A digitalização chegou para todo mundo. Isso a gente sabe. Os negócios precisam do meio digital para sobreviver e os consumidores se acostumam rapidamente às novidades tecnológicas. Mas e os profissionais por trás de toda essa migração?

Muitas vezes, as tecnologias avançam mais rápido do que é possível acompanhar. Equipes de todo o mundo estão correndo contra o relógio imaginário da inovação, prontas para mudarem as regras do jogo mais uma vez. Assim que alguém consegue, todos os outros precisam se reorientar e voltar a correr.

Se você quer se tornar um bom profissional, em qualquer área que seja, sabe que terá que estudar e praticar muito ao longo da sua carreira. No nosso meio, porém, não há tempo. Ou você acompanha, ou você fica para trás. E é nesse embaraço que começam a faltar profissionais capacitados para determinadas funções. Essa é uma situação quase impensável em um país com o recorde de 14 milhões de desempregados. Simultaneamente, temos inúmeras vagas sendo abertas nas áreas de tecnologia, marketing digital, ciência de dados e e-commerce, conforme divulgaram as maiores empresas de recrutamento, como Catho, Indeed e Banco Nacional de Empregos (BNE). O aumento na procura de alguns cargos nessas áreas aumentou tanto, no ano passado, que foi de 250% até mais de 1000% em relação a 2019.

Mas somos apenas humanos, não é mesmo? Ninguém consegue se graduar em uma semana ou apenas baixar o conhecimento para o cérebro. O estudo continua sendo indispensável e, sim, vai levar tempo até estar pronto para encarar os desafios específicos nessas vagas. Então qual a saída?

A resposta está nas características pessoais, mais do que nas habilidades. Essas são a capacidade de colocar um conhecimento em prática, e sempre podem ser aperfeiçoadas com o tempo. As características de perfil, por outro lado, dizem respeito à maneira como você encara o trabalho.

Para listar um pouco do que cria o perfil de um bom profissional digital, temos:

– Capacidade analítica;
– Versatilidade;
– Criatividade;
– Organização;
-Dinamismo;
– Autogestão;
– Comunicabilidade.

Essas aptidões constroem alguém pronto para mudanças, rápido na adaptação e preparado para aprender.

Depois de estudar o básico, que norteia todas as outras alterações na carreira, você passa a construir a área ao lado dos seus colegas. Esse é um pensamento-chave: fazer parte da mudança é mais importante do que seguir a mudança.

Portanto, para o preenchimento das vagas digitais (que serão cada vez mais comuns), sinto que muitos profissionais podem trabalhar suas aptidões, até mais do que suas habilidades.

O mesmo vale para empresas na seleção; ao invés de focar tanto no nível de experiência com determinada ferramenta, por exemplo, que tal observar se o candidato está disposto a aprender rapidamente? Ou, talvez, ele ainda não conheça as métricas de cor, mas se mostra capaz de analisar dados como ninguém. Por que não tentar?

Se eu tivesse que resumir o que quero dizer, seria:

Profissionais, concentrem-se no que torna vocês diferentes para o mercado.

Empresas, não desperdicem potencial.

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