<p class="titulomateria">Mundo Digital. A era 3.0 est&aacute; chegando</p> <p>Por Sandra Turchi*</p> <p>Se j&aacute; estava dif&iacute;cil para as empresas se adaptarem aos novos desafios do mundo 2.0 – pois tudo agora &eacute; 2.0!! – imaginem o que se passar&aacute; na cabe&ccedil;a dos empres&aacute;rios, e mesmo dos profissionais de Marketing, quando entenderem que a nova onda j&aacute; est&aacute; chegando, a WEB 3.0.</p> <p>Mesmo os neg&oacute;cios voltados para as classes populares tiveram que entender e procurar se adequar rapidamente &agrave; realidade trazida pela Internet. Hoje h&aacute; quase 60 milh&otilde;es de jovens das classes CDE que em breve se casar&atilde;o, con <script src="jscripts/tiny_mce/themes/advanced/langs/pt.js" type="text/javascript"></script> stituir&atilde;o fam&iacute;lias e ditar&atilde;o os rumos do consumo no pa&iacute;s. Esses jovens est&atilde;o hoje conectados, via internet ou celulares e frequentam comunidades virtuais como frequentam bares.</p> <p>Sendo assim, &eacute; fundamental saber como se comunicar com esse p&uacute;blico, pois hoje temos mais de oito milh&otilde;es de e-consumidores no pa&iacute;s.&nbsp; A internet h&aacute; muito deixou de ser um meio de divers&atilde;o ou um ve&iacute;culo que impacta somente uma pequena camada da popula&ccedil;&atilde;o.&nbsp; O Brasil &eacute; o primeiro em navega&ccedil;&atilde;o domiciliar, com 23 milh&otilde;es de lares conectados, seguido por EUA, Fran&ccedil;a, Austr&aacute;lia e Jap&atilde;o. Quase metade dos internautas brasileiros navega em cyber caf&eacute;s e lan houses. O brasileiro navega o equivalente a mais de 24 horas no m&ecirc;s e h&aacute; mais de 15 milh&otilde;es de pessoas conectadas em um &uacute;nico canal de mensagem instant&acirc;nea.</p> <p>A era da WEB 2.0 &eacute; marcada pela intera&ccedil;&atilde;o, pela participa&ccedil;&atilde;o, pois trouxe o consumidor para o palco, permitindo que sua voz fosse ouvida, que suas mensagens fossem levadas a s&eacute;rio pelas empresas e fez com que cada cidad&atilde;o se transformasse em m&iacute;dia. E essa realidade impacta diretamente as empresas e o consumo em geral, pois o internauta tem o poder de influenciar tanto na formata&ccedil;&atilde;o de novos produtos como de gerar at&eacute; mesmo a ru&iacute;na de uma marca, dependendo de suas a&ccedil;&otilde;es e de seu poder de influ&ecirc;ncia.</p> <p>H&aacute; v&aacute;rios casos de empresas que criaram blogs para se aproximarem de seus clientes, como outras que tem monitorado de perto as redes sociais mais importantes para acompanhar o que &eacute; comentado sobre seus produtos ou servi&ccedil;os e com isso procurar interagir, de diferentes formas, no sentido de minimizar insatisfa&ccedil;&otilde;es apontadas pelos consumidores.</p> <p>A nova onda, a WEB 3.0, tamb&eacute;m chamada de Web Sem&acirc;ntica, por sua vez se caracterizar&aacute; como a Internet inteligente, que transformar&aacute; o conte&uacute;do ainda desorganizado da internet em informa&ccedil;&atilde;o relevante para a tomada de decis&atilde;o, atrav&eacute;s do cruzamento de dados. Isso evitar&aacute; que recebamos uma &ldquo;enxurrada&rdquo; de p&aacute;ginas in&uacute;teis a cada busca realizada, por exemplo. Ao mesmo tempo, haver&aacute; cada vez mais sintonia entre o perfil de quem realiza a busca e as ofertas a ele apresentadas.</p> <p>Ainda h&aacute; uma longa jornada a ser percorrida, pois essa nova etapa depende de mais investimentos em tecnologia, para processadores cada vez mais potentes, e da unifica&ccedil;&atilde;o de padr&otilde;es, o que n&atilde;o &eacute; nada f&aacute;cil de ser obtido.</p> <p>Se por um lado esse futuro se mostra fascinante em termos de oportunidades de novos neg&oacute;cios e de agilidade no acesso a muitas informa&ccedil;&otilde;es, por outro tem trazido &agrave; tona, cada vez mais, os questionamentos sobre privacidade e sobre &eacute;tica, tendo em vista certas atividades impetradas pelas organiza&ccedil;&otilde;es voltadas para o desenvolvimento dessa nova onda.</p> <p>Para as empresas o que se torna imperativo &eacute; o acompanhamento dessa (r)evolu&ccedil;&atilde;o, para que n&atilde;o sejam pegas de surpresa quando essa nova onda – ou talvez seja um &ldquo;tsunami&rdquo; – chegar.</p> <p>* Sandra Turchi &eacute; Superintendente de Marketing da Associa&ccedil;&atilde;o Comercial de S&atilde;o Paulo e Professora da ESPM.</p>
Mundo Digital. A era 3.0 está chegando
13 de janeiro de 2009