O Brasil ocupa hoje um papel de destaque no mapa global da criatividade. É o que mostra o Relatório Internacional sobre Indústrias Culturais e Criativas, divulgado pela Amazon, que detalha como o investimento em talentos locais, ferramentas digitais e produções originais vem projetando autores, músicos e cineastas brasileiros para o mundo.
De acordo com o estudo, o país se tornou um dos polos estratégicos da Amazon na América Latina, com impacto direto na formação de novos profissionais, na circulação de obras e na geração de oportunidades econômicas no setor. A companhia atua com plataformas como Prime Video, Kindle, Audible e Amazon Music, que democratizam o acesso à cultura e ampliam o alcance de artistas brasileiros, mesmo em regiões onde o acesso físico a livrarias, cinemas ou teatros é limitado.
De acordo com Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon.com.br, o compromisso é conectar o talento brasileiro ao mundo e investir em cultura. Ela afirma que a empresa acredita no poder transformador da criatividade não apenas como motor econômico, mas como forma de projetar a identidade da Amazon globalmente.

Audiovisual brasileiro ganha o mundo
O Prime Video é um dos maiores vetores desse impacto. Desde 2019, a plataforma já produziu mais de 35 títulos originais no Brasil, em parceria com produtoras como O2 Filmes, Conspiração, Paranoid, Santa Rita Filmes, Floresta Produções e Formata. As gravações aconteceram em diferentes regiões — de Arraial D’Ajuda a Manaus, Recife e Salvador — fortalecendo o protagonismo regional.
Entre os principais destaques está Cangaço Novo, série filmada no Nordeste que venceu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria Melhor Série Brasileira de Ficção. A produção levou a cultura nordestina a palcos internacionais, confirmando que narrativas locais podem se tornar fenômenos globais.

Literatura independente e protagonismo feminino
O Brasil também é destaque na literatura digital. Com o Kindle Direct Publishing (KDP), milhares de escritores vêm conquistando leitores em diferentes países, sem depender de grandes editoras.
Um dos casos mais emblemáticos é o de Jéssica Macedo, autora e empreendedora que já publicou mais de 200 livros traduzidos para seis idiomas e foi reconhecida pela Forbes Under 30. Suas obras ultrapassaram fronteiras e chegaram ao cinema, consolidando o modelo de autopublicação como caminho viável para novos autores.
A Amazon mantém ainda programas de fomento à literatura como o Prêmio Kindle de Literatura, que chega à 10ª edição em 2025; o Prêmio Kindle Vozes Negras, dedicado a autores negros brasileiros; e o Prêmio Kindle de Literatura Jovem, voltado ao público Young Adult.
“O Brasil é uma potência criativa. Nosso papel é oferecer ferramentas que permitam que qualquer pessoa com uma boa história possa publicá-la e ser lida no mundo inteiro”, contou Juliana Sztrajtman.

O poder da voz: crescimento do áudio nacional
O segmento de áudio também ganha força com o Pitching: Audible Original, primeira iniciativa voltada à narrativa sonora no Brasil. O projeto recebeu mais de 200 inscrições e oferece um workshop gratuito com 30 episódios sobre criação de conteúdo em áudio. Além de selecionar novas produções, o programa capacita profissionais da área de storytelling, ampliando o ecossistema criativo brasileiro.
Essas ações se somam a títulos de destaque, como o audiobook “Na Minha Pele”, de Lázaro Ramos, e a série “Yawara, uma história oculta sobre o Brasil”, com Alice Braga — ambos exemplos de como o formato em áudio pode fortalecer o diálogo entre cultura, identidade e inovação.

Música brasileira no topo das paradas globais
Na música, o relatório mostra que o Brasil também ocupa posição de relevância internacional. A dupla Henrique & Juliano aparece entre os artistas locais mais ouvidos no mundo por meio da Amazon Music, ao lado de nomes como Ed Sheeran, Vianney, Lola Índigo e Arijit Singh.
Com mais de 900 mil artistas brasileiros conectados aos ouvintes globais, a plataforma tem contribuído para difundir a pluralidade da música nacional — do sertanejo ao pop, passando por funk, rap e MPB. O programa Breakthrough, voltado ao desenvolvimento de talentos emergentes, reforça a aposta da empresa na descoberta e projeção de novos nomes da cena local.

Cultura que movimenta a economia
Além do impacto cultural, a Amazon destaca os efeitos econômicos de suas operações no país. Nos últimos dez anos, a companhia já investiu mais de R$ 55 bilhões no Brasil, gerando 36 mil empregos diretos e indiretos. O relatório aponta que a integração entre tecnologia e cultura é hoje uma das chaves para o fortalecimento de economias criativas e sustentáveis.
O estudo ressalta que produções audiovisuais como Cangaço Novo e programas de áudio como o Pitching Audible Original mobilizam dezenas de profissionais por projeto, entre roteiristas, produtores, técnicos, designers e atores, o que estimula o desenvolvimento de competências locais e fomentando toda a cadeia criativa.

Impacto criativo em outros países
O relatório da Amazon mostra que o impacto da economia criativa não se restringe ao Brasil. Em todos os mercados onde a empresa atua, a combinação entre tecnologia, conteúdo local e parcerias estratégicas tem impulsionado carreiras, gerado empregos e fortalecido ecossistemas culturais.
Na Alemanha, a série Maxton Hall se tornou a produção internacional de maior audiência da história do Prime Video, alcançando o topo em mais de 120 países e obtendo 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. O país também abriga autores como Sebastian Fitzek, cujos audiolivros exclusivos da Audible já foram traduzidos para 36 idiomas e venderam mais de 19 milhões de cópias.
Na Espanha, o fenômeno Culpables, criado pela escritora independente Mercedes Ron, começou como trilogia autopublicada e se transformou em franquia audiovisual global, com adaptações em inglês (My Fault: London) e novos filmes em produção. O país já soma 35 produções originais para o Prime Video, em parceria com estúdios como Banijay, Mediapro e Vaca Films.
A Índia aparece entre os maiores mercados criativos da Amazon, com mais de 110 produções locais e um setor audiovisual que gera 170 mil empregos diretos e indiretos por ano — número que deve ultrapassar 330 mil até 2028. O sucesso da série Panchayat, transmitida em 180 países, consolidou o país no top 5 global de horas de streaming.
No Canadá, a segunda temporada de Upload envolveu 1.500 profissionais, com 95% da equipe formada por talentos locais e a participação de 600 empresas regionais, reforçando o impacto econômico da produção na região de Vancouver.
Já a Austrália viu a série Deadloch, uma comédia criminal ambientada na Tasmânia, alcançar o Top 10 em 165 países, demonstrando como narrativas locais podem conquistar o público global.
Em México, o programa Pan y Circo, criado por Diego Luna, venceu o Emmy Internacional na categoria de programa não falado em inglês, tornando-se símbolo da expansão da cultura latino-americana no catálogo global da Amazon.
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