Relação marca X consumidor em tempos de globalização
Relação marca X consumidor em tempos de globalização
Por Redação - 08/08/2007 Artigos
<p><strong>Rela&ccedil;&atilde;o marca X consumidor em tempos de globaliza&ccedil;&atilde;o</strong> </p><p>Por Luciano Deos*</p><p>Em diversos segmentos de mercado, determinadas marcas s&atilde;o sin&ocirc;nimos dos produtos ou servi&ccedil;os que comercializam. Coca-Cola, Bombril, Yakult e Xerox s&atilde;o exemplos claros desse fen&ocirc;meno. Essas empresas dominaram e ainda seguem l&iacute;deres de mercado. Mas certamente j&aacute; n&atilde;o imperam com a exclusividade de outros tempos. E essa tend&ecirc;ncia vem crescendo h&aacute; quase uma d&eacute;cada. </p><p>Um estudo realizado pela LatinPanel (empresa dos grupos IBOPE, Taylor Nelson Sofres e NPD), detectou que as marcas l&iacute;deres de mercado j&aacute; n&atilde;o reinam absolutas desde o final dos anos 1990. Durante a avalia&ccedil;&atilde;o expandida de 35 categorias, entre 1998 e 2001, 75% das marcas l&iacute;deres j&aacute; registravam diminui&ccedil;&atilde;o da taxa de exclusividade na cesta de compras do consumidor brasileiro. No setor de alimentos, o &iacute;ndice chegava a 84%, seguido de 75% no setor de limpeza e 40% em higiene.</p><p>Uma prova dessa tend&ecirc;ncia &eacute; a Assolan. A empresa surgiu no mercado de palha de a&ccedil;o e assustou a l&iacute;der absoluta Bombril, que por anos dominava 90% desse mercado. Em 2005, a Assolan j&aacute; detinha 29,5% da prefer&ecirc;ncia do consumidor. Outro caso &eacute; o da japonesa Yakult, que j&aacute; reinou absoluta e hoje divide a lideran&ccedil;a de leite fermentado com a Chamito, da Nestl&eacute;.&nbsp; </p><p>Diante desses fatores, pode-se concluir que a marca perdeu seu valor e poder de sedu&ccedil;&atilde;o diante ao consumidor? N&atilde;o. O fato &eacute; que o a concorr&ecirc;ncia est&aacute; acirrada e ele gosta disso. A partir do momento que o consumidor sente que pode obter a mesma qualidade por um pre&ccedil;o mais acess&iacute;vel, ou tirar uma outra vantagem, sem d&uacute;vida ele faz essa escolha. E isso n&atilde;o &eacute; desvaloriza&ccedil;&atilde;o da marca, muito pelo contr&aacute;rio. &Eacute; a valoriza&ccedil;&atilde;o de uma nova. &Eacute; o conceito de competitividade. E as marcas &eacute; que devem se enquadrar nessa nova era e se reinventar, sempre.</p><p>Mesmo comprando a palha de a&ccedil;o da Assolan, o cliente vai pedir um &ldquo;Bombril&rdquo;, quando for tirar uma c&oacute;pia, ir&aacute; pedir um &ldquo;Xerox&rdquo; etc. O consumidor, sem d&uacute;vida, se relaciona com um produto pela marca, e pelo que ela representa. Entretanto, &eacute; muito importante que a marca tenha um compromisso com o produto, e, o produto, com o cliente e sua necessidade. E a necessidade do mercado se aprimorou e hoje engloba uma s&eacute;rie de aspectos.</p><p>&Eacute; fato, por exemplo, que h&aacute; uma clara prefer&ecirc;ncia do consumidor por produtos ecologicamente corretos, desenvolvidos sem qualquer dano ao meio ambiente. Um estudo realizado no in&iacute;cio de 2007 pelo instituto de pesquisas TNS InterScience, revela que para 51% dos consumidores entrevistados as a&ccedil;&otilde;es de responsabilidade s&oacute;cio-ambiental s&atilde;o fatores decisivos na hora da compra. </p><p>Esse percentual aumenta junto ao p&uacute;blico de maior poder aquisitivo: a responsabilidade social &eacute; mencionada por 72% das pessoas de classe &quot;A&quot; como um item muito importante. No ano passado, responsabilidade social havia sido mencionada por 44% dos entrevistados. </p><p>Tamb&eacute;m &eacute; fundamental ouvir seu p&uacute;blico-alvo. Pesquisa peri&oacute;dica de opini&atilde;o junto ao consumidor &eacute; uma vertente eficiente para valorizar a marca e n&atilde;o perder espa&ccedil;o no mercado. Al&eacute;m disso, personalizar e segmentar um produto para uma determinada classe tamb&eacute;m faz diferen&ccedil;a. Os alimentos diets e lights, xampus para cabelos crespos etc.<br />&nbsp;<br />Entretanto, &eacute; fundamental que o cliente tenha suas expectativas atendidas pela marca que escolheu. Uma empresa que promete um determinado fator como diferencial para seu produto ou servi&ccedil;o, seja pre&ccedil;o, rapidez, menos colesterol ou mais durabilidade, e n&atilde;o cumpre a promessa, sem d&uacute;vida perde por completo a credibilidade junto &agrave; sua carteira.</p><p>Em suma, o consumidor est&aacute; mais exigente e pede respeito &agrave; sua intelig&ecirc;ncia. Hoje, estar no posto de lideran&ccedil;a j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais garantia inabal&aacute;vel de sucesso. No mundo globalizado a concorr&ecirc;ncia &eacute; forte e as empresas precisam se preocupar cada vez mais em se renovarem, seja no atendimento &agrave;s necessidades dos seus clientes, na &eacute;tica de sua atua&ccedil;&atilde;o ou na colabora&ccedil;&atilde;o com a sociedade, entre tantas outras exig&ecirc;ncias. O resultado &eacute; a resposta positiva do mercado e valoriza&ccedil;&atilde;o de sua marca.&nbsp; O consumidor est&aacute; de olho.<br />&nbsp;<br />* Luciano Deos &eacute; presidente do GAD&#39;, consultoria de Branding &amp; Design do Brasil. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.gad.com.br/" target="_blank">www.gad.com.br</a></p>