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Experimento realizado por Jorge Moll, trabalha a “leitura de pensamento”

Experimento realizado por Jorge Moll, trabalha a “leitura de pensamento”


A ideia do estudo era, a partir da atividade cerebral dos voluntários da pesquisa, descobrir que música eles estavam ouvindo

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No último dia 2 de fevereiro, os resultados de um estudo realizado pelo neurologista Jorge Moll Neto vieram a público, através da revista acadêmica Scientific Reports. O estudo investigou se era possível para um computador, a partir de imagens cerebrais, adivinhar que música as pessoas estavam ouvindo. O experimento envolveu uma máquina de ressonância magnética, um computador, seis voluntários e 40 músicas.

De acordo com o site do Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa, "o trabalho contribuiu para o aperfeiçoamento da técnica que, no futuro, pode ter aplicações em estudos sobre imaginações auditivas e vozes internas, além do desenvolvimento de tecnologias que permitam comunicação com pessoas que não podem falar nem se mexer, por exemplo".

A dinâmica de trabalho foi a seguinte: em um primeiro momento, os voluntários ouviram trechos das 40 músicas selecionadas de vários estilos - clássica, pop, jazz, rock, entre outros. O papel do aparelho de ressonância magnética, nesse momento, era monitorar a atividade cerebral. Um computador, por sua vez, tinha a missão de aprender de cada participante a identificar padrões de atividades cerebrais geradas por cada trecho de música que era escutado, considerando aspectos sonoros como tonalidade, dinâmica, ritmo e timbre, por exemplo.

A expectativa dos envolvidos na pesquisa desenvolvida por Jorge Moll Neto era de que o computador, em seguida, conseguisse realizar o caminho inverso, ou seja, identificar a música ouvida pelos voluntários em determinado momento, apenas por meio da observação das atividades cerebrais deles. E essa foi a segunda etapa do experimento. Nessa etapa, enquanto os participantes escutavam a música, o computador, levando em consideração as imagens geradas pela ressonância, deveria apontar, entre duas opções, qual era a música que estava sendo ouvida. Nesse experimento, a taxa de acerto chegou ao percentual de até 85%.

No entanto, esse número caiu quando o nível de dificuldade do teste realizado aumentou - o computador passou a ter que escolher não mais entre duas, mas, sim, entre dez opções diferentes de música. O percentual de acerto foi de 74% nesta etapa - o que ainda representa um índice de acertos bem alto.

A expectativa para o futuro é que esse tipo de pesquisa contribua na busca de soluções de comunicação que independam da linguagem escrita ou falada. "Poderemos apenas imaginar uma canção, e o equipamento transcreverá seu conteúdo", ambiciona o neurocientista e pesquisador do Instituto D’Or, Sebastian Hoefle. Hoefle foi um dos autores do trabalho em questão - o experimento também foi realizado em parceria com pesquisadores da Alemanha, da Finlândia e da Índia.

Para Sebastian Hoefle, a chamada decodificação cerebral é uma área de estudo capaz de abrir diversas outras portas para a ciência entender o funcionamento do cérebro humano, bem como, interagir com ele através das máquinas.



Website: http://www.jorgemoll.com.br


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