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Inflação x poupança: previsão para 2018 não é animadora para caderneta

Inflação x poupança: previsão para 2018 não é animadora para caderneta


Queda da Selic e impacto da inflação no rendimento da poupança têm incentivado muitos brasileiros a buscar opções mais rentáveis

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De acordo com previsões divulgadas esta semana no Relatório Focus, feito pelo Banco Central, houve elevação da estimativa de inflação para 2018. O levantamento foi realizado com analistas e profissionais de mais de 100 instituições financeiras.

Para a inflação, medida a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado financeiro subiu a estimativa de 4,30% para 4,40% em 2018. Esta mudança implica na quarta alta consecutiva do índice.

A decisão de aumentar as estimativas para a inflação este ano foi influenciada, entre outros fatores, pela alta do IPCA em setembro. O resultado de 0,48% foi o maior registrado no nono mês desde o ano de 2015, sendo impulsionado pelos preços de transportes e combustíveis.

Mesmo com o aumento da previsão, no entanto, a expectativa do mercado continua abaixo da meta de inflação para 2018, que é de 4,50%. Para 2019, a estimativa dos economistas no último Relatório Focus é que a inflação fique em 4,20%.

Acompanhar as previsões para a inflação, além de ser um dado importante para entender o momento econômico do País, é também necessário para tomar decisões de investimento em busca de melhores resultados.

Quem aplica dinheiro na poupança, por exemplo, tem percebido que os retornos estão deixando a desejar. A caderneta tem entregado rendimentos baixos, se comparados a outros investimentos tão seguros quanto ela.

Mesmo mantendo o status de favorita dos brasileiros, a poupança não tem tido seu melhor ano em 2018. Com um rendimento mensal de cerca de 0,37%, muitas pessoas têm percebido que a caderneta não é a melhor opção para fazer o dinheiro render mais.

Com as consecutivas quedas da taxa Selic, que começaram em 2017, os juros da poupança ficaram menos atrativos. A regra para calcular o rendimento da poupança, quando a Selic está igual ou menor que 8,50% ao ano, é de 70% da taxa mais Taxa Referencial (que ultimamente está em zero).

Com a manutenção da Selic em 6,50% nos últimos meses, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é provável que o rendimento da poupança permaneça em 0,3715% ao mês. Ou seja, a estimativa é de que a caderneta continue rendendo cerca de 4,55% ao ano em 2018.

Assim como a poupança, outros investimentos de renda fixa, entre títulos e fundos, também foram afetados pelos cortes na Selic. Junto a isso, soma-se o baixo rendimento real da aplicação na poupança, isto é, os rendimentos descontada a inflação.

Um exemplo disso ocorreu em junho, quando a caderneta rendeu 0,37% no mês e a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou a 1,26%. Ou seja, no sexto mês de 2018, a poupança teve rendimento negativo, ficando abaixo da inflação. Esse resultado, como se pode imaginar, implica em uma queda no poder de compra de quem tem valores investidos na caderneta.

No mês seguinte, a poupança não ficou no vermelho, mas também não entregou um resultado muito bom. Em julho deste ano, o rendimento foi de 0,37%, contra 0,33% do IPCA naquele mês.

No acumulado dos últimos 12 meses, de outubro de 2017 até setembro de 2018, os valores também não são muito animadores. Nesse período, a inflação ficou em 4,53% enquanto a poupança rendeu 4,84%. Com isso, o cálculo do ganho real da caderneta está em 0,30%, sendo prejudicado especialmente pela inflação do mês de junho.

O ganho real baixo é um ponto de atenção para quem quer ver o dinheiro rendendo mais. A perda de poder de compra por causa da inflação pode provocar grande frustração nos investidores. Por isso, é importante buscar opções mais rentáveis no mercado.

Quem busca alternativas que exijam baixos valores e ofereçam liquidez, pode se interessar pelos títulos do Tesouro Direto. De fato, a facilidade de adquirir esses títulos públicos e a possibilidade de fazer tudo pela internet tem atraído muitos brasileiros.

Quem está pensando em investir em busca de um futuro melhor também pode encontrar boas opções de Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Letras de Crédito (LCI e LCA). Essas possibilidades oferecem a mesma segurança da poupança (a garantia do Fundo Garantidor de Créditos - FGC) e, no caso das LCI e LCA, também são isentas de Imposto de Renda para Pessoa Física.

Para aqueles com perfil mais arrojado, a Bolsa de Valores tem oferecido oportunidades interessantes. Nos anos de 2016 e 2017, a Bolsa entregou o melhor resultado entre os investimentos regulamentados no País.

O principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, registrou valorização de 26,86% em 2017. Esse resultado superou, e muito, o desempenho de investimentos em renda fixa, como a poupança, e também ficou acima da inflação projetada para o ano passado, que era de 2,79%. Em 2016, a Bolsa teve retornos ainda mais impressionantes, fechando o ano também na primeira posição entre os melhores investimentos com um resultado positivo de 38,9%.



Website: https://artigos.toroinvestimentos.com.br/poupanca-rendimento-hoje


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