Nubank, Google e Mercado Livre são as marcas mais valiosas do Brasil, segundo análise do Brand Asset Valuator (BAV), ferramenta proprietária da WPP, de gerenciamento de marca e banco de dados, constituindo o maior estudo global sobre as percepções do consumidor em relação às marcas. O resultado foi apresentado na sexta, dia 10, durante a edição 2022 do prêmio As Marcas Mais Valiosas do Brasil.

O estudo apresentou três rankings, sendo o primeiro considerando As Marcas Brasileiras Mais Fortes, com Nubank na liderança; o segundo ranking, com as Marcas Internacionais Mais Fortes presentes no Brasil, com Google no topo; e o terceiro ranking, que aponta as Marcas Brasileiras Mais Valiosas, que tem o Mercado Livre em primeiro lugar.

Marcelo Bicudo, CEO da Superunion Brasil, explicou que os critérios para a elaboração do ranking das marcas mais valiosas e mais fortes do Brasil obedecem a normas e um processo rígido de avaliação de marcas, com dois componentes muito importantes: análise financeira e análise de atributos da marca. “Muito interessante perceber como o contexto no qual vivemos os dois últimos anos, bem como a intensa digitalização dos negócios modifica a paisagem que nos acostumamos a ver das marcas mais fortes ou valiosas. Novos hábitos, novos comportamentos dos consumidores, em jornadas híbridas são, de certa forma, capturados pelo estudo que desenvolvemos”, explica o CEO da Superunion.

Marcas Brasileiras Mais Fortes

O primeiro estudo considerou apenas marcas de origem brasileira ou que possuem uma operação predominantemente em território nacional. Os dados do BAV para o Brasil são baseados em pesquisa de natureza qualitativa, com base em 16 mil entrevistados em 132 categorias ao longo do segundo semestre de 2021, abrangendo mais de 1.600 marcas.

Foram consideradas marcas fortes aquelas com motores de crescimento e geração de valor, ao catalisar o momentum de uma marca em um pilar fundamental: Força da Marca (Brand Strength), composto pela combinação de Diferenciação e Relevância”.

Para Marcelo Bicudo, o ranking não traz surpresas, mas novidades como a ascensão de empresas de tecnologia como Nubank e iFood nos últimos dois anos. “São duas marcas queridas e com presença recorrente na vida dos consumidores, o que consolida suas posições”, afirmou.

O momento pandêmico no qual as pessoas se voltaram mais para suas casas, segundo ele, explica o crescimento de Tramontina e Brastemp, assim como a valorização do empreendedorismo, dada a crise vigente, trouxe valiosos frutos para a marca Sebrae.

Marcas mais fortes do Brasil 

1.    Nubank
2.    Tramontina
3.    iFood
4.    O Boticário
5.    Lojas Americanas
6.    Magazine Luiza
7.    Natura
8.    Sebrae
9.    Cacau show
10.    Brastemp

Marcas Globais mais Fortes no Brasil

Para as marcas internacionais mais fortes no Brasil, a mesma pesquisa de dados apontou empresas multinacionais de tecnologia, com Google à frente, seguido por marcas de plataformas de redes sociais/conteúdo e streaming, como YouTube, Whatsapp, Netflix, Instagram, bem como marcas de produto e plataformas tecnológicas, tais como Windows, Samsung, Android e Disney, a única que não tem sua origem no mundo digital.

1.    Google
2.    YouTube
3.    WhatsApp
4.    Netflix
5.    Instagram
6.    Windows
7.    Samsung
8.    Android
9.    Disney
10.    Apple

Marcas mais Valiosas do Brasil

No cruzamento dos dados do BAV, da Economatica e Brazil Panels com uma análise financeira de valoração da TM20, o estudo calculou os valores das principais marcas brasileiras, com destaque para o Mercado Livre, que atingiu R$ 11,4 bilhões.

Marcas mais Valiosas do Brasil 
1.    Mercado Livre – R$ 11,4 bilhões
2.    Itaú – R$ 8,2 bilhões
3.    Bradesco – R$ 4,2 bilhões
4.    Vivo – R$ 3,7 bilhões
5.    Nubank – R$ 3,6 bilhões
6.    Natura – R$ 2,9 bilhões
7.    Magazine – R? 2,5 bilhões
8.    Skol – R$ 1,7 bilhão
9.    Petrobras – R$ 1,7 bilhão
10.    Atacadão (Carrefour) – R$ 1,6 bilhão

A análise de dados e o desenvolvimento dos rankings foi realizada pela Superunion, consultoria de marca da WPP, e pela TM20. São parceiras do projeto a Economatica, Brazil Panels, ESPM e Grey. Os resultados do estudo foram apresentados pela IstoÉ Dinheiro, em evento na ESPM, em São Paulo. Esse ranking é publicado desde 2003 pela revista IstoÉ Dinheiro e, desde seu início, Eduardo Tomiya, sócio-fundador da TM20, tem sido o coordenador técnico do estudo.

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