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Mercado de US$ 2,5 bilhões em 2020, cloud computing atrai setor público

Mercado de US$ 2,5 bilhões em 2020, cloud computing atrai setor público


Tecnologia é usada por cerca de 30% das instituições de governo do país, e outras 35% avaliam investimentos na computação em nuvem.

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No Brasil, cerca de 30% das instituições das diversas instâncias de governo utilizam tecnologia de cloud computing, de acordo com a pesquisa HDI AGOV, enquanto 35% estão em fase de análise de investimento nesta direção.

A adesão crescente faz parte das estratégias do setor público para crescer em um mercado que, de acordo com estudo da GlobalData, movimentará receitas de US$ 2,5 bilhões em 2021, sendo usado por cerca de 94% das empresas brasileiras.

Segundo especialistas, apesar de viver uma fase de maturação no Brasil, o uso de cloud computing pela área pública é essencial para a expansão de serviços e recursos para todas as esferas de atendimento e operação - da educação à saúde, do transporte à justiça, muitos órgãos podem se beneficiar desta tecnologia, pautando nela a evolução de seus processos e entregas ao cidadão.

Fabiano Barcelos, diretor Operacional da LTA-RH, empresa especializada em tecnologia para o setor público, avalia que países como Cingapura, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos já estão avançados no uso da computação em nuvem por órgãos públicos.

"Na maioria, as adoções de cloud computing pelo governo brasileiro se atêm a serviços de e-mail e suítes de aplicativos de escritório. Na área de infraestrutura, como armazenamento, processamento e rede, ainda há muito para evoluir", avalia Barcelos. "E é justamente essa evolução que trará real inovação da área pública nacional por meio da computação em nuvem. A infraestrutura para cloud potencializa investimentos em armazenamento e processamento, uma vez que entrega plataformas flexíveis, passíveis de aumento sob demanda com menor custo para os cofres públicos", complementa.

O diretor explica que a manutenção das redes e demais componentes de infraestrutura, no formato em nuvem, também é um diferencial, já que é feita por empresas terceirizadas especialistas em suas áreas, assegurando serviços qualificados e operações rodando sem interrupções.

Isso pode se refletir em diversos aspectos. Desde sistemas de órgãos de saúde, educação, atendimento ao cidadão e outros sempre no ar, minimizando onerosas e dispendiosas horas de serviços não prestados por quedas de rede, até o aumento da inovação e dos investimentos do país em tendências globais, como IoT e Smart Cities.

O quadro é de otimismo, mas a passos lentos: em 2017, somente 18% das prefeituras brasileiras já tinham algum projeto nesta linha, segundo a pesquisa TIC Governo Eletrônico.

O estudo revelou que, dentre os municípios que já investem em cloud computing e tecnologias de conectividade e infraestrutura para melhorar serviços, alguns ganhos já se mostram, principalmente nas áreas de transportes, trazendo segurança e agilidade aos ônibus municipais, iluminação, gerando economia de energia, e controle de tráfego, melhorando a inteligência no monitoramento de semáforos e vias.

A prestação de serviços públicos pela Internet também é um ponto que tende a evoluir com o aumento dos investimentos em infraestrutura qualificada e cloud computing.

Hoje, apesar de 90% dos órgãos públicos estaduais e federais terem websites, só 25% deles oferecem serviços básicos à população por este meio, e isso se dá em muito pela falta de estabilidade das plataformas online.

"De fato, o investimento sólido em infraestrutura de TI e o foco na rodagem de sistemas e plataformas em nuvem, com bases robustas e seguras, é um passo significativo para que a Transformação Digital no Brasil não se atenha à esfera privada. Órgãos públicos têm de atentar para as demandas da inovação e acompanhar o ritmo evolutivo da tecnologia, caso contrário os serviços perecerão, a gestão terá maior ônus em sua prestação e os cidadãos ficarão cada vez mais aquém do atendimento esperado", ressalta Barcelos.

Como é possível fazer isso licitando as aquisições e abrindo oportunidades de participação igualitária para todos os fabricantes de renome mundial, desde que reúnam as condições tecnológicas necessárias e preços competitivos, também a administração pública poderá desfrutar de toda essa tecnologia sem descuidar dos trâmites legais aos quais está vinculada.


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