Interatividade como esporte 15 de janeiro de 2008

Interatividade como esporte

         

Sinônimo de interatividade no Brasil, a TV Esporte Interativo chega ao patamar de dois milhões de torpedos por dia. Conheça a trajetória da empresa na visão de Carlos Moreira

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<p><strong>Interatividade como esporte</strong></p><p>Por Thiago Terra<br /><a href="mailto:thiago@mundodomarketing.com.br">thiago@mundodomarketing.com.br</a></p><p>A interatividade nunca esteve tão presente no dia-a-dia do brasileiro como hoje. A Internet e o celular chegam para completar o espaço aberto pela TV, na busca cada vez maior pela atenção e audiência do público. Neste caminho surge a Esporte Interativo, criada a partir da união de três profissionais com a intenção de levar mais informação e interatividade para os fãs de esporte. Após a Copa do Mundo de Futebol de 1998, Edgar Diniz, Leonardo César e Carlos Moreira inauguraram a Top Sports Ventures S/A, cuja proposta era fazer assessoria de marketing, negócios e consultoria financeira. Em seu primeiro job, a empresa adquiriu um mandado de busca de investidores para o Esporte Clube Vitória, da Bahia. Nascia a primeira grande estratégia da jovem companhia, que levou investidores, patrocínios, contrato com TV e licenciamentos da marca do clube. De acordo com Carlos Moreira, sócio da Esporte Interativo e sócio-fundador da Top Sports, o clube baiano arrecadou cerca de US$ 18 milhões.</p><p>Com 11 anos de trabalho dedicado ao esporte, Carlos Moreira, que antes de iniciar o projeto da Top Sports ocupava um cargo na Nike, fala que um dos maiores desafios de criar a empresa era com a desorganização em que o esporte se encontrava. “O maior desafio foi encontrar uma indústria desestruturada no Brasil e abrir espaço, ganhar credibilidade e gerar resultados dentro deste cenário”, conta Moreira em entrevista ao Mundo do Marketing.</p><p>De acordo com o executivo, no primeiro ano da empresa o foco era em clubes de futebol do Brasil, tanto que o trabalho era gerar receita para o clube baiano, Coritiba Football Club e Clube Atlético Mineiro. Após as dificuldades presentes no começo da trajetória, devido ao repasse de verbas por parte dos clubes, a “Top”  criou em seu segundo ano de vida uma fórmula de Campeonato de Futebol para os times do Nordeste do país. A Copa do Nordeste gerou R$ 1,5 milhão em investimentos, patrocinadores e direitos de transmissão. Estava comprovada a competência de uma empresa que começava a mostrar como é que se produz esporte. No primeiro ano, a Top Sports vendeu, entre direitos de transmissão para TV aberta e fechada e patrocinadores, R$ 10 milhões. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Empresa X Entidade</span><br />Em 2002, este número saltou para R$ 15 milhões, gerando assim um desconforto para entidades e empresas que gerenciam o esporte no Brasil. “Quando inventamos um histórico que outras competições copiaram, criamos um problema político para a CBF, porque ela se fortalece à medida que os campeonatos estaduais estão fortes”, diz Moreira.</p><p>Preocupada com o espaço perdido, a CBF – Confederação Brasileira de Futebol – decidiu criar então o Campeonato Brasileiro mais longo, com cerca de um ano de duração. Esta proposta se tornou mais econômica para algumas emissoras, já que com um Campeonato que fica mais tempo no ar, diminui a quantidade de compra de direitos de transmissão que não o do principal campeonato.</p><p>Na busca pela sua própria plataforma de transmissão e conteúdo, em 2003 surge a marca Esporte Interativo. Com a ajuda de 16 investidores, a empresa adquiriu espaço na grade da Rede TV. No ano seguinte, a marca já oferecia conteúdo nobre esportivo ao vivo e negociava contratos publicitários visando a atingir os telespectadores de TV aberta. “Nossa crença é no mercado de TV aberta porque o Brasil é um país com baixa penetração de TV paga”, alerta Moreira. </p><p style="text-align: center" align="right"><em>Foto: Germano Luders/Editora Abril</em><br /><img class="foto_laranja_materias" title="Interatividade como esporte" height="516" alt=" " src="images/materias/reportagens/esporte_interativo_socios.jpg" width="500" border="0" /><br /><span class="texto_laranja_bold">Time da Top Sports: Entre os artilheiros, Carlos Moreira, em pé, o segundo da direita para a esquerda</span></p><p><span class="texto_laranja_bold">Da TV para o mundo digital</span><br />Cerca de seis meses depois, a Esporte Interativo migrou para o canal da Band, onde ainda transmite alguns jogos. Em janeiro de 2007, iniciaram-se os trabalhos do canal Esporte Interativo com distribuição para todo o Brasil, em TV aberta. “Recebíamos oito jogos e transmitíamos apenas três deles. Foi quando pensamos em exibir todo o nosso conteúdo, o que nos direcionou à ter nosso próprio canal de TV”, aponta Carlos Moreira.</p><p>O negócio parecia promissor até a confirmação se concretizar em números. Com o lançamento do canal, a empresa viu o acesso ao site crescer dez vezes mais que o normal, assim como a resposta à interatividade oferecida em seu conteúdo. Assim, abriu-se o caminho para as produções de conteúdo próprio de jornalismo e ao planejamento da grade de transmissão atual. Segundo Moreira, na comunidade oficial da empresa no Orkut, é possível medir o número de pessoas que assistem ao conteúdo do canal, que hoje é considerada a maior plataforma de interatividade do país. “Atingimos o número de dois milhões de torpedos por mês”, revela. </p><p>Hoje, a TV Esporte Interativo cobre 18 milhões de domicílios com TV aberta. Após a criação do canal, o número de usuários que visitam o site triplicou em cima dos 1,7 milhões antes do novo projeto. Outro salto impressionante foi o do número de pessoas cadastradas no site Esporte Interativo. De 435 mil cadastrados, hoje a empresa conta com duas vezes mais usuários.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Serviço de qualidade e pessoas como diferencial</span><br />A TV Esporte Interativo cresce à medida que oferece serviços de qualidade e interatividade, além de contar com uma grade de transmissão internacional que não pode ser comparada com outras emissoras de TV aberta. De acordo com Moreira, o ponto de partida é o plano de fidelidade que premia aos cadastrados com motos e vídeo-game, além de levar os participantes para acompanhar de perto os jogos dos principais clubes e torneios da Europa. “Nosso trabalho é fazer com que cada vez mais pessoas se cadastrem. Para isso, temos que manter nossa audiência aquecida, interativa, com o telespectador de celular na mão ou na Internet interagindo”, acredita.</p><p>A empresa tem os funcionários como principal diferencial, afirma Moreira. De acordo com o executivo, a Esporte Interativo conta com a capacidade de atrair e reter bons profissionais. Assim, fica fácil entender quando a empresa apresenta um plano de conversão de funcionários à sócios após um período de cinco anos. “Hoje já temos cinco sócios por performance, que eram funcionários da empresa. Nossa cultura é meritocrática”, explica.</p><p>Para este ano que começa, Carlos Moreira aposta em mais crescimento na distribuição da TV pelo Brasil. “Em 2008, o nosso grande passo será aumentar a distribuição, que hoje atinge 1/3 das TVs abertas. Queremos atingir 2/3 e o desafio é cobrir 100% da distribuição por terra, cabo e aberta, no país”.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.esporteinterativo.com.br" target="_blank">www.esporteinterativo.com.br</a></p>


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