Insights: como o design digital está mudando o setor de turismo 1 de junho de 2016

Insights: como o design digital está mudando o setor de turismo

         

Desenvolvimento, lançamento e uso de quatro novos produtos conectados alteram de forma ainda pontual a experiência dos viajantes junto às empresas que atuam neste mercado

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Os novos comportamentos do consumidor, o aumento no acesso a smartphones e a explosão de canais digitais vêm impactando os mais diversos mercados. Os efeitos dessas mudanças nas ofertas, entretanto, estão mais nítidas em alguns setores do que em outros. Um dos que demonstra agilidade em absorver as novidades e dar respostas aos clientes é o de turismo – lançando um mundo de insights para outras companhias.

A Design Week em parceria com a IBM, no projeto Age of Design, mostra como o desenvolvimento de quatro novos produtos, que incluem funcionalidades digitais, vem revolucionando a forma como as pessoas viajam. O próximo passo seria oferecer uma experiência mais completa, de ponta a ponta na jornada de compra, em vez de apenas ações pontuais. Para isso, entretanto, as fronteiras entre a atuação de empresas complementares precisará se tornar ainda mais turva.

A previsão é de que os hotéis e as companhias aéreas, por exemplo, aproximem-se para desenvolverem ofertas personalizadas, indo além do que fazem as plataformas online de reserva. Conheça os quatro produtos que mostram como o design digital está mudando o setor de turismo:

1. Realidade virtual ganha vida
A aparentemente temporária interrupção na produção e nas vendas do Google Glass não deve desanimar as empresas dos mais diversos setores em relação a investimentos em experiências de realidade virtual – inclusive as de turismo. A tecnologia pode encantar especialmente os clientes entusiastas das novidades tecnológicas, como aposta a rede Marriott. Desde setembro do ano passado, os hóspedes de uma unidade de Londres e outra de Nova York, em plena Time Square, são convidados a começar uma jornada um pouco diferente das que estão acostumados, por meio do equipamento da Samsung.

Os consumidores podem escolher entre três cartões postais e abrir uma espécie de universo paralelo na sala dos hotéis preparada exclusivamente para a experiência. A viagem em 3D e 360 graus faz com que o turista seja transportado para uma loja de sorvetes em Rwanda, para as ruas lotadas de Beijing, ou para o topo das montanhas dos Andes chilenos.

2. Serviço de robôs
Assim como as experiências de realidade virtual já deixam a ficção e pipocam pelo mundo real, os robôs também tendem a estar cada vez mais presentes no dia a dia dos consumidores. E as inovações em tecnologia robótica abrangem das unidades industriais aos carros autônomos do Uber. O setor de turismo também vem aderindo a essa oportunidade, como mostra a experiências do cruzeiro Royal Caribbean’s Quantum of the Seas, que tem um robô garçom.

Desde novembro, o serviço ao cliente da KLM também lançou mão de um humanóide – o Spencer – para prestar atendimentos no aeroporto de Amsterdam. Um desses computadores inteligentes também está presente, desde 2014, no hotel Aloft, no Vale do Silício, entretendo os hóspedes tecnológicos que visitam a região e respondendo perguntas enviadas por smartphones. Já no Hilton, na Virgínia, um robô nomeado de Connie atua no concierge do hotel. Com tecnologia da IBM e o dados do guia de viagens WayBlazer, o humanóide pode responder perguntas tanto em relação aos serviços de quarto, quanto a locais turísticos da cidade.

3. APPs suavizam a viagem
O desenvolvimento de aplicativos já faz parte das estratégias de Marketing de empresas dos mais diversos setores, mas muitas dessas soluções ainda tropeçam em adesão. O grande desafio neste investimento é criar uma plataforma que seja realmente útil e tenha relevância suficiente para ganhar um espaço nos smartphones dos usuários. Um dos mercados que já consegue essa proeza é o de turismo.

Muitos APPs se mostram essenciais em viagens, como os de tradução, de aconselhamento em relação a locais a serem visitados nas proximidades e os de compra de passagens aéreas. Pouco a pouco as telas dos smartphones tomam o lugar dos tíquetes em papel, dando conveniência aos turistas. As plataformas que prometem simplificar a experiência nos aeroportos oferecem informações desde a localização do portão de embarque e o tempo de espera estimado, até dicas de lojas e restaurantes disponíveis no local.

A EasyJet é uma das companhias que desenvolveu sua ferramenta e a lançou no ano passado. A plataforma tem acesso a dados do aeroporto de Gatwick em tempo real e os combina às informações do passageiro. Por meio de notificações Push, alerta o cliente assim que o embarque é iniciado, informando o portão, por exemplo. Assim, os usuários da companhia não precisam ficar checando as telas do aeroporto a todo momento.

4. Malas inteligentes
Esqueça as malas que servem unicamente para guardar e proteger os pertences de um viajante. As opções inteligentes já disponíveis no mercado incluem GPS – para os passageiros não precisarem aguardar preocupados por sua bagagem nas esteiras dos aeroportos, sem ter certeza se ela embarcou no avião correto -, pontos de acesso wi-fi embutidos – para evitar a perda de sinal  em momentos triviais – e tranca acionada por biometria. Essas malas também podem estar conectadas a smartphones, enviando mensagens precisas de sua localização em periodicidade definida por seu proprietário.

Um dos produtos desenvolvidos nesta linha, a Bluesmart, foi viabilizado via crowdfunding no site Indiegogo, em 2014. Há ainda uma versão da Samsonite, lançada no ano passado, e a promessa de chegada ao mercado de uma opção da francesa Delsey, que vem ouvindo os consumidores a respeito das funcionalidades mais desejadas para esse tipo de produto.


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