<p class="titulomateria">O universitário pode se tornar fiel a sua marca?</p> <p>Por Caio Romano*</p> <p>O marketing atual fala em personalização. Também fala que proveniente dela, surge a retenção e a fidelização. Mas o que vejo, em minhas experiências nessa área, é que as organizações se preocupam com esses conceitos de uma forma macro. Mesmo quando a palavra é segmentar, o termo é aplicado para perfis de consumo generalistas e não nas reais verticais de mercado.</p> <p>Sim, o universitário pode ser considerado uma vertical de mercado. Simplesmente porque durante o período do curso superior, o aumento na renda mensal pessoal é de 56%. Para se ter uma idéia, os alunos universitários que cursam entre o 4º e o 6º ano têm um ganho por mês representado por cerca de R$ 1,2 mil. Muitos ainda contam com o apoio financeiro dos pais, possibilitando que essa remuneração seja destinada a compras particulares, o que alavanca o potencial de consumo. Mas, por falta de conhecimento deste perfil por parte das companhias, fruto da própria falta de divulgação desse nicho, o setor perde investimentos.</p> <p>Quando os jovens assimilam e interiorizam as marcas, as propagandas, sejam elas focadas em ações promocionais, anúncios etc, ganham mais eficiência e a imagem de uma marca tem maior probabilidade de fixação positiva. Todos sabemos que identificar e dirigir a comunicação significa segmentar e atingir, mais facilmente, o público desejado.</p> <p>No caso do público jovem, mais especificamente, o Universitário, a segmentação da audiência não só pode como deve ser mais aproveitada. Um dos caminhos é detectar as diferenças entre o público homogêneo e a massa heterogênea. O primeiro é caracterizado como uma “tribo” que possui, em sua maioria, as mesmas vontades e semelhanças entre os membros. A segunda é formada por indivíduos que não se conhecem e, mais provavelmente, não têm as mesmas características.</p> <p>Aí entra uma das facilidades na forma de comunicação dirigida. O tempo de resposta é muito mais ágil quando você fala a mesma língua com um mesmo grupo. Você pode ter diversos formatos de comunicação, para diferentes grupos. Mas a vantagem é que você padroniza ao mesmo tempo em que personaliza. Padroniza porque tem uma ação para um grupo e conversa com um número maior de pessoas, mas personaliza porque mesmo neste grupo, a sensação é de uma conversa one to one, justamente porque os costumes são semelhantes entre si.</p> <p>Os agrupamentos se dão por afinidade e a mais comum delas é a união por faixa etária. Os jovens se agregam por ideais e, principalmente, pela busca de novidades, já que as dúvidas acompanham o processo de amadurecimento.</p> <p>Nesse momento, a procura pelo desconhecido é constante. Certamente, um período excelente para auxiliar na formação de seu perfil comportamental. O marketing atual não trabalha o produto ou serviço por si mesmo. Ele já traz ferramentas que valorizam o lado pessoal, muito além do simples incentivo à compra. É extremamente diferente desenvolver uma comunicação com apelo emocional para gostos já particularizados e para um público em fase de formação de opinião.</p> <p>Aqui falo da fase de inserção na inserção. Significa inserir uma marca em um público que está inserindo conhecimentos em sua personalidade para formação de seus gostos. O ciclo natural de fases em nossas vidas é composto pela infância, juventude, adulta e terceira idade. E então, qual fase pode ter maior aderência em na fidelização de sua marca? É só pensar que se ela for fiel a sua marca hoje, a tendência de sua continuidade amanhã só dependeu de você mesmo.</p> <p>*Caio Romano é Diretor Geral da Mundo Universitário, agência de publicidade, promoções e eventos. E-mail: <a href="mailto:caioromano@mundouniversitario.com.br">caioromano@mundouniversitario.com.br</a></p>