5 empresas que sofreram com recuperação judicial em 2023 Bruno Mello 3 de novembro de 2023

5 empresas que sofreram com recuperação judicial em 2023

         

SouthRock Capital, controlador do Starbucks, Subway e Eataly é o mais recente a fazer o pedido, que permite que empresas endividadas sobrevivam à crises financeiras

5 empresas que sofreram com recuperação judicial em 2023
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Na última terça-feira, dia 31, a SouthRock Capital, empresa que opera marcas como Starbucks, Subway e Eataly no Brasil, protocolou pedido de Recuperação Judicial – negado na quarta-feira (01), segundo o UOL – após apresentar à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo um documento indicando dívidas estimadas em R$ 1,8 bilhão.

Em meio à crise, 42 das 187 cafeterias da Starbucks no Brasil, maior operação da SouthRock Capital, foram fechadas desde a terça-feira. Os problemas, no entanto, se estendem desde o dia 13 de outubro, quando a Starbucks Coffee Internacional Inc. anunciou o rompimento do contrato acusando o não recebimento dos pagamentos da controladora.

A crise enfrentada pela SouthRock amplia uma longa lista de empresas que protocolaram pedidos de recuperação judicial em 2023 – ano marcado por uma “epidemia” de dificuldades econômicas que se estende a pequenas e grandes empresas. Dados divulgados pela Serasa Experian apontam que a quantidade de pedidos de recuperação judicial no Brasil cresceu 55,8% nos sete primeiros meses de 2023.

Relembre casos em 2023

No início do ano, a detecção de inconsistências em lançamentos contábeis das Lojas Americanas, estimadas em R$ 20 bilhões, mergulhou a empresa em um caos econômico que se estende até hoje. Em março, a empresa entregou seu plano de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O documento inclui acordos de pagamentos que podem se estender até 2043.

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Também em março, a Oi, que havia encerrado um protocolo de recuperação judicial em dezembro, formalizou um novo pedido após declarar dívidas na casa dos R$ 43,7 bilhões. Após uma série de imbróglios que dificultaram o andamento do processo, a empresa se prepara para apresentar a versão final de seu plano de recuperação judicial ainda em 2023.

Já o Grupo Petrópolis – detentor de marcas como Itaipava e Petra – anunciou no dia 24 de outubro a homologação do Plano de Recuperação Judicial pela Juíza da 5ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro no dia 24 de outubro de 2023. O documento prevê o pagamento de dívidas na casa dos R$ 5,5 bilhões.

Já a Tok&Stok, após meses de dificuldades financeiras, confirmou que assinou um acordo com seus credores que prevê um aporte de R$ 100 milhões. O aporte na Tok&Stok será feito pelo fundo americano Carlyle. O acordo prevê adiamento e refinanciamento de uma dívida de R$ 350 milhões. “Como resultado de seu processo de reestruturação, a companhia já apresenta geração de caixa positiva em 2023″, afirmou a empresa em nota.

Por fim, a Saraiva que estava em recuperação judicial desde 2018, pôs fim à história da centenária rede após o pedido de autofalência. A empresa chegou a ter mais de cem lojas espalhadas pelo Brasil há menos de dez anos. Em 2018, porém, entrou em recuperação judicial, quando tinha 85 lojas em 17 estados brasileiros, além do Distrito Federal. À época, a empresa acumulava R$ 675 milhões em dívidas junto a 1,1 mil credores.

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