Você já ouviu falar no chamado Desafio de Bonn? Trata-se de um esforço internacional de recuperação da paisagem florestal – a intenção é restaurar 150 milhões de hectares de áreas desmatadas ou degradadas até 2020, e uma extensão adicional de 200 milhões de hectares até 2030. A iniciativa foi lançada em setembro de 2011, durante mesa redonda em Bonn, na Alemanha. Nesse contexto, no âmbito do Desafio de Bonn, na América Latina e no Caribe, os governos comprometeram-se, também até 2020, a restaurar 20 milhões de hectares como parte da Iniciativa 20x20.
Ou seja, o que não falta são hectares de terra degradada que oferecem oportunidades de restauração – em todo o mundo são mais de dois bilhões, uma extensão maior que a América do Sul. Sendo que, grande parte destas terras encontram-se em áreas tropicais e temperadas. Todo esse esforço, no entanto, pode render dividendos. É o que reportam os sócios da empresa de reflorestamento ambiental Floresvale, Rodrigo e Michel Terpins.
De acordo com a diretora executiva da Society for Ecological Restoration, Bethanie Walder, "investir na restauração ecológica faz sentido do ponto de vista econômico e também ecológico". Rodrigo e Michel Terpins destacam que a estimativa do World Resources Institute (WRI) é de que os US $ 1,15 bilhão já destinados à Iniciativa 20x20 poderiam resultar em retornos econômicos de US$ 23 bilhões nos próximos 50 anos – isso é o equivalente a cerca de 10% do valor das exportações de alimentos na região. Outro ponto positivo é que, nesse mesmo período, este programa poderia sequestrar quase cinco gigatoneladas de CO2, salientam os sócios da Floresvale.
Michel Terpins e Rodrigo Terpins sobressaem que o Brasil entra no Desafio de Bonn e também na Iniciativa 20x20 com uma contribuição voluntária para restaurar, reflorestar e promover a regeneração natural de 12 milhões de hectares até 2030. Ainda, a contribuição do país à iniciativa 20x20 também inclui a recuperação de cinco milhões de hectares de pastagens degradadas até 2020.
"Restaurar 12 milhões de hectares de terras florestais desmatadas e degradadas até 2030, através da restauração florestal, reflorestamento e regeneração natural são um caminho para o Brasil alcançar grandes reduções nas emissões para o Acordo de Clima de Paris", ressaltou a Diretora Executiva da WRI Brasil, Rachel Biderman. Ou seja, restaurar essas áreas também ajudará a suavizar os efeitos das mudanças climáticas, reproduzem os sócios Rodrigo e Michel Terpins.
A restauração ecológica tornou-se uma iniciativa fundamental para reverter parcial ou totalmente a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Bem por isso, alguns dos principais acordos e objetivos ambientais do mundo - como é o caso do Acordo de Paris e os Metas Aichi da Convenção sobre a Diversidade Biológica - exigem a restauração ecológica, como uma forma também de garantir a segurança da comida e da água e enfrentar outras ameaças ambientais globais, reporta Michel Terpins.
O que é a restauração ecológica?
Segundo a Sociedade para a Restauração Ecológica, a restauração trata-se do "processo de ajuda à recuperação de um ecossistema degradado, danificado ou destruído" - ou seja, a ideia é devolver um ecossistema à sua condição e trajetória natural, inclusive no contexto das mudanças climáticas.
A Floresvale
A Floresvale Reflorestamento foi fundada em 2009 e atua no manejo de florestas de eucalipto para serraria no Vale do Paraíba, entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Trata-se da principal empresa de base florestal focada em madeira sólida de eucalipto (DAP 30cm) no Vale do Paraíba e Sul Fluminense.
A Floresvale vem desenvolvendo um polo madeireiro sustentável, com 4.000 hectares de florestas manejadas, gerando empregos e oportunidades para parceiros locais - aproveitando o grande potencial florestal da região.
Website: http://floresvale.com.br/