e Flávio Guimarães — líder histórico do Fire por uma década — iniciaram conversas frequentes sobre alternativas para manter o setor ativo em um mundo fechado. 

Esse “namoro antigo”, como ele define, levou ao On Fire, edição digital que marcou a presença da Hotmart no período mais crítico de 2020. Anos depois, após conduzir a transição do RD Summit para São Paulo e entregar a edição de 2024, Alisson entendeu que seu ciclo estava completo. A oportunidade de voltar para Belo Horizonte e assumir o Fire surgiu como o próximo passo natural.

Uma edição histórica

Estar, pela primeira vez, dentro da Hotmart durante uma edição do Fire não trouxe apenas entusiasmo, mas “encantamento e desespero ao mesmo tempo”. O peso do logo na credencial e a responsabilidade de liderar um evento que já nasceu com relevância vinham acompanhados da pressão de coordenar fornecedores, decisões e milhares de pessoas circulando por Belo Horizonte. Mas a sensação dominante era outra: havia espaço para evoluir. “Entregamos uma baita experiência, mas com muita margem para voar”, pontua o gerente.

A edição mais recente do Fire, realizada em Belo Horizonte no final de agosto, materializou a escala do projeto. Foram mais de 120 palestrantes, cinco palcos simultâneos, uma feira com mais de 70 expositores, programação de três dias, mais de cem horas de conteúdo e o Fire Fest no encerramento. O próprio nome é um acrônimo: Fun, Innovation, Relationship, Entrepreneurship — quatro pilares que orientaram a construção de trilhas, a curadoria e o conjunto de experiências que compuseram o evento.


Mas o ponto central foi a relevância estratégica. Operando com múltiplas métricas, como reforço de marca, geração de intenção de empreender no digital, suporte a metas de vendas, estímulo ao uso da plataforma, ativação de clientes e retenção, o objetivo primário permaneceu fixo: posicionar a Hotmart como a parceira óbvia para empreendedores digitais. Esse foco orientou todas as decisões, inclusive as renúncias feitas pela marca.

Neste contexto, o Fire também apresenta uma renúncia estratégica incomum entre os grandes eventos corporativos do país: permanecer fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro. Com 70% do público vindo de outras regiões e de 26 países, segundo a última edição, a Capital mineira virou ativo, e não limitação

Em 2025, pela primeira vez, a programação passou a encerrar pontualmente às 18h. A mudança não foi acidental: a Hotmart abriu espaço para que os participantes vivenciassem a cidade, sua gastronomia e sua vida noturna. Fazer de BH parte da experiência aumentaria o valor percebido, ampliaria as conversas pós-evento e consolidaria a identidade do Fire como encontro imerso no espírito mineiro.

“Decidir o que não fazer é tão importante quanto expandir o escopo. O risco de diluir o propósito em uma programação excessivamente ampla ou desvinculada da estratégia é real, e se isso não for controlado, compromete a clareza da proposta de valor”, explica Alisson.


Engrenagens internas, aprendizados e futuro do Fire

A mesma clareza viabilizou a mobilização de toda a empresa. Atualmente, a Hotmart possui uma cultura na qual “todos respiram o Fire”, do estagiário ao CEO. Esse engajamento depende de alinhamento entre metas, esforços e benefícios. 

“As metas são desafiadoras. Colocar uma demanda extra para as áreas, se ela estiver desalinhada do que elas precisam fazer ou entregar, é extremamente desafiador. Você não cria o locking, não estabelece aquele deal de ‘conta comigo, eu vou trabalhar em prol do evento’. Se não entregamos algo que realmente favoreça o trabalho das áreas e não está alinhado ao que elas precisam entregar, fica muito difícil pedir colaboração depois, por melhor que seja a intenção de cada pessoa”, crava o gerente.

O mesmo rigor aparece na curadoria. Rosália, curadora oficial da Hotmart, é descrita como “a mãe do Fire”. O processo começa pela definição da mensagem central da edição — e só depois avança para trilhas, temas e nomes. Disponibilidade, budget, diferenciação em relação a outros eventos e adequação ao público são critérios fundamentais. 

A vantagem competitiva da Hotmart está no fato de seus próprios clientes serem produtores de conteúdo e educadores: o pool de especialistas internos é robusto e, muitas vezes, já reconhecido pelo mercado. Ainda assim, o desafio permanece: evitar repetição, oferecer profundidade real e garantir que cada edição tenha identidade própria. Para isso, a curadoria aposta em formatos variados e em encontros improváveis, combinando especialistas que dificilmente dividiriam o palco em outras conferências.

“O meu desafio, então, passa a ser selecionar quais temáticas são mais estratégicas para aquele momento e fazer essa curadoria da melhor forma possível, considerando a jornada do participante. Isso significa estar conectado às tendências, me colocar na pele do que o público espera, ser curioso e entender o que está acontecendo no mercado e para onde ele está indo. Significa ouvir as pessoas e ir atrás dos especialistas que, além de dominar o conteúdo, sabem transmitir. Isso é o mais importante”, afirma Alisson.


A preocupação com o comportamento humano também orienta decisões práticas. A Hotmart sabe que ninguém consegue assistir a dezenas de palestras consecutivas. Que o cansaço bate. Que as pessoas abrem o celular, respondem e-mails, buscam tomadas. Incorporar essa realidade, e não lutar contra ela, levou a iniciativas como disponibilizar gravações de todas as palestras e lançar, com tecnologia de IA da própria Hotmart, um livro físico com os insights das apresentações da edição de 2025. 

Todo o rol de cuidados e detalhes, bem como os aprendizados que surgem deles, confirmam a ideia de que um evento precisa ser muito bem planejado – e esta é uma condição inegociável. 

“O evento é uma tangibilização de tudo o que nós fazemos. As pessoas ganham uma chance de sentir, ouvir, entrar, cheirar a nossa marca. Mas proporcionar esse tipo de experiência é custoso. Então, é preciso ter muita maturidade e clareza para identificar quais dores queremos resolver e quais alavancas queremos movimentar com a execução de um plano desta magnitude”, adverte o gerente.

Pensando nisso, o próprio Fire segue em transformação. A edição de 2026 já tem data — de 10 a 12 de setembro, em Belo Horizonte — e continuará aprofundando o posicionamento da Hotmart como parceira-chave do empreendedorismo digital. Sob a superfície do crescimento, dos grandes palcos e da estética de festival, a lógica permanece profundamente pragmática: fazer do evento uma ferramenta estratégica, comercial e simbólica. 

Leia também: Podcast Green Room estreia com André Secchin e os bastidores da CASACOR

COMPARTILHAR ESSE POST

Ian Cândido

Repórter

AUTOR

Ian Cândido

Repórter

AUTOR

Ian Cândido

Repórter

AUTOR

Ian Cândido

Repórter

AUTOR

Tempo de Leitura 6 min

Posts relacionados em

Reportagens

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

não perca uma novidade!

Inscreva-se e receba todas as novidades
de marketing. Entre na comunidade!

Inscreva-se na newsletter para receber as últimas notícias do

Mundo do Marketing na sua inbox.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

O Mundo do Marketing é o principal portal jornalístico sobre o tema no Brasil, acessado por mais de 500 mil habitantes, entre VPs, Diretores, Gerentes, Coordenadores e Analistas de Marketing.

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

COPYRIGHT © mundo do marketing - todos direitos reservados

explorar

Device Theme
Device Theme
Device Theme