Relacionamento relevante e perene
Empresas investem em programas de relacionamento com base em relevância e perenidade
Por Redação - 22/10/2008 Reportagens
<p class="titulomateria">Programas de relacionamento com base em relev&acirc;ncia e perenidade</p> <p>Por Thiago Terra<br /> <a href="mailto:thiago@mundodomarketing.com.br">thiago@mundodomarketing.com.br</a></p> <p>Os programas de relacionamento com o consumidor s&atilde;o desenvolvidos por diversas empresas no Brasil e no mundo. De olho no aumento da carteira de clientes, e no aumento do ticket m&eacute;dio deles, &eacute; comum as empresas enviarem informativos sobre estes programas a fim de atrair consumidores que buscam vantagens ao comprar bens e servi&ccedil;os.</p> <p>O engano que algumas companhias cometem, com freq&uuml;&ecirc;ncia, &eacute; desenvolver estes projetos somente durante per&iacute;odos onde n&atilde;o h&aacute; grande volume de demanda. Com o poder de compra cada vez mais nas m&atilde;os do consumidor, diversas empresas est&atilde;o acordando para a realidade de que os programas de relacionamento devem ser perenes.</p> <p>Reconhecendo os consumidores como indiv&iacute;duos diferentes uns dos outros em aspectos que v&atilde;o desde necessidades, prefer&ecirc;ncias, at&eacute; desejos sup&eacute;rfluos, as marcas j&aacute; come&ccedil;am a ganhar destaque para o consumidor. De acordo com especialistas ouvidos pelo Mundo do Marketing, a palavra que hoje guia n&atilde;o s&oacute; as estrat&eacute;gias de Marketing como tamb&eacute;m os programas de fidelidade e relacionamento &eacute; Relev&acirc;ncia.</p> <p><span class="subtitulomateria">Mudan&ccedil;as no conceito garantem longa vida<br /> </span>O Wal-Mart realiza um planejamento anual de Marketing durante tr&ecirc;s meses onde s&atilde;o definidas as bases e parceiros em datas interessantes para o p&uacute;blico e para a empresa. &ldquo;Atualmente o nosso programa dobra os pontos de fidelidade do consumidor e aplicamos uma estrat&eacute;gia de clusters de relacionamento com nossos clientes com o que mais importa para eles&rdquo;, diz Marcos Carvalho, Diretor de Experi&ecirc;ncia de Compra do Wal-Mart Brasil em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>De acordo com Carvalho, os programas de relacionamento s&atilde;o perenes e o que pode mudar s&atilde;o os temas, que devem variar. Na rede de varejo americana o programa de relacionamento j&aacute; &eacute; anunciado de dois a tr&ecirc;s meses antes do lan&ccedil;amento para que o cliente possa se preparar e entender toda a mec&acirc;nica do processo.</p> <p>A rede Bom Pre&ccedil;o – que pertence ao Wal-Mart – oferece o programa Bomclub nas regi&otilde;es do Nordeste e Sul do Brasil. A a&ccedil;&atilde;o possibilita acumular pontos que podem ser trocados por itens que sejam do interesse dos associados. &ldquo;Gerenciar um programa de fidelidade &eacute; muito complexo. As pessoas t&ecirc;m que ter interesse natural e n&atilde;o pode ser uma coisa qualquer para o cliente&rdquo;, conta Carvalho.</p> <p><span class="subtitulomateria">Fidelidade X oportunidade<br /> </span>Diferente do que o Bom Pre&ccedil;o faz, algumas empresas lan&ccedil;am programas de fidelidade que n&atilde;o d&atilde;o certo e, consequentemente, precisam sair de cena e voltar com modifica&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Programas de relacionamento s&atilde;o como uma filosofia e n&atilde;o uma campanha apenas&rdquo;, salienta o Diretor de Experi&ecirc;ncia de Compra do Wal-Mart Brasil.</p> <p>De acordo com o posicionamento da MarketData, o planejamento dos programas de relacionamento deveria acontecer continuamente para que, ao longo dos anos, a empresa entenda as reais necessidades e interesses dos seus clientes. &ldquo;Queremos aproximar os interesses convergentes atrav&eacute;s do planejamento de a&ccedil;&otilde;es que se baseiem em como fazer todos ganharem&rdquo;, aponta Christiano Ranoya, Diretor de Novos Neg&oacute;cios da MarketData.</p> <p>Assim como Marcos Carvalho, Ranoya entende que os programas de relacionamento devem ser diferentes de campanhas promocionais, que tem come&ccedil;o, meio e fim. &ldquo;Quando falamos em relacionamento temos que entender que ele &eacute; eterno e o que muda s&atilde;o as formas como se faz&rdquo;, opina o executivo da MarketData em entrevista ao site.</p> <p><span class="subtitulomateria">Integra&ccedil;&atilde;o com estrat&eacute;gias de Marketing<br /> </span>Uma das principais raz&otilde;es para o fim de um relacionamento &eacute; quando n&atilde;o h&aacute; mais o interesse de uma das partes. E n&atilde;o estamos falando da rela&ccedil;&atilde;o entre as pessoas, apesar das empresas quererem ser cada vez mais amadas pelo consumidor. &ldquo;Existem os programas que acabam assim como o casamento. Alguns terminam porque foram mal feitos&rdquo;, compara Ranoya.</p> <p>Quando chegou ao Brasil, o Wal-Mart n&atilde;o tinha os programas de relacionamento atuais. A empresa come&ccedil;ou com esta a&ccedil;&atilde;o depois da aquisi&ccedil;&atilde;o da rede Bom Pre&ccedil;o e ap&oacute;s an&aacute;lises de mercado. Antes de lan&ccedil;ar Bomclub, a rede varejista buscou integrar o programa &agrave;s estrat&eacute;gias de Marketing. &ldquo;&Eacute; necess&aacute;rio caminhar de forma integrada e n&atilde;o como um corpo estranho. Quanto mais penetra&ccedil;&atilde;o tivermos, mais informa&ccedil;&otilde;es teremos para fazer a comunica&ccedil;&atilde;o certa para eles&rdquo;, acredita Carvalho.</p> <p>Atuando como um intermedi&aacute;rio entre empresas e clientes nestes programas de fidelidade, a MarketData desenvolve projetos a partir do que a empresa quer e como ela poder&aacute; saber se atingiu o seu objetivo inicial. Estas informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o levantadas pela empresa atrav&eacute;s de m&eacute;tricas de desempenho, que aborda quantidade e o consumo m&eacute;dio dos clientes.</p> <p><span class="subtitulomateria">Canais e caracter&iacute;sticas diferentes<br /> </span>&ldquo;Na m&eacute;dia, o cliente &eacute; fiel por seis meses. Nosso objetivo &eacute; fazer com que ele fique seis anos. Para isso, tra&ccedil;amos objetivos quantitativos e m&eacute;tricas mensur&aacute;veis para que a empresa atinja um grande resultado&rdquo;, avalia Ranoya.</p> <p>Como base para os programas de relacionamento de sucesso, a MarketData aposta no entendimento das caracter&iacute;sticas do p&uacute;blico para atingi-los atrav&eacute;s de canais relevantes para eles. &ldquo;Tem gente que gosta de ir ao banco porque l&aacute; ele conversa ou bebe um caf&eacute; e t&ecirc;m outros que preferem usar a internet ou o telefone. A melhor maneira de entender isso &eacute; perguntar para o consumidor, mas depois disso eu preciso respeitar a decis&atilde;o dele&rdquo;, diz Ranoya.</p> <p>Para tornar um programa de fidelidade relevante n&atilde;o h&aacute; uma receita pronta, assim como todas as ferramentas que pertencem ao Marketing. Mas, para desenvolver estes projetos, entender e respeitar as prefer&ecirc;ncias do consumidor &eacute; o primeiro e principal passo que deve ser dado. &ldquo;As pessoas n&atilde;o gostam de receber comunica&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o as interessam. Quanto mais um programa de fidelidade estiver integrado com as necessidades do consumidor todos ganham&rdquo;, completa Marcos Carvalho.</p>