Souza Cruz internacionaliza porfólio e aproxima-se do varejo para vender
A companhia segue investindo em trade marketing
Por Redação - 15/01/2009 Reportagens
<p class="titulomateria">Souza Cruz internacionaliza porf&oacute;lio e aproxima-se do varejo para vender</p> <p>Por Guilherme Neto<br /><a href="mailto:guilherme@mundodomarketing.com.br">guilherme@mundodomarketing.com.br</a></p> <p>A impedi&ccedil;&atilde;o legal de diversas a&ccedil;&otilde;es de divulga&ccedil;&atilde;o para produtos derivados de nicotina tem motivado a Souza Cruz a procurar alternativas para promover seus produtos. Com restri&ccedil;&otilde;es que v&atilde;o muito al&eacute;m da proibi&ccedil;&atilde;o de pe&ccedil;as publicit&aacute;rias – &eacute; proibido tamb&eacute;m, por exemplo, patroc&iacute;nio a eventos esportivos e culturais, a&ccedil;&otilde;es de sampling ou promo&ccedil;&atilde;o com direito a pr&ecirc;mios -, a companhia com 105 anos de estrada est&aacute; procurando aproximar-se cada vez mais dos varejistas e revitalizar seu portf&oacute;lio com marcas internacionais.&nbsp;No caso, as marcas pertencentes &agrave; companhia British American Tobacco, da qual a empresa nacional &eacute; subsidi&aacute;ria.</p> <p>Ap&oacute;s amargar o fracasso com a vinda das marcas Pall Mall e Kent, a empresa trouxe recentemente a Dunhill e agora traz Vogue, substituindo a nacional Capri, que deixa o mercado ap&oacute;s 43 anos.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" src="images/materias/souzacruz_dunhill.jpg" border="0" alt="" width="350" height="156" /></p> <p><span class="subtitulomateria">Internacionaliza&ccedil;&atilde;o do portf&oacute;lio visa agregar valor<br /></span>A Dunhill chega ao Brasil sob a chancela da Carlton, que agora estampa em sua embalagem as duas marcas. Foi feito uma pesquisa durante dois anos com seis mil consumidores para descobrir a melhor forma de introduzi-la no Brasil de forma a agregar valor ao atual port&oacute;lio premium da companhia. Optou-se por fundir as marcas devido ao forte apelo de Carlton no Brasil, presente h&aacute; 44 anos no mercado.</p> <p>Ao contr&aacute;rio da Carlton, a op&ccedil;&atilde;o de retirar a marca Capri do mercado explica-se devido a sua menor penetra&ccedil;&atilde;o no mercado. &ldquo;Carlton vende nove bilh&otilde;es de unidades por ano, enquanto que Capri vendia 40 milh&otilde;es&rdquo;, explica Marcelo Guimar&atilde;es, gerente de marcas da Souza Cruz.</p> <p>J&aacute; o lan&ccedil;amento da Vogue lida com uma oferta, na opini&atilde;o da empresa, ainda inexistente no Brasil. &ldquo;Pall Mall era um produto de pre&ccedil;o m&eacute;dio, com v&aacute;rios concorrentes no mercado e Vogue chega como produto Super Premium, inspirado em Paris voltado ao p&uacute;blico feminino. Com Pall Mall e Kent, acreditava-se que, por serem conhecidas internacionalmente, trariam uma velocidade de retorno mais r&aacute;pida, mas n&atilde;o foi o que aconteceu&rdquo;, ressalta Guimar&atilde;es ao comparar o lan&ccedil;amento das tr&ecirc;s marcas.</p> <p><span class="subtitulomateria"><span class="subtitulomateria"><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" src="images/materias/souzacruz_vogue.jpg" border="0" alt="" width="250" height="151" /></span>Esfor&ccedil;o no contato com varejistas</span><br />Al&eacute;m da internacionaliza&ccedil;&atilde;o do portof&oacute;lio como forma de agregar valor &agrave;s suas marcas, os esfor&ccedil;os tem se voltado &agrave; &aacute;rea de Trade Marketing. Se o ponto-de-venda j&aacute; &eacute; a menina-dos-olhos de executivos das mais diversas companhias, isso &eacute; ainda mais forte para a Souza Cruz, j&aacute; que este tornou-se o &uacute;nico ponto de contato da marca com seus consumidores.&nbsp; Uma das estrat&eacute;gias mais satisfat&oacute;rias &eacute; a defini&ccedil;&atilde;o de um espa&ccedil;o definido para a comercializa&ccedil;&atilde;o de cigarros dentro do ponto-de-venda – o caixa -, e a restri&ccedil;&atilde;o daquele espa&ccedil;o para divulga&ccedil;&atilde;o.</p> <p>O refor&ccedil;o no trade ficou ainda mais forte com o lan&ccedil;amento da revista Mais Varejo, editada pela companhia e voltada aos 250 mil varejistas clientes da companhia. A publica&ccedil;&atilde;o trimestral, que teve seu primeiro n&uacute;mero publicado em dezembro, traz textos com temas de interesses para os neg&oacute;cios, al&eacute;m de not&iacute;cias sobre a Souza Cruz e seus produtos e outras informa&ccedil;&otilde;es sobre lazer.</p> <p>&ldquo;O exemplar &eacute; entregue em m&atilde;os a todos os nossos clientes. &Eacute; uma forma de ter uma abrang&ecirc;ncia muito relevante ao atingir nossos varejistas, refor&ccedil;ando nossa marca, seus valores e objetivos entre eles&rdquo;, diz Mauro Frota, gerente de desenvolvimento de Marketing da Souza Cruz.</p> <p><span class="subtitulomateria">A&ccedil;&otilde;es sociais para minimizar m&aacute; imagem do cigarro</span><br />Outra forma de contato s&atilde;o os programas de treinamento oferecidos pela Souza Cruz aos seus varejistas, em que s&atilde;o orientadas n&atilde;o apenas sobre como gerir os seus neg&oacute;cios, mas a tamb&eacute;m a promover os produtos da companhia. Ou ainda as visitas a diversos pontos-de-venda para conferir as necessidades e oportunidades para promover as vendas.</p> <p>&ldquo;Isso faz com que o varejo esteja comprometido com a venda de cigarro, tendo <script src="jscripts/tiny_mce/themes/advanced/langs/pt.js" type="text/javascript"></script> melhor conhecimento do produto e como organiz&aacute;-los e apresent&aacute;-los aos consumidores&rdquo;, diz Christopher Montenegro, presidente da Pop Marketing, ag&ecirc;ncia respons&aacute;vel pelo trabalho da Souza Cruz no ponto-de-venda.</p> <p>A Souza Cruz tenta combater a imagem ruim que a ind&uacute;stria de cigarros evoca em diversos setores da sociedade atrav&eacute;s de a&ccedil;&otilde;es de responsabilidade social e ambiental, tendo em atividade 29 programas nesta &aacute;rea. &ldquo;Acreditamos que quaisquer regulamenta&ccedil;&otilde;es e a&ccedil;&otilde;es equilibradas que favore&ccedil;am o bom ambiente de conv&iacute;vio entre fumantes e n&atilde;o-fumantes &eacute; necess&aacute;rio e tem o apoio da Souza Cruz&rdquo;, diz Jorge Araya, Diretor de Marketing da companhia.</p>