Esta é uma tendência solitária, mas expressiva. Segundo o IBGE, seis milhões de pessoas moram sozinhas no Brasil, ou 11% dos 54,6 milhões de domicílios brasileiros e este número deverá dobrar até 2012. Mas a primeira coisa que temos que notar é que não se trata de um grande grupo homogêneo. Ao contrário, temos perfis muitos diferentes, por exemplo, os jovens que saem de casa para estudar em outra cidade, os separados, a terceira idade e, em comum, as mulheres são maioria.
Há outros aspectos interessantes sobre as pessoas que moram sozinhas: são mais da Classe AB, estão mais concentradas nos grandes centros urbanos e São Paulo é a cidade que mais abriga pessoas que moram sozinhas. Face ao perfil, são consumidores exigentes e sob muitos aspectos ainda estão sem a devida atenção do ponto de vista de marketing e comunicação. Há ainda muitas oportunidades para melhor suprir as necessidades destes grupos, como alimentos em porções menores a preços atrativos e, mais do que isso, as pessoas que moram sozinhas se alimentam de forma irregular por falta de soluções.
Por este motivo uma grande oportunidade são serviços que facilitem a vida ou mesmo horários alternativos de serviços para quem precisa de algum reparo residencial e não tem ninguém em casa durante o horário comercial. De fato, as pessoas que moram sozinhas sentem-se sós quando percebem que não dão conta do recado e não existem serviços para atenuar a falta de tempo. Com isso chegar em casa e encontrar apenas um queijo mofado na geladeira é a gota d´água para a sensação de solidão. No marketing e na comunicação, raras são as empresas que estabelecem diálogo com quem mora sozinho. E aí a sensação de não existir é pior que a solidão.
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