Seguros 3.0: A vez das seguradoras online 5 de maio de 2016

Seguros 3.0: A vez das seguradoras online

         

O centenário mercado de seguros, que já mudou com as corretoras online, dá outro passo importante com a chegada de seguradoras online flexíveis e acessíveis

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Não é novidade para ninguém que o mundo está passando por um momento de total transformação. Estamos aprendendo a fazer as mesmas coisas de sempre, mas de uma forma diferente — como chamar um táxi, pagar uma conta e até conversar. O mesmo começa a acontecer com a venda de seguros. Realmente ainda não estamos nada acostumados com o novo jeito de lidar com os seguros.

Para entender o futuro, nada melhor do que compreender o passado. Mergulhar na história de como surgiram os seguros no Brasil e cruzá-la com o surgimento da internet e do comércio eletrônico. Diante desta ótica podemos entender o mercado segurador em três ondas. A primeira onda foi o início de tudo; a segunda onda veio com o surgimento das corretoras online. A terceira e esperada onda virá com as seguradoras online. Entenda.

Seguros 1.0, a primeira onda

A primeira onda é o início de tudo, quando os seguros surgiram no Brasil. Isso foi lá em 1808, quando foram abertos os portos para o comércio internacional. A Companhia de Seguros Boa-Fé foi a primeira sociedade de seguros a funcionar no país e seu objetivo era operar o seguro marítimo.

Foi em 1850, com a promulgação do “Código Comercial Brasileiro”, que o mercado de seguros marítimos foi regulado, o que abriu margem para o desenvolvimento do seguro terrestre.

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A expansão do setor de seguros atraiu a atenção de seguradoras estrangeiras, que enxergaram no mercado segurador brasileiro uma oportunidade de negócio. Foi quando surgiram as primeiras sucursais no Brasil, em 1862.

Seguros 2.0, a segunda onda

Para entender bem a segunda e a terceira onda, é preciso lembrar como foi o desembarque da internet em nosso país. Em meados da década de 1990 as transações eletrônicas chegam no Brasil, ajudando a fortalecer e popularizar a internet — que iria sofrer um revés no ano 2000 com o famoso “estouro da bolha”, quando diversas empresas caíram do céu ao inferno em pouco tempo.

Nos momentos de crise, porém, coisas positivas também acontecem, pois somos obrigados a reinventar. Muitas empresas sobreviveram bem ao estouro, tendo o Buscapé como um bom exemplo. Estamos falando aí de 20 anos. Pouco tempo para a enxurrada de acontecimentos que tornaram a internet quase que vital em nossas vidas.

Tudo foi evoluindo. Ambientes como ICQ, MSN e Orkut, que não existem mais, foram extremamente importantes na comunicação e também no desenvolvimento de um comportamento, na formação de toda uma geração e na alfabetização digital de outras. Hoje é outro o jeito de pedir um táxi, de fazer compras, de estudar uma língua, de pedir uma pizza. Fazemos tudo isso de uma forma natural e fluente.

Os mercados estão se reinventando porque perceberam que os consumidores ficaram mais exigentes e cansaram da mesmice. Para conquistá-los as empresas precisam entender como é a vida do consumidor — e não mais o consumidor ter que se adaptar os produtos e serviços impostos por uma empresa, sem encontrar opções.

Digitalizando processos
Diversas iniciativas surgiram para atender esta necessidade. A maioria nasceu como startup, começando pequeno, com uma forma de trabalhar totalmente diferente do que estávamos acostumados. Visam agilidade, aprendem errando, pesquisam, testam e evoluem, com a proposta de nunca estarem satisfeitas com o que conceberam.

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Uma sensação de eterno incômodo voltada para o detalhe essencial, que é colocar o consumidor no centro. Ele é o cara! Com toda essa mudança cultural e comportamental, os mercados foram se entendendo e compreendendo seu espaço, seu novo território. Agora o que tudo isso tem a ver com o mercado de seguros?

Colocando a lente somente para o nosso mercado, houve uma grande corrida das seguradoras para a digitalização de processos e até algumas iniciativas de vender seguros online – iremos falar sobre isso na terceira onda – mas o que realmente aconteceu e que podemos chamar de evolução digital do mercado foram as iniciativas das corretoras de seguros como Minuto Seguros e Bidu Seguros.

Isso ocorreu exatamente em 2011 e fez com que estas corretoras saíssem na frente e logo ocupassem um território virgem. Uma oportunidade e tanto para explorar e se estabelecer no mercado online de seguros. Hoje, já começam a colher os frutos deste pioneirismo.

Este foi um importante passo para ajudar na maturidade e evolução de um mercado totalmente tradicional e que não termina por aqui. Acredito que outras corretoras online surgirão para competir com estes players e quem ganha com isso é o consumidor.

Seguros 3.0, a terceira onda

Agora que já tivemos um entendimento de como surgiu a indústria do seguro no Brasil (primeira onda), que falamos sobre internet, comércio eletrônico e corretoras online (segunda onda), agora é hora de conhecermos a terceira onda, a onda das seguradoras online ou Seguros 3.0.

É importante ter em mente que se há um movimento acontecendo, nascem com ele situações novas, novos olhares de entender e encarar. Não poderia ser diferente com a terceira onda.

Com ela surgem novos termos, concepções e ideias. Uma delas é a classificação de dois tipos de seguradoras, as tradicionais e as online. Se lembram que falei sobre a digitalização dos processos das seguradoras?

Chegou o momento de falarmos um pouco mais sobre isso. Praticamente todas as seguradoras tradicionais possuem em suas áreas projetos que visam atuar na internet, vendendo e se relacionando com seus clientes sem falar naquelas que já saíram na frente e colocaram em prática estes projetos.

Atualmente já temos seguradoras que vendem online, inclusive tive o prazer em trabalhar em uma delas e ajudar neste processo, mas o mais comum são seguradoras digitalizando processos. Quando trago à tona os Seguros 3.0 quero dizer de produtos que foram criados pensando no usuário e sempre evoluindo junto com ele.

O que conhecemos são produtos criados para atender um portfólio e o cliente que se ajuste a ele. Quer um exemplo? Quando você vai adquirir um seguro de automóvel junto com ele vem um pacote de assistências e coberturas que você não pediu ou foi consultado sobre.

Não preciso de assistência “help desk”, pois consigo me virar com computadores. Assistência pet por que, se não tenho animal de estimação? Resumindo: eu quero escolher o que levar. Prefiro um produto para mim.

Seguros 3.0 são produtos de empresas que acreditam e investem em um propósito, que se preocupam e promovem experiências com a marca, de quem você consegue comprar de forma simples e rápida. E escolher melhor os serviços e assistências, não porque é um mal necessário e sim porque serão relacionadas a serviços mais adequados a você.

O seguro 3.0 fará parte do seu dia a dia, estará na palma da sua mão, com atendimento em qualquer lugar e a qualquer horário. Ele deverá ser relevante para você, pois você é o bem mais precioso para as seguradoras online!

Este momento chegou e estejam preparados para interagir com iniciativas deste tipo.

– E será que o mercado segurador brasileiro está preparado para surfar nesta onda?

Não tenho dúvidas que sim. E você, está​?​


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