O ano do Nanomarketing
Para o Marketing, os desafios se renovam. Será mais um período de busca cada vez mais difícil por conquistar o consumidor
Por Redação - 07/01/2008 Reportagens
<p><strong>O ano do Nanomarketing</strong></p><p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:bruno@mundodomarketing.com.br">bruno@mundodomarketing.com.br</a></p><p>A cada ano que passa, h&aacute; uma nova forma de fazer Marketing. N&atilde;o que os conceitos, m&eacute;todos e ferramentas criados h&aacute; 20, 30, 40 anos n&atilde;o funcionem mais. Pelo contr&aacute;rio, est&atilde;o sempre se provando eficientes. Nascem novos modelos de fazer marketing porque o consumidor muda, a economia muda, o cen&aacute;rio competitivo muda, tudo muda com o virar da p&aacute;gina do calend&aacute;rio. N&atilde;o precisa ir muito longe na linha do tempo para ver o quanto se transformou a maneira de atingir e conquistar o consumidor no Brasil. </p><p>Em 1994, apenas 14 anos atr&aacute;s, o pa&iacute;s ensaiava a sua estabilidade econ&ocirc;mica com o lan&ccedil;amento do Plano Real. Hoje, os pre&ccedil;os j&aacute; n&atilde;o s&atilde;o mais balizadores de qualidade e de diferencia&ccedil;&atilde;o, at&eacute; para a baixa renda. Criou-se tamb&eacute;m um mundo de oportunidade para novos produtos. A batalha pelo&nbsp;bolso do consumidor, at&eacute; ent&atilde;o vencida com facilidade pela ind&uacute;stria, pelo varejo e pela comunica&ccedil;&atilde;o de massa, come&ccedil;a a ganhar contornos de guerra. A camada mais pobre passa a ter poder de consumo. A classe m&eacute;dia e os ricos mergulham no mercado de luxo. </p><p>Voltando a 1995, a Internet d&aacute; seus primeiros passos. Em 1998, a privatiza&ccedil;&atilde;o do Sistema Telebr&aacute;s deu in&iacute;cio a outra revolu&ccedil;&atilde;o. Hoje, um telefone em casa j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais mist&eacute;rio, somos mais de 100 milh&otilde;es de brasileiros com celulares no bolso, centenas de canais na TV a cabo e os dezenas de milh&otilde;es de brasileiros conectados &agrave; Internet. Tudo isso forma a receita perfeita para a fragmenta&ccedil;&atilde;o da m&iacute;dia, sem contar na m&iacute;dia imprensa que continua crescendo no Brasil e no surgimento de novas m&iacute;dias. Em termos de consumo, s&oacute; no &uacute;ltimo Natal, os brasileiros gastaram mais de R$ 1 bilh&atilde;o em compras pela Internet, segundo a e-bit. Bem longe dos mais de&nbsp;US$ 20 bilh&otilde;es gastos pelos norte-americanos, &eacute; verdade, mas bem perto do retrato que mostra um novo consumidor brasileiro. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Como sempre, conhecer o consumidor &eacute; essencial</span><br />E &eacute; este consumidor que imp&otilde;e desafios ainda maiores aos profissionais de marketing em 2008. O ano ser&aacute; marcado pela intensifica&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es de marketing cir&uacute;rgicas e mensur&aacute;veis. Bem-vindo ao Nanomarketing, termo cunhado pela The Mattis Group, uma ag&ecirc;ncia de marketing da Philadelphia, nos EUA. O Nanomarketing identifica, coleta e organiza de forma inteligente o perfil de cada cliente e prospect, promove a comunica&ccedil;&atilde;o e intera&ccedil;&atilde;o de forma customizada e analisa todos retornos dos consumidores, principalmente no meio on-line. </p><p>No Brasil, j&aacute; h&aacute; quem siga esta estrat&eacute;gia. &ldquo;&Eacute; o marketing direcionado a nichos de comportamento, n&atilde;o de segmento&rdquo;, explica Aloisio Sotero, Diretor de Marketing Direto da Dufry no Brasil. &ldquo;Uma mesma pessoa pode ter diferentes comportamentos e o Nanomarketing orienta as a&ccedil;&otilde;es de acordo com a circunst&acirc;ncia de momento&rdquo;, conta Sotero, para quem a melhor forma de atuar neste modelo &eacute; estando atento ao comportamento do consumidor, seja atrav&eacute;s dos meios tradicionais de banco de dados, seja pelas redes sociais. &ldquo;O marketing nunca foi t&atilde;o circunstancial&rdquo;, ressalta Sotero.</p><p align="center"><span class="texto_laranja_bold">Entenda o Nanomarketing<br /></span><img class="foto_laranja_materias" title="Entenda o Nanomarketing" height="298" alt=" " src="images/materias/reportagens/nanomarketing.jpg" width="520" border="0" /></p><p>Em cada momento&nbsp;&ndash; no trabalho, no cafezinho, no corredor, em frente ao computador, de olho no celular, navegando na Internet, em casa, na rua, no metr&ocirc;, no carro, na terra, no ar, fazendo aventura, deitado na rede, comprando, passeando sem compromisso, e em uma infinidade de situa&ccedil;&otilde;es &ndash; o consumidor espera ser abordado de uma forma. Ou espera n&atilde;o ser abordado. Publicidade, mala direta, e-mail marketing, a&ccedil;&atilde;o de relacionamento, promocional, merchandising, brand entrenteiment, mensagem no MSN, banner na internet, buzz marketing, a lista n&atilde;o tem fim, mas a verba sim.</p><p>Por isso, o Nanomarketing, mesmo que praticado h&aacute; tempos por alguns sem tanta intelig&ecirc;ncia por tr&aacute;s, ser&aacute; fundamental para medir o retorno de cada a&ccedil;&atilde;o, sem esquecer de conhecer o consumidor, algo que parece batido, como promover inova&ccedil;&otilde;es, mas que ainda s&atilde;o calos para muitas empresas e determinantes na perman&ecirc;ncia e conquista de novos clientes. </p>