Otimizando o relacionamento com clientes
Fábio Guimarães, Consultor Senior do Peppers & Rogers Group, explica como sair da superfície quando o assunto é fidelidade
Por Redação - 07/11/2006 Entrevistas
<p><strong>Otimizando o relacionamento com clientes</strong></p><p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:bruno@mundodomarketing.com.br">bruno@mundodomarketing.com.br</a></p><p><img style="width: 150px; height: 190px" class="foto_laranja_materias" src="images/materias/entrevista/fabio_guimaraes.jpg" border="0" alt="" hspace="6" vspace="2" width="150" height="190" align="right" />Quando se fala em programa de fidelidade algumas empresas acham que este servi&ccedil;o&nbsp;de marketing se restringe ao famoso cart&atilde;o de pontua&ccedil;&atilde;o. Para fazer do cliente um consumidor freq&uuml;ente &eacute; preciso entender que um programa de relacionamento n&atilde;o &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o promocional de curto prazo. Quem diz isso &eacute; F&aacute;bio Guimar&atilde;es (foto), Consultor Senior do Peppers &amp; Rogers Group para a Am&eacute;rica Latina e Ib&eacute;ria.</p><p>Em entrevista ao Mundo do Marketing, Guimar&atilde;es explicou como o profissional de marketing pode avaliar o investimento e retorno dos programas, quais s&atilde;o os caminhos para otimizar os investimentos na amplia&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o da base de clientes, entre outros.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o os principais passos para alinhar os programas de fidelidade com as estrat&eacute;gias e metas das empresas?</span><br />A primeira coisa que a empresa precisa ter claro &eacute; o porqu&ecirc; ela precisa de um&nbsp;programa de fidelidade. A empresa n&atilde;o deve pensar em fazer um programa apenas porque a concorr&ecirc;ncia j&aacute; tem. Os objetivos de um programa devem estar alinhados a uma estrat&eacute;gia de clientes corporativa e, portanto deve ser uma forma de alcan&ccedil;ar os objetivos da empresa. Dentro deste contexto, os programas podem ter um objetivo de neg&oacute;cio espec&iacute;fico ou ser uma plataforma de relacionamento com cliente que alinhe os diversos programas e a&ccedil;&otilde;es de uma empresa. &Eacute; importante entender que um programa de relacionamento n&atilde;o &eacute; a&ccedil;&atilde;o promocional de curto prazo. </p><p>Um outro passo importante &eacute; transformar os objetivos em metas num&eacute;ricas de forma que a toda empresa entenda quais s&atilde;o os resultados que ela pode esperar com essa iniciativa. Isso garantir&aacute; uma comunica&ccedil;&atilde;o e um entendimento coorporativo do programa (n&atilde;o somente da &aacute;rea respons&aacute;vel), permitir&aacute; a equipe respons&aacute;vel gerenciar o programa de acordo com metas estabelecidas e fundamentalmente facilitar&aacute; o reporte de resultados a equipe executiva da empresa.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Quando se fala em programa de fidelidade no Brasil muitos lembram logo do cart&atilde;o de pontos. O que fazer para se aprofundar neste servi&ccedil;o e realizar outras a&ccedil;&otilde;es?</span><br />Essa &eacute; uma abordagem do tipo &ldquo;preparar, apontar e fogo&rdquo;, onde a muitas vezes a empresa n&atilde;o entende os impactos e os benef&iacute;cios de desenvolver um programa de fidelidade alinhado com a estrat&eacute;gia de clientes da empresa. Se o programa n&atilde;o estiver vinculado &agrave; estrat&eacute;gia de clientes da empresa, pode virar s&oacute; mais uma ferramenta de marketing. O risco &eacute; que o programa ganhe vida pr&oacute;pria e n&atilde;o tenha nenhuma rela&ccedil;&atilde;o com os objetivos da organiza&ccedil;&atilde;o. Antes de desenhar um Programa de Fidelidade, a empresa precisa ter clara e formalmente definida uma estrat&eacute;gia de clientes. Isto &eacute; fundamental para o sucesso do programa.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Como desenvolver estas a&ccedil;&otilde;es?</span><br />Mec&acirc;nica de pontos &eacute; apenas um exemplo dentro de v&aacute;rias possibilidades de mecanismos que podem ser associados a um programa. O Carlson Marketing, l&iacute;der mundial em programas de relacionamento, classifica os mecanismos de benef&iacute;cio em: <br />1. Recompensa<br />2. Reconhecimento <br />3. Desconto <br />4. Afinidade <br />5. Coalis&atilde;o</p><p>Portanto, na formata&ccedil;&atilde;o da estrutura de benef&iacute;cios para seus clientes &eacute; importante avaliar os objetivos do programa, os pros e contras de cada mecanismo, entender as implica&ccedil;&otilde;es financeiras de cada um e as necessidades de seus clientes.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Como o profissional de marketing pode avaliar o investimento e retorno dos programas de fidelidade?</span><br />O ROI de programas de fidelidade &eacute; a rela&ccedil;&atilde;o entre duas vari&aacute;veis como base: investimento no programa (tecnologia, administra&ccedil;&atilde;o, pessoas, comunica&ccedil;&atilde;o e benef&iacute;cios) e o resultado incremental decorrente de uma mudan&ccedil;a de comportamento de seus clientes. Que tipos de mudan&ccedil;a? Aquisi&ccedil;&atilde;o de clientes mais rent&aacute;veis, aumento do n&iacute;vel de venda para seus clientes atuais e manter o cliente por mais tempo.</p><p>Para que o profissional de marketing possa implementar esse tipo de an&aacute;lise ele deve entender dois par&acirc;metros: programa e pessoas atrav&eacute;s de uma an&aacute;lise de causa e efeito, ou seja, como as pessoas reagem a determinados est&iacute;mulos do programa. Esse tipo de abordagem n&atilde;o somente permitir&aacute; ao gerente do programa medir o retorno sobre o investimento, mas tamb&eacute;m, proporcionar&aacute; ferramentas para o gerenciamento e otimiza&ccedil;&atilde;o do seu programa.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o as tend&ecirc;ncias dos programas de fidelidade?</span><br />A vis&atilde;o de um programa deve ser uma plataforma de relacionamento que permita a empresa aprender com o que o cliente, suas necessidades e prefer&ecirc;ncias. A cada intera&ccedil;&atilde;o a empresa ter&aacute; a possibilidade de personalizar algum aspecto do relacionamento, isso proporcionar&aacute; o desenvolvimento de uma rela&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a atrav&eacute;s da rela&ccedil;&atilde;o de aprendizado empresa e cliente. Por onde come&ccedil;ar:<br />1- Utilize os dados para entender necessidades e prefer&ecirc;ncias de seus clientes;<br />2- Redefina os objetivos do seu programa e implemente uma forma de mensur&aacute;-los;<br />3- Busque alinhar o conhecimento do cliente em toda a organiza&ccedil;&atilde;o para garantir uma experi&ecirc;ncia consistente nos diversos pontos de contato;<br />4- N&atilde;o espere, algum concorrente j&aacute; deve ter come&ccedil;ado esse processo.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Quais s&atilde;o os caminhos para otimizar os investimentos na amplia&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o da base de clientes?</span><br />O caminho &eacute; antes de desenhar o programa utilizar um processo de modelagem econ&ocirc;mica, pois este permite que a empresa tenha uma estimativa do impacto do programa no comportamento do cliente e tamb&eacute;m o ROI. Permite tamb&eacute;m que a empresa avalie os esfor&ccedil;os de marketing antes de tomar as decis&otilde;es que tenham impactos mais dif&iacute;ceis e caros. </p><p>O programa implementado permite que a empresa trace uma estrat&eacute;gia de aquisi&ccedil;&atilde;o mais alinhada. Permite que a empresa conhe&ccedil;a seus clientes de maior valor. Com esta informa&ccedil;&atilde;o, pode buscar no mercado clientes com comportamento semelhante a estes. &Eacute; o que chamamos de aquisi&ccedil;&atilde;o seletiva.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.1to1.com.br" target="_blank">www.1to1.com.br</a>&nbsp;</p>