<p><strong>Pan-Americano, uma oportunidade &uacute;nica</strong></p><p>Por Marcelo Palaia Giannoni*</p><p>Em tempos de Pan-Americano, muitos profissionais me perguntam quais s&atilde;o os desafios das estrat&eacute;gias de marketing de quem est&aacute; patrocinando o Pan e de quem n&atilde;o &eacute; patrocinador. H&aacute; ainda os que desejam saber o que cada uma dessas empresas deve fazer para obter o melhor retorno com a competi&ccedil;&atilde;o.</p><p>Se pensarmos em imagem institucional, h&aacute; um retorno evidente para o governo e para os patrocinadores. Para o governo, projeta-se a imagem de um Brasil em franco crescimento e que tem plenas condi&ccedil;&otilde;es e compet&ecirc;ncia para realizar grandes eventos. Isto &eacute; muito importante para pleitear posi&ccedil;&otilde;es no cen&aacute;rio pol&iacute;tico mundial.</p><p>O projeto de patroc&iacute;nio do Pan-Americano oferece oportunidades de a&ccedil;&otilde;es multiplataforma, que engloba planos comerciais espec&iacute;ficos de v&aacute;rias m&iacute;dias e propriedades institucionais, promocionais e de arena.</p><p>Nesse contexto &eacute; importante ressaltar que pela primeira vez um Pan-Americano ter&aacute; direitos de arena, ou seja, placas de m&iacute;dia est&aacute;tica nos locais das competi&ccedil;&otilde;es.</p><p>Esse plano compreende, entre outras vantagens, fazer com que os patrocinadores tenham placas nos locais das competi&ccedil;&otilde;es e planos de m&iacute;dia na televis&atilde;o, inclu&iacute;dos no mesmo investimento.</p><p>Desta forma, cada patrocinador investe cerca de R$ 70 milh&otilde;es e em contra-partida tem direito a exposi&ccedil;&atilde;o de sua marca na TV aberta e fechada, revistas, internet, r&aacute;dio, direitos de arena, entre outros.</p><p>O carro-chefe deste plano &eacute; a cobertura que a Rede Globo far&aacute; do evento, que com seus holofotes voltados para o Pan, traz ainda mais visibilidade para quem est&aacute; pagando esta grandiosa conta.</p><p>Quando uma empresa investe uma determinada soma de dinheiro num evento deste porte &eacute; imprescind&iacute;vel que se realize a&ccedil;&otilde;es paralelas, para potencializar o investimento.</p><p>&Eacute; comum investir R$1 em ativa&ccedil;&atilde;o para cada R$1 investidos em patroc&iacute;nio, ou no m&iacute;nimo 50% do montante do investimento.</p><p>Entenda por ativa&ccedil;&atilde;o, a&ccedil;&otilde;es de relacionamento, campanhas publicit&aacute;rias ligadas ao patroc&iacute;nio, a&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas de assessorias de imprensa, promo&ccedil;&otilde;es de vendas, a&ccedil;&otilde;es de endomarketing entre outras tantas.</p><p>Muitas vezes, em fun&ccedil;&atilde;o do alto custo do patroc&iacute;nio, ou talvez por n&atilde;o contarem com o suporte de uma ag&ecirc;ncia de marketing esportivo ou de especialistas em marketing esportivo nos seus departamentos de marketing ou mesmo em suas ag&ecirc;ncias de propaganda, algumas empresas deixam de usufruir do expertise desses especialistas, que certamente assegurariam ainda mais vantagens para esses patrocinadores.</p><p>Empresas como Caixa Econ&ocirc;mica, Petrobras, Oi e Olympikus certamente ter&atilde;o uma ativa&ccedil;&atilde;o e visibilidade maior que marcas como Sadia e Cerveja Sol. Isto se deve a experi&ecirc;ncia dos profissionais j&aacute; ambientados no &ldquo;mundo dos esportes&rdquo;, que coordenam suas a&ccedil;&otilde;es.</p><p>&Eacute; poss&iacute;vel enxergar claramente a&ccedil;&otilde;es de ativa&ccedil;&atilde;o realizadas pela Caixa Econ&ocirc;mica, que &eacute; patrocinadora de algumas Confedera&ccedil;&otilde;es, dentre elas: a de atletismo e de gin&aacute;stica art&iacute;stica, Petrobras, que &eacute; uma das maiores apoiadoras do esporte brasileiro, Olympikus, que ir&aacute; vestir toda a delega&ccedil;&atilde;o brasileira e de mais 25 delega&ccedil;&otilde;es, dentre as 42 que estar&atilde;o no Pan, com destaque para Uruguai, Bol&iacute;via e Peru. Por fim, a Oi, que conta com o apoio de uma ag&ecirc;ncia de marketing esportivo para a execu&ccedil;&atilde;o de seu planejamento estrat&eacute;gico nas a&ccedil;&otilde;es de marketing esportivo.</p><p>Certamente essas empresas patrocinadoras saem na frente para poder potencializar esse grande e importante investimento nos Jogos Pan-Americanos 2007.</p><p>Para empresas que n&atilde;o s&atilde;o patrocinadores oficiais da competi&ccedil;&atilde;o, h&aacute; uma luz no fim do t&uacute;nel. O Pan do Rio tamb&eacute;m oferece oportunidades para as empresas pegarem uma &ldquo;carona&rdquo; nesse processo. Pode-se desenvolver algum trabalho com equipes de atletas patrocinados &ndash; e que participar&atilde;o da competi&ccedil;&atilde;o -, a&ccedil;&otilde;es de relacionamento e promo&ccedil;&otilde;es de vendas em a&eacute;reas geogr&aacute;ficas e de grandes circula&ccedil;&otilde;es na cidade do Rio de Janeiro &ndash; durante a realiza&ccedil;&atilde;o do Pan. Esses tipos de a&ccedil;&otilde;es podem contribuir para o desenvolvimento de neg&oacute;cios, com um baixo investimento. </p><p>Acredito que como o esporte &eacute; o entretenimento n&uacute;mero 1 no mundo, quem sai ganhando s&atilde;o todos os lados envolvidos nesse processo, o governo, os patrocinadores, os organizadores, os atletas, as confedera&ccedil;&otilde;es e as empresas que entrarem como investidoras no esporte brasileiro, nesse momento.</p><p>*Marcelo Palaia Giannoni &eacute; diretor da Bravo &ndash; Marketing Esportivo e professor de marketing esportivo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).</p>
Pan-Americano, uma oportunidade única
12 de abril de 2007