Mudança do consumidor obriga varejo a mudar e a se diferenciar ainda mais 5 de fevereiro de 2009

Mudança do consumidor obriga varejo a mudar e a se diferenciar ainda mais

         

Best Buy e Rexall estudaram o comportamento do consumidor

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<p class="titulomateria">Mudança do consumidor obriga varejo a mudar e a se diferenciar ainda mais</p> <p>Por Bruno Mello<br /> <a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p>A crise norte-americana afetou a confiança do consumidor. Ele pode até ter algum dinheiro guardado e crédito, mas se ele não está confiante, não compra. E, quando compra, muda o hábito. Ao invés de ir ao restaurante, fica em casa e vai ao supermercado atrás de produtos diferentes. Esta mudança no comportamento do consumidor já está sendo vista nos Estados Unidos, acontecerá no Brasil e obrigará a indústria a repensar a ofert <script src="jscripts/tiny_mce/themes/advanced/langs/pt.js" type="text/javascript"></script>a de produtos e o varejo a mudar o seu conceito.</p> <p>“Com esta mudança do comportamento, os supermercados terão que se reinventar”, afirma Marcos Gouvêa de Souza, Sócio-sênior e diretor geral da consultoria GS&MD, especializada em Marketing e canais de venda durante evento realizado ontem no Rio de Janeiro. O Índice Nacional de Confiança do consumidor brasileiro, medido mensalmente pela ACSP/Ipsos, apresentou baixa de um ponto em janeiro deste ano, mas continua alto, marcando 138 pontos, diante dos 129 pontos medidos há um ano.</p> <p>Nos EUA, estima-se que 26% dos varejistas estão com problemas para manterem sua operação. Cerca de 150 mil lojas já foram fechadas. Quem luta pela sobrevivência está reduzindo as linhas de produtos e adiando investimentos. No Brasil, com ou sem crise, as lojas continuaram de pé e os consumidores vivos, destaca Alberto Serrentino, Sócio-sênior da GS&MD. “Em qualquer cenário, as pessoas continuarão comprando e fazendo escolhas. A questão hoje é ter estratégias voltadas para os clientes, conhecendo-os, segmentando-os e oferecendo um produto consistente”, afirma. “No supermercado, as pessoas não vão comprar produtos convencionais. Elas querem cada vez mais coisas elaboradas”, completa.</p> <p><span class="subtitulo<mce:sc<mce:<mce:script type="><br /> <img class="foto_laranja_materias" title="Mudança do consumidor obriga varejo a mudar e a se diferenciar ainda mais" border="0" alt="" width="300" height="258" style="float: left" src="images/materias/jcpenney.jpg" />Já há casos de sucesso</span><br /> Com novos valores, mudam os padrões de consumo e se impõem novos modelos de comercialização e de comunicação. “A meta agora, mais do que nunca, é se reinventar”, decreta Serrentino. “O consumismo está em baixa em detrimento de um consumo consciente. Ao invés de consumir muito, as pessoas passarão a consumir melhor”, completa. O consumidor também está cada vez mais flexível e a missão agora é integrar as lojas de tijolo com as virtuais, com as vendas por catálogo e com o celular.</p> <p>A JCPenney, maior varejista por catálogo, é um caso de sucesso nos EUA. O consumidor pode comprar em casa e retirar o produto na loja, comprar na loja tradicionalmente ou pela internet dentro da loja e receber em casa. “A Best Buy também vem trabalhando bem a integração depois de um profundo estudo sobre os desejos do consumidor”, destaca Serrentino. A varejista norte-americana pesquisou o perfil dos consumidores e, com isso, pôde criar lojas, produtos em co-brand e serviços únicos de acordo com o que consumidor desejava, como um notebook com as configurações preferidas dos clientes.</p> <p>No Brasil, o consultor aponta as lojas virtuais da Saraiva, Livraria Cultura, Ponto Frio e Fast Shop como exemplos maduros. “Só falta integrar mais os canais, o que as Casas Bahia já está começando a fazer com o lançamento de sua loja virtual nesta semana em que o consumidor compra on-line e retira o produto na loja sem pagar o frete”, analisa.</p> <p><span class="subtitulomateria"><span class="subtitulomateria"><img class="foto_laranja_materias" title="Mudança do consumidor obriga varejo a mudar e a se diferenciar ainda mais" border="0" alt="" width="200" height="200" style="float: right" src="images/materias/bestbuy.jpg" /></span>Varejo precisa de um conceito que o diferencie</span><br /> O cenário atual também obriga as empresas a otimizarem os ativos do varejo. São todos os canais de vendas, os estoques e a carteira de crédito. “O ponto-de-venda deve ter a localização correta, precificação consciente e alocação correta dos espaços”, diz Alexandre Horta, sócio-sênior e diretor da GS&MD. “É preciso ainda estimar a demanda, ter um abastecimento correto, promoções atrativas, identificar padrões de consumo e delimitar os riscos”, ensina.</p> <p>Essas e outras ações de relacionamento permitem conhecer melhor o comportamento do consumidor, o que gera ofertas que sejam realmente diferentes, como é o caso da rede de drogaria canadense Rexall, que tem mais de 1.800 lojas, incluindo outras bandeiras do grupo. “Ao entender melhor o consumidor através das atitudes, eles puderam oferecer ofertas com benefícios realmente interessantes para cada perfil de cliente, o que aumentou as compras, a retenção dos clientes, a frequência de idas às lojas, o ticket médio, a receita e a margem de lucro”, conta Horta.</p> <p>Os novos tempos para os varejistas são de buscar diferenciação para aumentar a rentabilidade, uma vez que a maioria dos produtos estão comoditizados. Se os produtos são iguais, os preços semelhantes, quem tem que mudar é a loja. “O varejo tem que criar ainda mais serviços e um posicionamento que se transforme em um conceito diferente, não de um revendedor de produto”, conclui Marcos Gouvêa de Souza.</p>


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