
Recebi ontem um comunicado de impressa que me tocou bastante. A união da tradição contra a massificação do controle de grupos de luxo. O caso é a briga da empresa familiar Hermès, a mais alta escala do luxo no mundo e a gigante LVMH. Os herdeiros da família Hermès enfrentam, depois de algumas semanas, uma significativa ameaça financeira (leia aqui) e para tal recebem nesta semana, um apoio de peso: os 23 comitês de empresas do reputado grupo de luxo declararam nesta segunda feira, apoio total para os acionistas da família Hermès. Todos se uniram para "manter a independência" de Hermès face ao grupo LVMH que comprou parte do capital sem se identificar. Em um comunicado publicado no jornal Le Monde, os comitês das empresas declaram "manifestar o seu apoio e reafirmar a sua confiança na família Hermès na gestão para garantir a perenidade de um savoir faire único, suas competências, valores e cultura de uma casa que eles são profundamente ligados".
Para marcar um compromisso forte vis-à-vis do grupo familiar, os comitês utilizaram para a divulgação deste um dos códigos da empresa, já que a noticia foi divulgada na imprensa com o fundo em cor laranja. O texto é acompanhado por uma longa lista de empresas que trabalham em toda a França junto à Hermès. O segmento do couro, têxtil, tapeçaria, utensílios de mesa e perfumaria entre outros do luxo são representados. Esses comitês realizaram um gesto importante e marcaram mais uma vez a singularidade da Hermès no setor de luxo. As autoridades de mercado ainda estão conduzindo uma investigação para saber os métodos utilizados pelo grupo de Bernard Arnault, ao adquirir a participação de 17,07% do capital Hermès. A colaboração "amigável" evocada por LVMH foi transformada em "guerra fria". Achei de uma dignidade incrível!
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